‘Abril a Quatro Mãos’

Grândola Vila Morena · Mário Laginha · Bernardo Sassetti · José Afonso
Álbum: Abril a Quatro Mãos (Grandolas), 2020


‘A London Bridge’, de Milt Jackson

Para gravar  ‘A London Bridge’ ao vivo no mítico clube londrino Ronnie Scott’s  nas noites de 23 e 24 de Abril de 1982,  Milt Jackson [1923 – 1999], excepcional vibrafonista e membro fundador do Modern Jazz Quartet, reuniu um quarteto  que integrava Monty Alexander no piano, Ray Brown no baixo e Mickey Roker na bateria.
Do álbum, que seria lançado apenas em 1988, fica o tema de abertura “Impressions”, escrito por John Coltrane.


‘El despertar de la conciencia’, de Goya

A Real Academia de Bellas Artes de San Fernando, na capital espanhola,  acolhe até Junho uma exposição com particular significado, o de apresentar restauradas e pela primeira vez todas as folhas de cobre utilizadas para estampar as gravuras do mais importante artista espanhol na transição do século XVIII para o século XIX, Francisco de Goya y Lucientes [1746–1828], que morreu neste dia 16 de Abril há 196 anos.
A Exposição ‘El despertar de la conciencia’, dividida em quatro secções, vale muito a pena uma visita, pois atravessa as diversas técnicas e atitudes que Goya utilizou durante a sua longa vida, como o óleo, o afresco e a gravura.
Um especial destaque para as placas de cobre realizadas para as séries de gravuras Caprichos (sala 1), Desastres da Guerra, Disparates, Expressividade da Razão e Tauromaquia (sala 2).
Como bónus, um grande trabalho de pequeno formato, que normalmente só se pode ver no Museu do Prado, “Vuelo de brujas” de 1798.


WhatsApp Image 2024-04-16 at 10.04.10

“El arraste”, 1793 – óleo sobre folha de latão  | Fundação Casa Ducal de Medinaceli


Nos 410 anos da morte de El Greco

De El Greco [Creta, 1541 – Toledo, 07 Abril 1614), a obra Vista y plano de Toledo (cerca de 1610) pertence ao Museo del Greco em Toledo. Esteve em exposição no Museu do Prado entre 2009 e 2011.


‘Deuxième leçon du Vendredi Saint’, de Joseph Hector Fiocco

De Joseph-Hector Fiocco [1703 – 1741], compositor do barroco tardio nascido em Bruxelas numa família de músicos de origem italiana, activo como Mestre do Coro na Catedral de Antuérpia entre 1731 e 1737, período em que escreveu as  Lamentações da Semana Santa, fica o excerto Beth – Filii Sion incliti da 2ª Lição para a Sexta Feira Santa para soprano, violoncelo obbligato e baixo contínuo, dividida em seis partes,pelo Ensemble Bonne Corde .


Álbum: Fiocco: Lamentationes Hebdomadæ Sanctæ – Outhere, 2022
Ensemble Bonne Corde · Diana Vinagre, violoncelo barroco & direcção artística
Ana Vieira Leite, soprano · Hugo Oliveira, barítono · Caroline Kang, violoncelo barroco
Marta Vicente, contrabaixo · Fernando Miguel Jalôto, órgão

 

‘Tudo Isto É Jazz!’, no centenário de Luís Villas-Boas

“Tudo Isto é Jazz!” é o primeiro musical português dedicado ao jazz. Um espectáculo que celebra um duplo centenário: o nascimento de Luís Villas-Boas [26 Mar 1924 – 10 Mar 1999], considerado o “pai” do jazz em Portugal, e o primeiro concerto de jazz efectuado no país por um grupo estrangeiro, ocorrido em 1924 no Teatro da Trindade, em Lisboa.


tudo-isto-eh-jazz


Numa inédita combinação de teatro e música, que promete surpreender e encantar, conta-se a história do jazz, o seu início e progressão em Portugal. Sobem ao palco o ator João Lagarto, a Orquestra do Hot Clube de Portugal, dirigida por Pedro Moreira, e diversos convidados, incluindo as cantoras Maria João, Rita Maria e Sofia Hoffmann, e os músicos Ricardo Toscano, Laurent Filipe, Rão Kyao, Zé Eduardo, Jorge Costa Pinto, António José de Barros Veloso e Gonçalo Sousa, representando três gerações de músicos de jazz portugueses. “Tudo Isto é Jazz!” narra a progressão estética do jazz ao longo do século XX. A Orquestra do Hot Clube desdobra-se em diversos grupos, de duos a nonetos, ilustrando os sucessivos estilos jazzísticos que se foram desenvolvendo, desde o ragtime de Scott Joplin e o swing das grandes orquestras de Benny Goodman e Duke Ellington até ao bebop de Charlie Parker, a bossa nova e o jazz-rock, mas também a produção artística dos primeiros músicos portugueses que se profissionalizaram no jazz.

O espectáculo, realizado no Centro Cultural de Belém a 9 de Fevereiro último, está disponível na RTP Palco. Mais logo, por volta das 23h00, a RTP2 exibe o documentário Luiz Villas-Boas: A Última Viagem.

Teatralmente, João Lagarto dá a conhecer o percurso e o legado de Villas-Boas, figura carismática e polémica que encarna em palco, passando pela sua paixão pelo jazz, a fundação do Hot Clube e do Cascais Jazz, e as muitas histórias caricatas que viveu ao longo de mais de cinquenta anos de dedicação a este género musical. E no ano em que se celebra os 50 anos do 25 de Abril, merecem especial destaque as chamadas jazzofobias, protagonizadas nas décadas de 1920 a 1940 por figuras como Ferreira de Castro, Mário Gonçalves Viana e António Alves Martins, convidando à reflexão sobre um período e regime político em que a dignidade humana não abrangia todos por igual.Espetáculo concebido por João Moreira dos Santos, com encenação de Carlos Antunes, guião dramatúrgico de Fernando Villas-Boas e cenografia e caracterização de Blue. Via.

‘Céphale et Procris’, de Élisabeth Jacquet de La Guerre

A tragédia lírica em prólogo e cinco actos Céphale et Procris, da compositora francesa Élisabeth Jacquet de la Guerre  [1665 –  1729], com libreto de Joseph-François Duché de Vancy, baseado no mito relatado nas Metamorfoses de Ovídio, foi apresentada pela primeira vez em público no dia do 29º aniversário da compositora, em 17 de Março de 1694 no Théâtre du Palais-Royal.


Reinoud Van Mechelen · A Nocte Temporis · Chœur de Chambre de Namur
Álbum: Elisabeth Jacquet de la Guerre: Céphale et Procris (2024)
Céphale et Procris, Prologue: Ouverture

‘Concerto para violino’, de Giovanni Battista Pergolesi

Na passagem do ducentésimo octogésimo oitavo aniversário da morte de Giovanni Battista Pergolesi [1710-1736], o Concerto per violino in si bemolle maggiore in B-Flat Major , que integra o álbum Invocazioni Mariane lançado no início deste mês pela naïve.


Andreas Scholl · Accademia Bizantina · Alessandro Tampieri

‘Carl Philipp Emanuel Bach’s Württemberg Sonatas’

Nos 310 anos sobre o nascimento de Carl Philipp, o segundo filho de Johann Sebastian Bach, o primeiro andamento da Sonata nº 3 em Mi menor, H. 33 – Allegro, pela mão do virtuoso pianista Keith Jarrett. O álbum foi lançado no Verão de 2023.

Keith Jarrett’s account of Carl Philipp Emanuel Bach’s Württemberg Sonatas is a revelation. “I’d heard the sonatas played by harpsichordists, and felt there was room for a piano version,” says Jarrett today. This outstanding recording, made in 1994 and previously unreleased, finds the pianist attuned to the expressive implications of the sonatas in every moment. The younger Bach’s idiosyncrasies: the gentle playfulness of the music, the fondness for subtle and sudden tempo shifts, the extraordinary, rippling invention…all of this is wonderfully delivered. The fluidity of the whole performance has a quality that perhaps could be conveyed only by an artist of great improvisational skills. In Jarrett’s hands, CPE’s exploration of new compositional forms retains the freshness of discovery. Recorded at Keith Jarrett’s Cavelight Studio in May 1994, the album includes liner notes by Paul Griffiths. Via ECM.


‘Composição nº XIII’, de Piet Mondrian

Em mais um aniversário do nascimento do artista holandês Piet Mondrian [7 Março 1872 – 1 Fevereiro 1944], a Composição XIII, com uma linguagem próxima do cubismo,  pertence a um conjunto de obras executadas durante a estadia em Paris, entre 1911 e 1914, influenciadas pelo  contacto com o trabalho de Cézanne, Picasso e Braque no Moderne Kunstring – Círculo de Arte Moderna- em Amsterdão, antes de viajar para a capital francesa.


Piet Mondrian_composicion-no-xiii-composicion-2
Piet Mondrian – Composition No. XIII/ Composition 2 (1913)
Óleo sobre tela – 79.5 x 63.5 cm | Museo Nacional Thyssen-Bornemisza, Madrid (sala 43)