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novembro 17, 2006

uma obra-prima para admirar enquanto se está VIGO 



Um Inverno difícil: Dezembro de 1933.
Um realizador teimoso e doente: Jean Vigo.
Um produtor inexperiente e opinativo: Jacques-Louis Nounez. Dois actores célebres: Michel Simon, que tinha acabado de se impor com “Jean de la Lune” e “Boudu Sauvé des Eaux”, e Dita Parlo, vedeta berlinense.
Um terceiro protagonista, amigo de Vigo e também herói da sua média-metragem proibida, “Zéro de Conduite”, Jean Dasté.
Um argumento minimalista, púdico e violento ao mesmo tempo; a esposa de um marinheiro que o troca por um bufarinheiro.
Um director de fotografia inspirado: Boris Kaufman.
Um músico de talento: Maurice Jaubert.
E uma obra-prima mítica: L’ ATALANTE.
Começa então a maldição deste filme. 5 de Outubro de 1934: Jean Vigo, extremamente esgotado pela rodagem e sofrendo de septicemia, morre. Tinha vinte e nove anos e deste filme não viu senão uma primeira montagem...


Um filme de Jean Vigo Com Michel Simon, Dita Parlo, Jean Dasté
Extras do dvd: De L’ Atalante a L’ Atalante – A história de um restauro.








Em L'Atalante, o visionário Jean Vigo combina o experimentalismo surrealista e uma nova perspectiva do detalhe para, numa nova linguagem cinematográfica - até então só visível em Murnau -, contar uma história de encontros e desencontros amorosos de gloriosa simplicidade, enquanto nos mostra Paris com uma luminosidade que só encontramos em Cartier Bresson.



São quatro, as obra-primas poéticas do diretor Jean Vigo:
A Propos de Nice, 1929 / Taris, Roi de L'eau,1931 / Zero de Conduite, 1933 e L'Atalante, 1934


L’ Atalante será exibido a 10 de Fevereiro de 2007 no Grande Auditório da Gulbenkian, integrado no Ciclo 50 filmes inesquecíveis.

Sobre a ressurreição do filme, leitura recomendada: "Je force le spectateur..." Jean Vigo




Jean VIGO


Cinéaste français, d'origine catalane, né à Paris le 24 avril 1905.
Fils de l'anarchiste Eugène-Bonaventure de Vigo, plus connu sous le nom de Miguel de Almereyda, Jean Vigo a laissé dans sa trop brève, mais fulgurante carrière l'empreinte d'une œuvre incandescente, poétique et fraternelle, sans concessions "à la loi des forains".
Ses écrits, comme ses films, témoignent d'une volonté farouche et passionnée de concilier la poésie des images et le désir de justice sociale ; l'approche chaleureuse des êtres et la révolte contre le désordre établi et ses "éternels voleurs d'énergie".
Sa vie de météore souffrant est hantée par les violences criminelles du monde et habitée par une soif rebelle de vivre et d'aimer.
Il meurt à Paris le 5 octobre 1934.

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