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julho 31, 2005

aaaaiiii.. ai.. ai.. aaaiii... 

Vou levar-te para casa - tomar conta de ti dar-te um bom banho, vestir-te um pijama e.. Fazer-te uma papinha, meter-te na caminha Ler-te uma historinha e deixar-te bem calminha Ouve bem: Preciso de alguém do meu lado Que me dê um bom dia com um sorriso bem rasgado Amor pela manhã, pela tarde e pelo fim do dia Mais um pouco quando sonho era o que eu queria Não é preciso muito, é muito simples na verdade Só quero amor bom, carinho, solidariedade Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar Olá nina, quero tratar de ti Dar-te este mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim Trata-me bem – eu juro que suo sangue por ti Faz a coisa certa como o Spike Lee Podes usar e abusar tipo brinquedo favorito Mas tem cuidado, por favor, não o deixes partido.. Dou-te tudo o que puder, tudo o que tiver O que não tiver tiro aos deuses para a minha mulher! Roubamos um foguete, vamos dar uma volta até à Lua Escrevo um livro pelo caminho com a alma toda nua Procriamos como coelhos e quando nos derem pelos joelhos Procriamos mais um pouco porque eu adoro fedelhos Escrevo o teu nome no meu corpo para toda a gente ver Bem piroso e lamechas, como o amor deve ser.. verdadeiro!!! Olá nina, quero tratar de ti Dar-te um mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim Gostas de filmes? Podíamos fazer um bem privado… Eu escrevo, realizo e actuo do teu lado Podes ser a minha estrela, vou-te dar um bom papel Pouca palavra, muita acção, acredita que é mel Nasceste para isto, tá tudo previsto Por isso insisto e não resisto a dar-te mais um pouco disto Amor puro, fresco como a brisa do mar Tenho montes dele guardado, e tá quase a estragar Envelheço ao teu lado, eu bem gordo tu bem magra Acabamos com o stock nacional de Viagra Faz-me rir e eu prometo que não te faço chorar Trata bem de mim e eu bem de ti vou tratar Olá nina, chega (aqui)ao pé de mim Deixa-me dar-te o que tu mereces Tu és a resposta para as minhas preces Senta-te aqui vou-te cantar um som Doce como tu, como um bombom Olá, nina quero tratar de ti Dar-te um mundo e o outro tenho tudo aqui Chega só um pouco perto de mim Acredita que nunca me senti assim..


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julho 30, 2005

Lisboa, 250 anos depois - I 

Lisboa, cidade a que João Brandão, um dos primeiros olissipógrafos, chamava, em finais do século XVI, a "flor de todas as flores", merece que o Prof. Carmona Rodrigues assuma a responsabilidade mais elevada pelos destinos do Município. Será essa a maneira de escapar com seriedade e eficácia ao terramoto das demagogias, neste ano em que se comemoram dois séculos e meio decorridos sobre 1755...

Vasco Graça Moura



Na crónica semanal do passado dia 13 no DN, com o título Os Trabalhos de Carmona,VGM fez-me sorrir.

Tem três adversários que não lhe darão tréguas, mas que, por isso mesmo, lhe permitirão mostrar quanto vale e porquê.
Refere a inteligência e energia de Maria José Nogueira Pinto e o mérito do seu trabalho na Misericórdia de Lisboa, mas chama a atenção para a inutilidade do voto na candidata;
Quanto a Ruben de Carvalho, destaca o mérito de organizador das Festas do Avante;
Menciona ainda o lado Ribeiro Teles do candidato Sá Fernandes.
Finaliza afirmando que Carmona tem não só as qualidades dos seus adversários, mas ainda um prestígio e credibilidade reconhecidos por toda a gente.
Ora, o que de facto me fez sorrir, foi a completa e deliberada ausência de Carrilho sua na apreciação. Porque será?


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Em matéria de Protecção Civil, a candidatura de Carmona Rodrigues propõe:

- Um Observatório para avaliação de riscos e vulnerabilidades
- Actualizar o Plano Municipal de Emergência
- Manual Municipal de Protecção Civil a distribuir por todas as famílias de Lisboa
- Melhorar a articulação e reforçar a operacionalidade entre as 3 estruturas: Polícia Municipal, Regimento de Sapadores Bombeiros e Departamento de Protecção Civil
- Núcleos para elaboração de planos de emergência - por freguesia e tipo de risco
- Acções de sensibilização, tendo em vista os comportamentos de segurança face aos diversos tipos de risco
- Plataforma de Apoio Logístico para Grandes Operações de Protecção Civil





Naturalmente que as acções não se esgotam nos Programas; Ainda assim, porque Lisboa - mais que uma Câmara, é uma capital europeia - deveria merecer alguma referência específica a medidas face a atentados terroristas.
Exemplo: promover novos comportamentos à população - residente e flutuante - com informação útil nos paineis electrónicos - que Carrilho considera desperdício de fundos..

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Reminder 

Comprar bilhetes para os concertos no Pavilhão Atlântico,
em Outubro, Novembro
e Fevereiro

Dá-me música..


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julho 29, 2005

Princípio da relatividade 

Este senhor faria hoje duzentos anos!
Quanta juventude, quando comparado com este senhor!

Dito de outro modo:
O pensamento de Alexis de Tocqueville, autor de A Democracia na América (1835), assume hoje verdadeiramente o papel de um homem novo, capaz de expôr as diversas formas de despotismo que os homens velhos como Mário Soares encarnam.
Haverá alguém com moral para lhe dizer isto?


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Postais (com alma) da Invicta 

Ribeira do Porto


Ó noite, porque hás-de vir sempre molhada!
Porque não vens de olhos enxutos
e não despes as mãos
de mágoas e de lutos!

Poque hás-de vir semimorta,
com ar macerado e de bruxedo,
e não despes os ritos, o cansaço,
e as lágrimas e os mitos e o medo!

Porque não vens natural
Como um corpo sadio que se entrega,
e não destranças os cabelos,
e não nimbas de luz a tua treva!

Poque hás-de vir com a cor da morte
- se a morte já temos nós!
Porque adormeces os gestos,
porque entristeces os versos,
e nos quebras os membros e a voz!

Porque é que vens adorada
por uma longa procissão de velas,
se eu estou à tua espera em cada estrada,
nu, inteiramente nu,
sem mistérios, sem luas e sem estrelas!

Ó noite eterna e velada,
senhora da tristeza, sê alegria!
Vem de outra maneira ou vai-te embora,
e deixa romper o dia!


Eugénio de Andrade


Detalhe da Ribeira
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julho 28, 2005

Esclarecimento 

Decidi fechar a caixa de comentários do Haloscan.
A mensagem Banned by webmaster. Your comments will not be added
aparece a qualquer pessoa que abra a caixa de comentários.
Esta situação é transitória, até que tenha disponibilidade para criar um arquivo dos comentários publicados até hoje, por consideração a quem teve a gentileza de o fazer - após o que a caixa do Haloscan deixará de aparecer.
Obrigado.


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Refracção atenuada.. no ponto x 



O que há em mim é sobretudo cansaço -
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas -
Essas e o que falta nelas eternamente -;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada -
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...


Álvaro de Campos

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julho 26, 2005

Antecâmara-I 

Da leitura do último número da revista Nova Cidadania, cheguei ao documento que o Compromisso Portugal enviou aos partidos políticos por altura das Eleições Legislativas em Fevereiro último, e do qual constavam um conjunto de questões nas áreas económica, social, da educação, da justiça, política e do ambiente, que deveriam obter resposta nos respectivos programas eleitorais.

Deste valioso documento de reflexão - disponível no link acima, irei ao longo das próximas semanas destacar unicamente a relevância das questões colocadas - na perspectiva do CP,uma vez que o exercício de análise das Propostas perdeu actualidade!

Quem ainda tiver estômago para isso, pode ainda, no documento de 140 páginas, dissecar os seguintes tópicos:
- Propostas apresentada no programa
- Profundidade do tratamento
- Compromissos assumidos
- Adequação e eficácia das propostas


Apreciação Geral - Fevereiro de 2005

A verdade é que a situação do País é muito preocupante e que a nossa sociedade não cria actualmente riqueza suficiente para sustentar o presente Estado e o modelo social em que vivemos.

A verdade é que:
- o funcionamento do Estado e de muitos dos seus serviços, incluindo programas de protecção social, não é sustentável na sua forma actual, gerando frequentemente ineficiências, abusos e injustiças;
- as mudanças estruturais necessárias implicam a redução significativa, mas socialmente equilibrada e planeada, do número de funcionários públicos acompanhada da respectiva contenção salarial;
- é necessário abrir e flexibilizar efectivamente os mercados, incluindo o do arrendamento e laboral, nestes casos mantendo uma protecção social adequada;
- a prioridade do Estado deve-se centrar no combate à pobreza, na prestação de serviços públicos essenciais de qualidade e na igualdade de oportunidades para todos os Portugueses, assegurando-lhes uma qualificação mínima que lhes dê melhores perspectivas para o futuro;
- para além do Estado / Administração Pública, também as famílias têm incorrido em padrões de consumo baseados num crescente e excessivo endividamento que não é possível manter.

A verdade é que nos tempos mais próximos, o nível de vida dos Portugueses dificilmente irá subir, sendo provável que, em certos casos, possa mesmo diminuir, e que o desemprego venha a aumentar.

Sendo esta a verdade, é também verdade que nenhum dos partidos, provavelmente por razões eleitorais, mais ou menos compreensíveis, foi capaz no seu programa de ir tão a fundo no assumir desta verdade.

Mas se queremos ter esperança e inverter a situação, atingindo os objectivos últimos da nossa sociedade (a melhoria da qualidade de vida de todos os cidadãos, em particular dos mais desfavorecidos), sacrifícios têm que ser feitos e as reformas estruturais que o Compromisso Portugal, e outros têm defendido, terão que ser, finalmente, implementadas por forma a criar mais riqueza que sustente um novo modelo social.

Para isso, também é importante que os Portugueses comecem a valorizar mais o discurso da verdade.



Apreciação do Programa do Governo PS - Abril de 2005

São motivos de alguma preocupação o facto de o Governo:

- Não dizer claramente aos Portugueses que a atitude de optimismo e esperança que devemos ter se encontra directamente relacionado com a nossa capacidade de realizarmos as mudanças necessárias, o que implica os sacrifícios inerentes, que poderão exigir a contenção ou mesmo a redução de salários reais.

- Não apresentar uma definição clara do papel do Estado, parecendo apostar, em muitas áreas, num intervencionismo, deste que se poderá revelar excessivo. É importante que os Estado deixe de asfixiar a sociedade civil e os cidadãos e liberte estes e a iniciativa privada para novas oportunidades e desafios, mantendo as suas responsabilidades sociais.

- Não traçar, desde já, objectivos para a despesa pública nem clarificar as principais áreas onde a respectiva redução irá ser concretizada.

- Não apresentar uma estratégia geral para o financiamento do Estado.

- Não ter explicitado no programa uma aposta forte e clara numa sã concorrência, abertura e flexibilidade dos vários mercados, incluindo o laboral.

- Não explicar quais vão ser os factores diferenciadores do enquadramento em que vamos apostar para atrair mais investimento de maior qualidade.

- Não ter apresentado uma listagem das principais medidas a tomar nos primeiros cem dias.

Será importante que, a curto prazo, O Governo venha a dar resposta a estas e outras questões, de modo a transmitir à sociedade uma maior confiança na sua capacidade de prosseguir uma acção verdadeiramente reformista e estruturante, alterando significativamente a forma como o País funciona.
De facto, o País precisa de mudanças e alterações profundas, para atingirmos os objectivos últimos da nosa sociedade: aumento de qualidade de vida de todos os Portugueses, em particular ods mais desfavorecidos e a maximização das possibilidades de realização e felicidade pessoal de cada um.

Excerto do artigo Objectivos e Reformas do Governo, publicado na edição deste trimestre.
Os sublinhados nos dois textos anteriores são meus.



Pois bem:

Pese embora o sentimento generalizado de que os sinais de confiança transmitidos por quem nos desgoverna se traduzam em medidas do género:
- para pequenos remédios, como a contenção da despesa pública, o Estado tem grandes males, como a OTA e o TGV;
- para grandes desígnios como o défice, nos são pedidos pequenos esforços como o aumento dos impostos;

Continuo a acreditar que um dia destes eles vão acordar e perceber que o verdadeiro papel do Estado deverá passar pela promoção de serviços de qualidade nas áreas da educação, da saúde, da justiça;
Estado que acredite na sociedade civil e promova efectivamente o progresso económico, um sistema fiscal competitivo, enfim.. generalidades que - ainda que discretamente, levem as pessoas e as empresas a dar o seu melhor nas actividades que exercem, contribuindo assim para o progresso social e bem estar individual.

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julho 23, 2005

Lisbon Revisited 


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Para bem ver e estimar uma paisagem, é preciso estar fora dela?!
José Rodrigues Miguéis

Há sempre um ângulo possível para fazer bonecos, em Lisboa!
Neste caso, não foi fácil, pois dentro dos Armazéns do Chiado não é permitido utilizar câmaras, vá-se lá saber porquê!
A ideia inicial era fazer uma foto panorâmica; porém, como dava muito nas vistas levantar-me, os registos foram obtidos sentado - enquanto me debatia com uma picanha sofrível e uma caipirinha daquelas que também não fazem história, de forma que tive de colar três fotos para simular o efeito pretendido.
Fica a intenção..

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julho 22, 2005

Postal de férias 


Posted by Picasa Roman bridge in Tavira, Algarve

Soube há pouco tempo que o rio que divide a cidade das 37 igrejas (um dos meus locais de eleição no Algarve) se chama Séqua até chegar à Ponte Romana, e daí até à foz adopta o nome de Gilão.

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julho 19, 2005

Não fôra.. 


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O ar quente na cara, durante a travessia de barco para chegar à praia..

A água estupidamente morna do Sotavento..

O divinal arroz de marisco da dona Maria do Carmo..

As ostras e as amêijoas da tasca junto à igreja em Cacela Velha..

.. e a Ria Formosa não teria o mesmo encanto..

nem ao pôr-do-sol..


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julho 07, 2005

Desculpa, mas já tinha as férias marcadas! 

Sabes.. tenho um compromisso inadiável com os ventos dispersos pelo mar do sul!



Prometo que volto..
Um dia destes!

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julho 06, 2005

Cárcere 



Edvard Munch

Self Portrait - Between Clock and Bed

Um terror já esquecido me atormenta,
Da humanidade inteira a dor me oprime;
Vive ela atrás desta muralha bolorenta,
E uma doce ilusão foi o seu crime!
Hesitas em ir até ela!
Tens medo de voltar a vê-la!
Anda! Teu temor faz que a morte mais se anime!
in FAUSTO, de Johann W. Goethe


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julho 05, 2005

Do encantamento da razão cognitiva, estética, ética.. 

Em artigo da Seara Nova, António Sérgio escreveu:
"Ainda rapazinho de escola, sucedia-me estudar, não me lembro em que livro, a teoria das equações. No final, tive uma espécie de visão de conjunto do todo harmonioso que acabara de ler. Dir-se-ia que tudo se concentrava agora - como se houvesse atravessado uma lente convexa - num foco luminoso que sentia em mim ( sempre vi a ciência e a filosofia na atitude de um artista e de um gourmet ).
Era um sentimento de perfeita música, de beleza clara; era a graça aural de uma luz plena. E isto aflorava precisamente de um simples e pedestre exercício de conceptualizar e julgar."



Para além do papel de espectadores do mundo, temos a obrigação de utilizar a reflexão crítica enquanto exercício intelectual - função essencial para conciliar a razão e a intuição..
Mesmo que não constitua alívio para o sofrimento da existência, é importante refletir sobre a natureza das coisas, possuam ou não uma ética.


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julho 04, 2005

Minimum Maximum 

Embora tendo já conhecimento da novidade, foi com algum desapontamento que verifiquei que, deste duplo cd ao vivo, nenhuma das faixas foi retirada do concerto do Coliseu de Lisboa no ano passado.
Anyway, não deixa de ser um acontecimento - até pelos aplausos, que fazem recordar o excitante concerto ao vivo - este Minimum Maximum dos pais da Pop Electrónica, que resume cerca de trinta anos da música dos Kraftwerk.
Por cerca de 21 euros, no sítio do costume!
Fica o alinhamento, bem como os locais dos registos:



Disc 1
01. The Man-Machine (Warsaw)
02. Planet Of Visions (Ljubljana)
03. Tour De France Etape 1 (Riga)
04. Chrono (Riga)
05. Tour De France Etape 2 (Riga)
06. Vitamin (Moscow)
07. Tour De France (Paris)
08. Autobahn (Berlin)
09. The Model (London)
10. Neon Lights (London)



Disc 2
01. Radioactivity (Warsaw)
02. Trans Europe Express (Budapest)
03. Metal On Metal (Budapest)
04. Numbers (San Francisco)
05. Computer World (Moscow)
06. Home Computer (Warsaw)
07. Pocket Calculator (Moscow)
08. Dentaku (Tokyo)
09. The Robots (Moscow)
10. Elektro Kardiogramm (Tallinn)
11. Aero Dynamik (Riga)
12. Music Non Stop (Moscow)


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julho 02, 2005

Glorious Day 


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Gonna make my move
Gonna make it stay
Gonna make it last
Nevermind the past
Living for today..


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julho 01, 2005

Le Petit Prince - Antoine de Saint-Exupery 

Chapitre XV

La sixième planète était une planète dix fois plus vaste. Elle était habitée par un vieux Monsieur qui écrivait d'énormes livres.

- Tiens! Voilà un explorateur! S'écria-t-il, quand il aperçut le petit prince.
Le petit prince s'assit sur la table et souffla un peu. Il avait déjà tant voyagé!
- D'où viens-tu? Lui dit le vieux Monsieur.
- Quel est ce gros livre? Dit le petit prince. Que faites-vous ici?
- Je suis géographe - Dit le vieux Monsieur.
- Qu'est-ce un géographe?
- C'est un savant qui connaît où se trouvent les mers, les fleuves, les villes, les montagnes et les déserts.
- Ca c'est intéressant - dit le petit prince. Ca c'est enfin un véritable métier! Et il jeta un coupd'oeil autour de lui sur la planète du géographe. Il n'avait jamais vu encore une planète aussi majestueuse.



- Elle est bien belle, votre planète. Est-ce qu'il y a des océans?
- Je ne puis pas le savoir - dit le géographe.
- Ah! (Le petit prince était déçu.) Et des montagnes?
- Je ne puis pas le savoir - dit le géographe.
- Et des villes et des fleuves et des déserts?
- Je ne puis pas le savoir non plus - dit le géographe.
- Mais vous êtes géographe!
- C'est exact - dit le géographe, mais je ne suis pas explorateur. Je manque absolument d'explorateurs. Ce n'est pas le géographe qui va faire le compte des villes, des fleuves, des montagnes, des mers et des océans. La géographie est trop important pour flâner. Il ne quitte passon bureau. Mais il reçoit les explorateurs. Il les interroge, et il prend note leurs souvenirs. Et si les souvenirs de l'un d'entre eux lui paraissent intéressants, le géographe fait une enquète sur la moralité de l'explorateur.
- Pourquoi ça?
- Parce qu'un explorateur qui mentait entraînerait des catastrophes dans les livres de géographie. Et aussi un explorateur qui boirait trop.
- Pourquoi ça? fit le petit prince.
- Parce que les ivrognes voient double. Alors le géographe noterait deux montagnes, là où il n'yen a qu'un seule.
- Je connais quelqu'un, dit le petit prince, qui serait mauvais explorateur.
- C'est possible. Donc, quand la moralité de l'explorateur paraît bonne, on fait une enquète sur sa découverte.
- On va voir?
- Non. C'est trop compliqué. Mais on exige qu'il en rapporte de grosses pierres.
Le géographe soudain s'émut.
- Mais toi, tu viens de loin! Tu es explorateur! Tu vas me décrire ta planète!

Et le géographe, ayant ouvert son régistre, tailla son crayon. On note d'abord au crayon les récits des explorateurs. On attend, pour noter à l'encre, que l'explorateur ait fourni des preuves.

- Alors? interroge a le géographe.
- Oh! chez moi, dit le petit prince, ce n'est pas très intéressant, c'est tout petit. J'ai trois volcans. Deux volcans en activité, et un volcan éteint. Mais on ne sait jamais.
- On ne sait jamais, dit le géographe.
- J'ai aussi une fleur.
- Nous ne notons pas les fleurs, dit le géographe.
- Pourquoi ça! C'est pas joli!
- Parce que les fleurs sont éphémères.
- Qu'est ce que signifie: "éphémère"?
- Les géographies, dit le géographe, sont les livres les plus précieux de tous les livres. Elles ne se démodent jamais. Il est rare qu'une montagne change de place. Il est très rare qu'un océan se vide de son eau. Nous écrivons des choses éternelles.
- Mais les volcans éteints peuvent se réveiller, interrompit le petit prince. Qu'est -ce que signifie "éphémère"?
- Que les volcans soient éteints ou soient éveillés, ça revient au même pour nous autres, dit le géographe. Ce qui compte pour nous, c'est la montagne. Elle ne change pas.
- Mais qu'est-ce que signifie "éphémère"? Répéta le petit prince qui, de sa vie, n'avait renoncé à une question, une fois qu'il l'avait posée.
- Ça signifie "qui est menacé de disparition prochaine".
- Ma fleur est menacée de disparition prochaine?
- Bien sûr!

- Ma fleur est éphémère - se dit le petit prince, et elle n'a que quatre épines pour se défendre contrele monde! Et je l'ai laissée toute seule chez moi!

Ce fut là son premier mouvement de regret. Mais il reprit courage:
- Que me conseillez-vous d'aller visiter? Demanda-t-il.
- La planète Terre, lui répondit le géographe. Elle a une bonne réputation...

Et le petit prince s'en fut, songeant à sa fleur.

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