abril 30, 2004
Le Petit Prince - Antoine de Saint-Exupery
Ah! petit prince, j'ai compris, peu à peu, ainsi, ta petite vie mélancolique. Tu n'avais eu longtemps pour ta distraction que la douceur des couchers du soleil. J'ai appris ce détail nouveau, le quatrième jour au matin, quand tu m'as dit:
-J'aime bien les couchers de soleil. Allons voir un coucher de soleil...
-Mais il faut attendre...
-Attendre quoi?
-Attendre que le soleil se couche.
Tu as eu l'air très surpris d'abord, et puis tu as ri de toi-même. Et tu m'as dit:
-Je me crois toujours chez moi!
En effet. Quand il est midi aux Etats-Unis, le soleil, tout le monde sait, se couche sur la France. Il suffirait de pouvoir aller en France en une minute pour assister au coucher de soleil. Malheureusement la France est bien trop éloignée. Mais, sur ta si petite planète, il te suffirait de tirer ta chaise de quelques pas. Et tu regardais le crépuscule chaque fois que tu le désirais...
-Un jour, j'ai vu le soleil se coucher quarrante-trois fois!
Et un peu plus tard tu ajoutais:
-Tu sais... quand on est tellement triste on aime les couchers de soleil...
-Le jour des quarante-trois fois tu étais donc tellement triste? Mais le petit prince ne répontit pas.
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Domingo, dia 2 de Maio, é o dia da Mãe!
Não lhes vão entregar desenhos bonitos, nem chocolates, nem flores!
A Uefa e o Comité Internacional da Cruz Vermelha, simbolicamente, têm uma campanha de sensibilização da opinião pública mundial, a propósito do Euro 2004.
Nós somos solidários!
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abril 29, 2004
a despropósito do Rock in Rio
Se tivesse possibilidade, era capaz de tentar ver alguns destes espectáculos!
2 de Julho, Faithless
3 de Julho, Alicia Keys
4 de Julho, Cheap Trick / Deep Purple / Status Quo
5 de Julho, Korn
6 de Julho, BB King
7 de Julho, Phil Collins
8 de Julho, The Corrs
10 de Julho, Sean Paul
... e há mais!
Grandes férias!!!
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conversa interior
Provavelmente pretende-se proporcionar uma navegação mais agradável!
Parto do princípio de que quem coloca música numa página, em primeiro lugar, gosta da música que coloca e a quer partilhar com os outros.
Aqui começa o problema.
É que normalmente a música é a mesma e os posts vão variando de conteúdo.
Mas pode ser somente uma forma de assinatura, e aí faz sentido.
Só pode!, pois a música, porque não é uma forma de linguagem associada ao pensamento do autor, não pode reflectir aquela pessoa.
Mas, mesmo sabendo que não conheço a pessoa, isso acontece.
Claro que posso retirar o som enquanto leio, mas aquilo que se trata é de um input.
Que eu posso rejeitar. Ok!
Por exemplo, se me apetecer ler uma revista ou o jornal enquanto ouço música, ou vice-versa, escolho a música de acordo com o estado de espírito do momento.
A verdade é que dificilmente acontece colocar um disco ao acaso!
Mas isso já é outra história!
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porquê iluminado
Caro Iluminado
li um comentário seu e dei uma olhadela rápida no seu blog
fiquei curioso quanto ao nome que utiliza
porque Iluminado?
iluminado de iluminista?
iluminado como estando fora da caverna de Platão?
É apenas uma curiosidade mas se quiser dispender um pouco do seu tempo a satisfazê-la, eu agradeço.
Hugo Garcia
Caro Hugo,
Obrigado pela sua cortesia e curiosidade.
Iluminado, luminoso, luminescente, são termos que me são caros, por diversas ordens de razão.
Como facilmente constatará, o Luminescências está ainda num estado incipiente.
Parte de um conjunto de simplicidades que constituem as minhas sensações, que gradualmente vou partilhando, à medida que me vou familiarizando com esta comunidade, com pessoas e ideias com as quais me identifico - na poesia, na pintura, na música, na filosofia, nas matemáticas, no pensamento político.
E nas brincadeiras.
Bebo dos pensadores do Século da Luzes, daí ter surgido o Luminescências.
Iluminado é uma forma despretensiosa de me se sentir próximo de Descartes, de Rousseau, Newton.
Não me importa a reflexão sobre a fronteira entre a ética e a moral.
Somos todos livres-pensadores.
Luminosidades pareceu-me um termo simpático de apelidar as pessoas - cujos textos ou impressões de algum modo possam constituir pontos de contacto ou mesmo servir de ponto de partida para a abordagem de outros ângulos, tendo por base um pouco da minha forma de estar e de pensar.
Isto não tem nada de subterrâneo, como decorre da segunda parte da sua pergunta.
Acredito à partida, que por detrás de cada página está alguém com luz interior que, por via de um texto ou um comentário, certamente vai iluminar o espaço aparentemente feito de sombras que é a blogosfera.
Saudações.
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abril 28, 2004
paixão
Num grande esforço, procurei ainda esquecer-me do que descobrira - esconder a cabeça debaixo dos lençóis como as crianças, com medo dos ladrões, nas noites de inverno.
Ao entrelaçá-la, hoje, debatia-me em êxtases tão profundos, mordia-a tão sofregamente, que ela uma vez se me queixou.
Com efeito, sabê-la possuída por outro amante - se me fazia sofrer na alma, só me excitava, só me contorcia nos desejos…
Sim! sim! - aquele corpo esplêndido, triunfal, dava-se a três homens - três machos que se estiraçavam sobre ele, a possuí-lo, a sugá-lo!… Três? Quem sabia se uma multidão?… E ao mesmo tempo que esta ideia me despedaçava, vinha-me um desejo perverso de que assim fosse…
Ao estrebuchá-la agora, em verdade, era como se, em beijos monstruosos, eu possuísse também todos os corpos masculinos que resvalavam pelo seu.
A minha ânsia convertera-se em achar na sua carne uma mordedura, uma escoriação de amor, qualquer rastro de outro amante…
E um dia de triunfo, finalmente, descobri-lhe no seio esquerdo uma grande nódoa negra… Num ímpeto, numa fúria, colei a minha boca a essa mancha - chupando-a, trincando-a, dilacerando-a…
Marta, porém, não gritou. Era muito natural que gritasse com a minha violência, pois a boca ficara-me até sabendo a sangue. Mas o certo é que não teve um queixume. Nem mesmo parecera notar essa carícia brutal…
De modo que, depois de ela sair, eu não pude recordar-me do meu beijo de fogo - foi-me impossível relembrá-lo numa estranha dúvida…
Ai, quanto eu não daria por conhecer o seu outro amante… os seus outros amantes…
Se ela me contasse os seus amores livremente, sinceramente, se eu não ignorasse as suas horas - todo o meu ciúme desapareceria, não teria razão de existir.
Com efeito, se ela não se ocultasse de mim, se apenas se ocultasse dos outros, eu seria o primeiro. Logo, só me poderia envaidecer; de forma alguma me poderia revoltar em orgulho. Porque a verdade era essa, atingira: todo o meu sofrimento provinha apenas do meu orgulho ferido.
Não, não me enganara outrora, ao pensar que nada me angustiaria por a minha amante se entregar a outros. Unicamente era necessário que ela me contasse os seus amores, os seus espasmos até.
O meu orgulho só não admitia segredos. E em Marta era tudo mistério. Daí a minha angústia - daí o meu ciúme.
Muita vez - julgo, diligenciei fazer-lhe compreender isto mesmo, evidenciar-lhe a minha forma de sentir, a ver se provocava uma confissão inteira da sua parte, cessando assim o meu martírio. Ela, porém, ou nunca me percebeu, ou era resumido o seu afeto para tamanha prova de amor.
In «A Confissão de Lúcio» de Mário de Sá carneiro
Etiquetas: Mário de Sá Carneiro
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abril 27, 2004
o que dizer
de um disco que tenho ouvido durante mais de metade da minha vida?
de um dos grandes compositores contemporâneos?
da voz de Jon Anderson em So Long Ago, So Clear?
e da voz da Vana Veroutis?
que mais posso dizer sobre Heaven and Hell de Vangelis?
que é luminoso!
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A vida não está fácil...
telejornal da RTP
E o directo é feito a partir da Avenida Joaquim Augusto de Aguiar!
Como a obra é nas Amoreiras, não podia estar a fazer o directo na Avenida António Augusto Aguiar, mas sim na Rua Joaquim António de Aguiar!
Devia ser dos nervos!
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abril 26, 2004
Aguarela de Pratt (I)
A actual República do Haiti, descoberta por Colombo, ocupa a parte ocidental da ilha.
Em 1884, a parte oriental tornou-se independente, passando a chamar-se República Dominicana.
Para Hugo Pratt, a lha do Haiti chama-se Grande Antilha.
Colonizada pela Espanha, é cedida à França em 1697, através do tratado de Ryswick.
Torna-se então a colónia mais próspera e uma das mais ricas do mundo, bem como o maior mercado de tráfico de escravos.
Enquanto dura a Revolução Francesa, os escravos africanos, que tinham substituído a população indígena, dizimada pelos espanhóis, revoltam-se.
Toussaint L`Ouverture, escravo até aos quarenta e cinco anos, lidera o único caso de revolta de escravos com êxito em toda a História.
Em 1793 é abolida a escravatura.
Dessalines, em 1804, lidera a revolução haitiana e derrota o mais poderoso exército colonial da época, enviado por Napoleão.
O Haiti torna-se o primeiro Estado independente na América Latina.
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Azenhas do mar
Foto de Jorge Coimbra
o mar aroma
o casario das azenhas.
o próprio nome
na simbiose da gramática
numa percepção plena dos sentidos.
as casas
e a espuma a diluir
a tinta das paredes
longe
duas gaivotas soltas
na ponta de uma nuvem.
José Félix
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abril 25, 2004
o meu dia 25 de Abril de 74
Como habitualmente, por volta das 8.00 horas, atravesso a avenida para apanhar o eléctrico 25, em direcção aos Prazeres, e vejo alguns jipes do Exército a passar, quase em câmara lenta.
Estranho, pensei!
Tlim, tlim, é o eléctrico. Fico na rectaguarda, e pelo vidro traseiro, observo, ainda sem perceber o Movimento.
Vejo então que um jovem soldado, que deve ir entrar de serviço no Hospital Militar da Estrela, olha com a mesma curiosidade que eu para a rua.
Passa então um enorme tanque em direcção ao Cais do Sodré, e aí perguntei ao soldado "o que é que anda aqui a fazer um tanque no meio da avenida?". "Sei lá?", respondeu ele, com a mesma surpresa. Grande nabo, devo ter pensado na altura. Se é militar, devia saber.
Estou no 1º ano do Curso Industrial dos Salesianos.
Na habitual reflexão matinal antes do início das aulas, ritual que leva as turmas alinhadas para dentro da igreja, o discurso que já conhecemos de cor e que o director, o padre Maurício, pronuncia todas as manhãs, é substituído por: "Houve um golpe de estado, e há ainda alguma confusão, por isso hoje é melhor irem para casa!"
Grande festa, não há aulas!
Claro, não há regresso de eléctrico, mas sim a pé. Jardim da Estrela com eles!
Chego a casa já perto do meio-dia. A dona Cândida, mãe galinha, pergunta aflita "onde é que andaste?"
A seguir ao almoço, com a promessa de não me afastar de casa e não ir para além do jardim, tenho de alimentar a curiosidade.
Subo a Rua das Flores, pois a Rua do Alecrim está num alvoroço, e, chegado ao largo Camões, parece que vem tudo abaixo, com o tremendo barulho dos tanques que sobem a Rua da Misericórdia em direcção ao Carmo.
Por aqui não! Passo entre as igrejas do Chiado - a Brasileira ainda não sonha com Pessoa, subo a Serpa Pinto e.. Pum! Pum!, tiros de espingardas!
Espera aí, que isto não é para mim!
Desato a correr rua abaixo e só paro no Cais do Sodré. Meio desiludido por não ver o epicentro da coisa, ainda com vontade de voltar lá, mas algo mais forte me leva de volta a casa.
Da minha janela, vejo barcos da Marinha fundeados no meio do rio.
Acompanho a Revolução pela rádio e pela televisão.
Lembro-me do Spínola, por causa do monóculo, e do Américo Tomaz, conhecido pelo corta-fitas.
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Pássaro das Ilhas
Pássaros das ilhas: no vosso voo
há uma vontade,
há uma arte secreta e uma divina ciência,
graça de eternidade.
As vossas evoluções, academia expressiva,
sinais sobre o azul,
levam ao Oriente fantasia, ao Ocidente ânsia viva,
paz ao Norte e ao Sul.
Eis perante os vossos olhos
a glória das rosas e a inocência dos lírios,
eis perante as vossas asas líricas as brisas de Ulisses,
os ventos de Jasão:
Almas doces e herméticas que ante o eterno problema
sois, em número veloz,
o mesmo que a rocha, o furacão, a gema,
o arco-íris e a voz.
Pássaros das ilhas, oh, pássaros do mar!
vossos voos, sendo
bênção, dos meus olhos, são problemas divinos
da minha meditação.
E com as asas puras do meu desejo abertas
para a imensidade,
imito os vossos círculos em busca das portas
da Verdade única.
Rubén Dario
In, O Mar na Poesia da América Latina (Antologia)
Tradução de José Agostinho Baptista
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abril 24, 2004
"noite" de Cascais
São apresentadas hoje As Últimas Descobertas em Marte, na inauguração das novas instalações do NUCLIO – Núcleo Interactivo de Astronomia, na Marina de Cascais.
Um abraço de agradecimento ao amigo Azenhas.
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Cinema em 1974 - a minha escolha
Realizador: Roman Polanski
Actores: Jack Nicholson, Faye Dunaway, John Huston
Frankenstein Júnior
Realizador: Mel Brooks
Actores: Gene Wilder, Marty Feldman, Peter Boyle
O Padrinho II
Realizador: Francis Ford Coppola
Actores: Al Pacino, Robert Duvall, Diane Keaton, Robert De Niro
Etiquetas: Cinema, filmes da minha vida
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abril 23, 2004
Memórias de Abril de 1974 (I)
23-5-1974,Martins, in A Bola, n. 4280, p. 1
O Sporting tem em 1973/74 uma época de ouro: conquista o Campeonato, a Taça de Portugal, chega às meias finas da Taça das Taças e Yazalde conquista a Bota de Ouro, com 46 golos, recorde até hoje imbatível na Europa.
Os "leões" conquistaram o campeonato na última jornada, ficando a dois pontos do Benfica. A final da Taça tem os mesmo intervenientes, com o Sporting a assegurar a vitória no prolongamento.
Na Taça das Taças o Sporting tenta conquistar dez anos depois o título. Nas meias finais enfrenta o Magdeburg, da RDA, empatando em Alvalade (1-1). A superioridade "leonina" foi total, tal como o azar: um penalty falhado, uma bola na trave e um auto-golo que foi precedido de falta.
O jogo na Alemanha disputa-se a 24 de Abril de 1974 e o Sporting volta a ter azar. Yazalde e Dinis estão lesionados e não viajam e quando o resultado estava em 2-1 Tomé falha um golo, no último minuto, em situação muito favorável, que assegurava a passagem à final.
O regresso da equipa fica marcado pelo eclodir da Revolução de Abril. Os jogadores chegam ao Muro de Berlim e ficam a saber do movimento das Forças Armadas.
Com os voos para Lisboa cancelados, a equipa consegue uma viagem para Madrid, seguindo-se o percurso de autocarro até Badajoz, onde passam a noite, dado que todas as fronteiras estavam encerradas. Só no dia 26 a comitiva consegue chegar a Lisboa.
Fonte da informação - Sporting Clube de Portugal
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para mim, é assim:
Xutos & Pontapés (18h00) ****
Charlie Brown Jr (19h40) **
Kings of Leon (21h20) **
Evanescence (23h00) ****
dia 4 de Junho
Moonspell (18h00) ***
Sepultura (19h40) **
Slipknot (21h20) ****
Incubus (23h00) ***
Metallica (01h00) *****
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Chegaram hoje
«Mensagem» de Fernando Pessoa
3ª Parte - O Encoberto
I - Os Símbolos
PRIMEIRO - D. SEBASTIÃO
Sperai! Cai no areal e na hora adversa
Que Deus concede aos seus
Para o intervalo em que esteja a alma imersa
Em sonhos que são Deus.
Que importa o areal e a morte e a desventura
Se com Deus me guardei?
É O que eu me sonhei que eterno dura,
É Esse que regressarei.
SEGUNDO - O QUINTO IMPÉRIO
Triste de quem vive em casa,
Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
Triste de quem é feliz!
Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz –
Ter por vida a sepultura.
Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
E assim, passados as quatro
Tempos do ser que sonhou,
A terra teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.
Grécia, Roma, Cristandade,
Europa – os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu DE. Sebastião?
TERCEIRO - O DESEJADO
Onde quer que, entre sombras e dizeres,
Jazas, remoto, sente-se sonhado,
E ergue-te do fundo de não-seres
Para teu novo fado!
Vem, Galaaz com pátria, erguer de novo,
Mas já no auge da suprema prova,
A alma penitente do teu povo
À Eucaristia Nova.
Mestre da Paz, ergue teu gládio ungido,
Excalibur do Fim, em jeito tal
Que sua Luz ao mundo dividido
Revele o Santo Gral!
QUARTO - AS ILHAS AFORTUNADAS
Que voz vem no som das ondas
Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
Por ter havido escutar.
E só se, meio dormindo,
Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
Dormente, a dormir sorrimos.
São ilhas afortunadas,
São terras sem ter lugar,
Onde o Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
Cala a voz, e há só o mar.
QUINTO - O ENCOBERTO
Que símbolo fecundo
Vem na aurora ansiosa?
Na Cruz Morta do Mundo
A Vida, que é a Rosa.
Que símbolo divino
Traz o dia já visto?
Na Cruz, que é o Destino,
A Rosa, que é o Cristo.
Que símbolo final
Mostra o sol já desperto?
NA Cruz morta e fatal
A Rosa do Encoberto.
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Le Petit Prince - Antoine de Saint-Exupery
Chaque jour j'apprennais quelque chose sur la planète, sur le départ, sur le voyage.
Ca venait tout doucement, au hasard des réflexions.
C'est ainsi que, le troisième jour, je connus le drame des baobabs.
Cette fois-ci encore fut grâce au mouton, car brusquement le petit prince m'interrogea, comme pris d'un doute grave:
-C'est bien vrai, n'est-ce pas, que les moutons mangent les arbustes?
-Oui. C'est vrai.
-Ah! Je suis content.
Je ne compris pas pourquoi il était si important que les moutons mangeassent les arbustes.
Mais le petit prince ajouta:
-Par conséquent ils mangent aussi les baobabs?
Je fis remarquer au petit prince que les baobabs ne sont pas des arbustes, mais des arbres grand comme des églises et que, si même il emportait avec lui tout un troupeau d'éléphants, ce troupeau ne viendrait pas à bout d'un seul baobab.
L'idée du troupeau d'éléphants fit rire le petit prince:
-Il faudrait les mettre les uns sur les autres...
Mais il remarqua avec sagesse:
-Les baobabs, avant de grandir, ça commence par être petit.
-C'est exact! Mais pourquoi veux-tu que tes moutons mangent les petits baobabs?
Il me répondit: "Ben! Voyons!" comme il s'agissait là d'une évidence. Et il me fallut un grand effort d'intelligence pour comprendre à moi seul ce problème.
Et en effet, sur la planète du petit prince, il y avait comme sur toutes les planètes, de bonnes herbes et de mauvaises herbes. Par conséquent de bonnes graines de bonnes herbes et de mauvaises graines de mauvaises herbes.
Mais les graines sont invisibles. Elles dorment dans le secrèt de la terre jusqu'à ce qu'il prenne fantaisie à l'une d'elles de se réveiller. Alors elle s'étire, et pousse d'abord timidement vers le soleil une ravissante petite brindille de radis ou de rosier, on peut la laisser pousser comme elle veut.
Mais s'il s'agit d'une mauvaise plante, il faut arracher la plante aussitôt, dès qu'on a su la reconnaître. Or il y avait des graines terribles sur la planète du petit prince... c'étaient les graines de baobabs. le sol de la planète en était infesté. Or un baobab, si l'on si prend trop tard, on ne peut jamais plus s'en débarasser. Il encombre toute la planète. Il la perfore de ses racines. Et si la planète est trop petite, et si les baobabs sont trop nombreux, ils la font éclater.
"C'est une question de discipline, me disait plus tard le petit prince. Quand on a terminé sa toilette du matin, il faut faire soigneusement la toilette de la planète. Il faut s'astreindre réguliérement à arracher les baobabs dès qu'on les distingue d'avec les rosiers auxquels ils se rassemblent beaucoup quand ils sont très jeunes. C'est un travail très ennuyeux, mais très facile."
Et un jour il me conseilla de m'appliquer à réussir un beau dessin, pour bien faire entrer ça dans la tête des enfants de chez moi. "S'ils voyagent un jour, me disait-il, ça pourra leur servir. Il est quelquefois sans inconvénient de remettre à plus tard son travail. Mais, s'il s'agit des baobabs, c'est toujours une catastrophe. J'ai connu une planète, habitée par un paresseux. Il avait négligé trois arbustes..."
Et, sur les indications du petit prince, j'ai dessiné cette planète-là. Je n'aime guère prendre le ton d'un moraliste. Mais le danger des baobabs est si peu connu, et les risques courus par celui qui s'égarerait dans un astéroïde sont si considérables, que, pour une fois, je fais exception à ma réserve. Je dis: "Enfants! Faites attention aux baobabs!" C'est pour avertir mes amis du danger qu'ils frôlaient depuis longtemps, comme moi-même, sans le connaître, que j'ai tant travaillé ce dessin-là. la leçon que je donnais en valait la peine. Vous vous demanderez peut-être: Pourquoi n'y a-t-il pas dans ce livre, d'autres dessins aussi grandioses que le dessin des baobabs? La réponse est bien simple: J'ai essayé mais je n'ai pas pu réussir. Quand j'ai dessiné les baobabs j'ai été animé par le sentiment de l'urgence.
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abril 21, 2004
Retrato Ardente
Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
Eugénio de Andrade
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Anúncios publicados na revista Civilização há 75 anos!
abril 20, 2004
sobre os donos da bola
mais ou menos este o meu estado de espírito, hoje!
abril 19, 2004
ainda e sempre
Vinicius de Moraes / Antonio Carlos Jobim
Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar
Ah, por que estou tão sozinho?
Ah, por que tudo é tão triste?
Ah, a beleza que existe
A beleza que não é só minha
Que também passa sozinha
Ah, se ela soubesse
Que quando ela passa
O mundo inteirinho se enche de graça
E fica mais lindo
Por causa do amor
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a melhor hora do amigo António
1. The Girl From Ipanema
2. Desafinado
3. Corcovado
4. Agua De Beber
5. O Morro Nao Tem Vez (Dindi)
6. Insensatez
7. Samba De Uma Nota So
8. Meditation
9. Chega De Saudade
10. Wave
11. The Girl From Ipanema
12. Remember
13. Un Rancho Nas Nuvens
14. Aguas De Marco
15. Inutil Paisagem
16. Passarim
17. Looks Like December
Bossa Nova Finest Hour. A primeira meia-hora vale pelo disco.
De qualquer modo, é uma boa compilação, que reune a obra entre 1963 e 1987.
Da mesma série da Verve, recomenda-se Nina Simone, Stan Getz, Quincy Jones..
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fresquinho!
paradoxo ou paradigma?
revolução social - evolução cultural?
revolução cultural - evolução biológica?
a ordem dos factores é arbitrária?
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quinta dimensão
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abril 18, 2004
Cada dia sem gozo não foi teu
Foi só durares nele. Quanto vivas
Sem que o gozes, não vives.
Não pesa que amas, bebas ou sorrias:
Basta o reflexo do sol ido na água
De um charco, se te é grato.
Feliz o a quem, por ter em coisas mínimas
Seu prazer posto, nenhum dia nega
A natural ventura!
Ricardo Reis
Etiquetas: Mundo Pessoa, Pablo Picasso, Poesia
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Estudo de mulher nua, inclinada para trás
Eugène Delacroix, 1798-1863
Obra inserida na exposição «Eugène Delacroix, Dessins du Louvre».
Começou no dia 9 e estende-se até 5 de Julho, para quem tiver oportunidade.
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por mero acaso
Então, cá vai:
António Tabucchi, O Anjo Negro
Não, todos sabiam que ficavam por outro motivo, talvez porque lá fora era noite, mar ou distância e a frase de Tiago revelava um sentimento que era de todos e que nenhum tinha a coragem de tornar explícito: um mal-estar, como uma vaga indisposição; medo não; antes um misto de insegurança e ansiedade, como se sentissem fugitivos numa cidade que era a deles e tivessem saudades da sua verdadeira cidade, que era aquela mesma, mas noutro momento que não fosse aquela noite hostil, com as suas ondas maléficas que vibravam, prontas a soltar-se.
Engraçado.
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Le Petit Prince - Antoine de Saint-Exupery
J'avais ainsi appris une seconde chose très importante: C'est que sa planète d'origine était à peine plus grande qu'une maison!
Ca ne pouvait pas m'étonner beaucoup. Je savais bien qu'en dehors des grosses planètes comme la Terre, Jupiter, Mars, Vénus, auxquelles on a donné des noms, il y en a des centaines d'autres qui sont quelque-fois si petites qu'on a beaucoup de mal à les apercevoir au téléscope. Quand un astronome découvre l'une d'elles, il lui donne pour nom un zéro. Il l'appelle par example: "l'astéroide 3251."
J'ai de sérieuses raisons de croire que la planète d'ou venait le petit prince est l'astéroide B 612.
Cet astéroide n'a été aperçu qu'une fois au télescope, en 1909, par un astronome turc.
Il avait fait alors une grande démonstration de sa découverte à un Congrès International d'Astronomie.
Mais personne ne l'avait cru à cause de son costume. Les grandes personnes sont comme ça.
Heureusement, pour la réputation de l'astéroide B 612 un dictateur turc imposa à son peuple, sous peine de mort, de s'habiller à l'Européenne. L'astronome refit se démonstration en 1920, dans un habit très élégant. Et cette fois-ci tout le monde fut de son avis.
Si je vous ai raconté ces détails sur l'astéroide B 612 et si je vous ai confié son numéro, c'est à cause des grandes personnes. Les grandes personnes aiment les chiffres. Quand vous leur parlez d'un nouvel ami, elles ne vous questionnent jamais sur l'essentiel. Elles ne vous disent jamais: "Quel est le son de sa voix? Quels sont les jeux qu'il préfère? Est-ce qu'il collectionne les papillons?" Elles vous demandent: "Quel âge a-t-il? Combien a-t-il de frères? Combien pèse-t-il? Combien gagne son père?" Alors seulement elles croient le connaître. Si vous dites aux grandes personnes: "J'ai vu une belle maison en briques roses, avec des géraniums aux fenêtres et des colombes sur le toit..." elles ne parviennent pas à s'imaginer cette maison. Il faut leur dire: "J'ai vu une maison de cent mille francs." Alors elles s'écrient: "Comme c'est joli!"
Ainsi, si vous leur dites: "La preuve que le petit prince a éxisté c'est qu'il était ravissant, et qu'il voulait un mouton. Quand on veut un mouton, c'est la preuve qu'on existe" elles hausseront les épaules et vous traiteront d'enfant! Mais si vous leur dites: "La planète d'où il venait est l'astéroide B 612" alors elles seront convincues, et elles vous laisseront tranquille avec leurs questions. Elles sont comme ça. Il ne faut pas leur en vouloir. les enfants doivent être très indulgents envers les grandes personnes.
Mais, bien sûr, nous qui comprenons la vie, nous nous moquons bien des numéros! J'aurais aimé commencer cette histoire à la façon des contes de fées. J'aurais aimé dire:
"Il était une fois un petit prince qui habitait une planète à peine plus grande que lui, et qui avait besoin d'un ami..." Pour ceux qui comprennent la vie, ça aurait eu l'air beaucoup plus vrai.
Car je n'aime pas qu'onlise mon livre à la légère, J'éprouve tant de chagrin à raconter ces souvenirs. Il y a six ans déjà que mon ami s'en est allé avec son mouton. Si j'essaie ici de le décrire, c'est afin de ne pas l'oublier. C'est triste d'oublier un ami. Tout le monde n'a pas eu un ami. Et je puis devenir comme les grandes personnes qui ne s'intéressent plus qu'aux chiffres. C'est donc pour ça encore que j'ai acheté une boîte de couleurs et des crayons. C'est dur de se remettre au dessin, à mon âge, quand on n'a jamais fait d'autres tentatives que celle d'un boa fermé et celle d'un boa ouvert, à l'âge de six ans! J'essayerais bien sûr, de faire des portraits le plus ressemblants possible. Mais je ne suis pas tout à fait certain de réussir. Un dessin va, et l'autre ne ressemble plus. Je me trompe un peu aussi sur la taille. Ici le petit prince est trop grand. Là il est trop petit. J'hésite aussi sur la couleur de son costume. Alors je tâtonne comme ci et comme ça, tant bien que mal. Je me tromperai enfin sur certains détails plus importants. Mais ça, il faudra me le pardonner. Mon ami ne donnait jamais d'explications. Il me croyait peut-être semblable à lui. Mais moi, malheureusement, je ne sais pas voir les moutons à travers les caisses. Je suis peut-être un peu comme les grandes personnes. J'ai dû vieillir.
Etiquetas: Le Petit Prince, Leituras
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