abril 08, 2005
Mira Vos ou A Caixa de Rapé de Gregório XVI
Os homens religiosos combatem a liberdade e os amigos da liberdade atacam a religião; espíritos nobres e generosos elogiam a escravatura e almas baixas e servis preconizam a independência; cidadãos honestos e esclarecidos são inimigos do progresso, enquanto homens sem patriotismo e sem costumes se tornam apóstolos da civilização e das Luzes! Será que todos os séculos se pareceram com o nosso? O homem teve sempre diante dos olhos, como tem nos nossos dias, um mundo onde a virtude não tem génio e o génio não tem honra; onde o amor da ordem se confunde com o gosto dos tiranos, e o culto sagrado da liberdade com o desprezo pelas leis humanas; onde nada parece proibido ou permitido, honesto ou desonroso, verdadeiro ou falso?
Alex de Tocqueville em A Democracia na América (1835) sobre a tensão no século XIX entre liberdade e religião
Michelangelo - Dying Slave, 1513
Sem papa, não há igreja;
Sem igreja, não há cristianismo;
Sem cristianismo, não há religião;
Sem religião, não há sociedade?
Fèlicité-Robert de Lamennais, padre francês do século XIX, filósofo, liberal e redactor da revista L`Avenir, que viria a ser proibida pelo Vaticano. Nela se defendia energicamente a separação entre a Igreja e o Estado.
L`Avenir é uma bela aventura do espírito, na qual se celebra a liberdade de consciência e de instrução – contra os monopólios, sejam da igreja ou do Estado, a liberdade das comunas, a liberdade de associação, contra o individualismo da Revolução e o egoísmo dos ricos. Denuncia a Concordata assinada por Napoleão e Pio VII:
Somos pagos por aqueles que nos olham como hipócratas ou imbecis e estão convencidos de que a nossa vida depende do dinheiro deles
Alex de Tocqueville em A Democracia na América (1835) sobre a tensão no século XIX entre liberdade e religião
Michelangelo - Dying Slave, 1513
Sem papa, não há igreja;
Sem igreja, não há cristianismo;
Sem cristianismo, não há religião;
Sem religião, não há sociedade?
Fèlicité-Robert de Lamennais, padre francês do século XIX, filósofo, liberal e redactor da revista L`Avenir, que viria a ser proibida pelo Vaticano. Nela se defendia energicamente a separação entre a Igreja e o Estado.
L`Avenir é uma bela aventura do espírito, na qual se celebra a liberdade de consciência e de instrução – contra os monopólios, sejam da igreja ou do Estado, a liberdade das comunas, a liberdade de associação, contra o individualismo da Revolução e o egoísmo dos ricos. Denuncia a Concordata assinada por Napoleão e Pio VII:
Somos pagos por aqueles que nos olham como hipócratas ou imbecis e estão convencidos de que a nossa vida depende do dinheiro deles
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