janeiro 11, 2008
Soneto n.º 10 - Da vergonha na mulher
Detesto se a mulher é de demorar
Gosto daquela, que sôfrega permita
Consolar-se logo, a vergonha expedita
Entre sedenta e esquiva sempre a arfar.
Mudá-la deve o acto desde os fundos
Até à distorção! Os corpos em rodopio
Estejam nos homens e no mulherio
Longe as cabeças como em dois mundos.
Vergonha a mais para lançar mão à carne
Do homem, prazer demais para que desarme
Julgue-se a mulher pelo metro do prazer.
Boa demais, para consentir na espera
Sôfrega demais, para não tomar o que quisera
É-lhe permitido o tino perder.
Etiquetas: Bertolt Brecht, Pablo Picasso
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