janeiro 16, 2008
CouchSurfing 4 Homeless
A memória não ajuda a reter
aquele vulto, a luz que desespera
além no escuro.
Já tudo se apagou
e nada importaria se salvasse
a emoção do viver,
pois sei que existi
naquele território donde fui retirado
porque chegou aquele tempo
que era já somente, em sucessão de mármore,
o espaço defunto de um presente.
E o que se apagou não existe já nos olhos
do que na esquina está
à espera que volte o transeunte
que antes passou ali, e ali ficara.
Buscai no prato as moedas,
eu não as posso ver.
Estou aqui por elas, e não interessam.
poema "O Mendigo do Extinto", de Francisco Brines
aquele vulto, a luz que desespera
além no escuro.
Já tudo se apagou
e nada importaria se salvasse
a emoção do viver,
pois sei que existi
naquele território donde fui retirado
porque chegou aquele tempo
que era já somente, em sucessão de mármore,
o espaço defunto de um presente.
E o que se apagou não existe já nos olhos
do que na esquina está
à espera que volte o transeunte
que antes passou ali, e ali ficara.
Buscai no prato as moedas,
eu não as posso ver.
Estou aqui por elas, e não interessam.
poema "O Mendigo do Extinto", de Francisco Brines
Etiquetas: Fotografia
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