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janeiro 25, 2005

O brilho da arte de Bosch.. no declínio da Idade Média 

"A glória a que aspiro é a de ter vivido tranquilo [...] sendo a filosofia incapaz de mostrar o caminho que conduz ao repouso da alma que a todos convém, que cada qual por seu lado o procure."
Michel Eyquem de Montaige - Ensaios


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Hieronymous Bosch
Triptico:
The Temptation of St Anthony, c. 1500
Painel da esquerda - Vôo e Fracasso de Santo António
Painel central - Tentação de Santo António

Painel da direita - Santo António em Meditação
Museu Nacional de Arte Antiga, Lisboa

Paixão eterna pelos demónios, pelo castigo físico e pela tentação da carne
Os heróis espirituais de Bosch eram os santos que suportavam a tortura física e psicológica e contudo permaneciam firmes. Entre estes, o seu favorito era Santo António, o tema deste tríptico.

Os trípticos de Bosch mostram-nos um mundo de sonhos e pesadelos e dão-nos uma ideia das fobias dos homens da Idade Média.

As suas telas, carregadas de demónios, animais e pássaros bizarros, figuras meio homem meio bicho, cujas formas parecem brilhar e transformar-se perante os nossos olhos, revelam o lado mórbido das pestes, das guerras e do sobrenatural.

Do realismo das criaturas imaginárias releva a sua convicção absoluta de que elas existiam mesmo!

As imagens dos pesadelos parecem possuir um poder surrealista inexplicável!
Bosch era considerado um surrealista do século XV, apenas um inventor de monstros e quimeras e as suas pinturas como fantasias milagrosas e estranhas, causando uma impressão de horror em lugar de agradável.

A sua intenção não era dirigir-se ao consciente do observador mas, pelo contrário, transmitir-lhe uma certa verdade moral e espiritual, daí os seus quadros possuirem um significado preciso e premeditado.


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