O discurso que o primeiro-ministro dirigiu ontem ao país através das televisões começou por ser anunciado aos canais de televisão como um tempo de antena do Governo para ser emitido às 21h10. Mas depois o gabinete do primeiro-ministro informou as estações de que poderiam emiti-lo quando quisessem. A partir daqui, a comunicação de Santana Lopes, que foi previamente gravada, mereceu opções editoriais diferentes dos canais generalistas de sinal aberto. O sinal da gravação foi distribuído em simultâneo, mas a RTP quis esperar até visionar todo o discurso do primeiro-ministro antes de o pôr no ar. A SIC foi a primeira a emiti-lo, logo após as 20h00, aparentemente ainda antes de ter recebido a totalidade do sinal (distribuído pelo operador de serviço público em simultâneo para todas as estações). A TVI remeteu a comunicação do primeiro-ministro já para a segunda metade do seu jornal de horário nobre, mas não a transmitiu na íntegra, tendo optado por seleccionar o que achou serem as partes mais relevantes
Acontece que ontem, logo após a comunicação de PSL, o director do Público denunciou, em directo na SIC, que estávamos em presença de mais uma grave instrumentalização dos meios de comunicação.
Isto não é ruído, é terrorismo jornalístico!