março 31, 2004
da homossexualidade e das crianças
Miguel Sousa Tavares, num artigo do Público sobre recentes declarações de Luís Vilas Boas, em relação à possibilidade de adopção de crianças por parte de homossexuais, argumentou que é melhor as crianças serem educadas por uma mãe e por um pai..
O argumento deriva do princípio de que, se uma prática é "natural", ou seja, se é válida para animais que não vivem em cativeiro, então é moralmente aceitável (!).
A posição contra a adopção de criancas por parte dos homossexuais advém de que, se uma prática não é natural, então não é moralmente aceitável.
Perplexidade: como definimos a "orientação moral" e a "naturalidade" na escala de valores, mais, como construímos a escala de valores?
Pela maioria que foi educada por pai e mãe?
Pelos que avaliam a estabilidade emocional dos "pais" homossexuais?
Quantos pais heterossexuais emocionalmente instáveis são avaliados para sabermos se têm condições para educar as suas crianças?
Era capaz de resultar interessante um levantamento sobre isto.
Perplexidade: uma criança pode começar a sentir-se atraída por pessoas do mesmo sexo por ter sido educada por homossexuais?
Não tenho uma posição definitiva sobre o assunto, mas, de todo o modo, há sempre a teoria das probabilidades!
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março 30, 2004
Apeteceu-me!
CeBIT
Ao longo da semana, e na medida do possível, vou tentar reproduzir as minhas impressões sobre a Cebit deste ano.
Tivemos muita tecnologia no Bluetooth, Wi-Fi, e no GSM, claro.
Fiquei impressionado com as novidades com 1 megapixel, em particular com o Nokia 7610, que tem um software semelhante ao da Kodak, mas super divertido e dinâmico.
E chama-se Lifeblog!
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Tivemos muita tecnologia no Bluetooth, Wi-Fi, e no GSM, claro.
Fiquei impressionado com as novidades com 1 megapixel, em particular com o Nokia 7610, que tem um software semelhante ao da Kodak, mas super divertido e dinâmico.
E chama-se Lifeblog!
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março 29, 2004
Dedicado a M
«In Your Eyes» - Peter Gabriel
love I get so lost, sometimes
days pass and this emptiness fills my heart
when I want to run away
I drive off in my car
but whichever way I go
I come back to the place you are
all my instincts, they return
and the grand facade, so soon will burn
without a noise, without my pride
I reach out from the inside
in your eyes
the light the heat
in your eyes
I am complete
in your eyes
I see the doorway to a thousand churches
in your eyes
the resolution of all the fruitless searches
in your eyes
I see the light and the heat
in your eyes
oh, I want to be that complete
I want to touch the light
the heat I see in your eyes
love, I don't like to see so much pain
so much wasted and this moment keeps slipping away
I get so tired of working so hard for our survival
I look to the time with you to keep me awake and alive
and all my instincts, they return
and the grand facade, so soon will burn
without a noise, without my pride
I reach out from the inside
in your eyes
the light the heat
in your eyes
I am complete
in your eyes
I see the doorway to a thousand churches
in your eyes
the resolution of all the fruitless searches
in your eyes
I see the light and the heat
in your eyes
oh, I want to be that complete
I want to touch the light,
the heat I see in your eyes
in your eyes
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love I get so lost, sometimes
days pass and this emptiness fills my heart
when I want to run away
I drive off in my car
but whichever way I go
I come back to the place you are
all my instincts, they return
and the grand facade, so soon will burn
without a noise, without my pride
I reach out from the inside
in your eyes
the light the heat
in your eyes
I am complete
in your eyes
I see the doorway to a thousand churches
in your eyes
the resolution of all the fruitless searches
in your eyes
I see the light and the heat
in your eyes
oh, I want to be that complete
I want to touch the light
the heat I see in your eyes
love, I don't like to see so much pain
so much wasted and this moment keeps slipping away
I get so tired of working so hard for our survival
I look to the time with you to keep me awake and alive
and all my instincts, they return
and the grand facade, so soon will burn
without a noise, without my pride
I reach out from the inside
in your eyes
the light the heat
in your eyes
I am complete
in your eyes
I see the doorway to a thousand churches
in your eyes
the resolution of all the fruitless searches
in your eyes
I see the light and the heat
in your eyes
oh, I want to be that complete
I want to touch the light,
the heat I see in your eyes
in your eyes
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Luminescente em estado puro!
Jan Garbarek e Ebehrard Weber vêm ao CCB em Maio!
No meio de tanta rockalhada que está anunciada, aqui está um fresco que vale a pena contemplar!
Desta vez sem o Hilliard Ensemble, que encheu de magia o Mosteiro dos Jerónimos, apesar daquela gélida noite de verão!
Venha de lá esse sax tenor!
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No meio de tanta rockalhada que está anunciada, aqui está um fresco que vale a pena contemplar!
Desta vez sem o Hilliard Ensemble, que encheu de magia o Mosteiro dos Jerónimos, apesar daquela gélida noite de verão!
Venha de lá esse sax tenor!
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O que é que se está a passar?
Os terroristas são seres humanos!
Li ontem um artigo no DN, que cita Mário Soares:
«A estratégia de Bush para combater o terrorismo está errada», acusou, como o «provam os dois campos de treino de terroristas que são hoje o Afeganistão e o Iraque».
- Pois! Antes do Bush ser presidente não havia terroristas!!
E voltou a defender que «a força militar é necessária, mas não é suficiente. Não é com bombas que vamos impor a democracia».
A via que defende, já muito criticada mas que reiterou, passa por canais de diálogo com a Al-Qaeda.
E lembrou que os próprios americanos começaram por bombardear Kadhafi para depois negociar com ele. E que também Blair admite este caminho.
Mas, desta vez, Soares esclareceu o que entende por negociar: «Não é sentarem-se todos em volta de uma mesa. Começa por conhecer o adversário». Ou seja, «investigar as ligações da Al-Qaeda ao submundo do crime e encontrar pessoas que saibam o que eles querem fazer». Dessa forma «podemos saber muita coisa sobre o que temos pela frente». Quanto a negociar «não sabemos ainda com quem, como, quando». Mas «temos de fazer uma aproximação» para estarmos preparados.
E esta via é possível porque «os terroristas não são marcianos, são seres humanos como todos nós, não são desprovidos de racionalidade, estão organizados, não são miseráveis, estão armados, vivem bem, muitos foram formados em universidades norte-americanas».
Bom! Aqui é que que eu começo a desconfiar da sanidade mental do homem.!
Então, a seguir ao 11 de Setembro e ao 11 de Março, além de pôr a funcionar os mecanismos da democracia e sujeitar os responsáveis pelos atentados à justiça internacional, vamos adoptar a postura sociológica de tentar compreender as motivações deles - e talvez concluir que os líderes dessas organizações tiveram uma infância difícil?
Perguntar-lhes: Eh! pá?, mas porque é que vocês fazem essas coisas?!
Haverá alguém que possua o nível de informação que os americanos têm sobre os terroristas?
Não! E no entanto, foi o que o mundo inteiro viu!
Depois de vermos imagens como as que foram mostradas sobre Madrid, o que há a estudar sobre eles?Conhecer o adversário?
Vamos escalavrar essa corja ou antes extirpá-los?
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março 20, 2004
Vou compilar!
Não se pode alterar para Nove Semanas e Meia?
Código Penal - artigos relevantes
ARTIGO 142º
Interrupção da gravidez não punível
1. Não é punível a interrupção da gravidez efectuada por médico, ou sob a sua direcção, em estabelecimento de saúde oficial ou oficialmente reconhecido e com o consentimento da mulher grávida, quando, segundo o estado dos conhecimentos e da experiência da medicina:
a) Constituir o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
b) Se mostrar indicada para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez;
Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de doença grave ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas de gravidez, comprovadas ecograficamente ou por outro meio mais adequado de acordo com as legis artis excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual (quem é que inventou este termo??!!) e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas.
c) Houver seguros motivos para prever que o nascituro virá a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação, e for realizada nas primeiras 16 semanas de gravidez; ou
d) Houver sérios indícios de que a gravidez resultou de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual, e for realizada nas primeiras 12 semanas de gravidez.
2. A verificação das circunstâncias que tornam não punível a interrupção da gravidez é certificada em atestado médico, escrito e assinado antes da intervenção por médico diferente daquele por quem, ou sob cuja direcção, a interrupção é realizada.
3. O consentimento é prestado:
a) Em documento assinado pela mulher grávida ou a seu rogo e, sempre que possível, com a antecedência mínima de 3 dias relativamente à data da intervenção; ou
b) No caso de a mulher grávida ser menor de 16 anos ou psiquicamente incapaz, respectiva e sucessivamente, conforme os casos, pelo representante legal, por ascendente ou descendente ou, na sua falta, por quaisquer parentes da linha colateral.
4. Se não for possível obter o consentimento nos termos do número anterior e a efectivação da interrupção da gravidez se revestir de urgência, o médico decide em consciência face à situação, socorrendo-se, sempre que possível, do parecer de outro ou outros médicos.
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«Mensagem» de Fernando Pessoa
2º Parte - Mar Português
POSSESSIO MARIS
V - EPITÁFIO DE BARTOLOMEU DIAS
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: Já ninguém o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.
VI - OS COLOMBOS
Outros haverão de ter
O que houvermos de perder.
Outros poderão achar
O que, no nosso encontrar,
Foi achado, ou não achado,
Segundo o destino dado.
Mas o que a eles não toca
É a Magia que evoca
O Longe e faz dele história.
E por isso a sua glória
É justa auréola dada
Por uma luz emprestada.
VII - OCIDENTE
Com duas mãos – o Acto e o Destino –
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o facho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.
Fosse a hora que haver ou a que havia
A mão que ao Ocidente o véu rasgou,
Foi alma a Ciência e corpo a Ousadia
DA mão que desvendou.
Fosse Acaso, ou Vontade, ou Temporal
A mão que ergueu o facho que luziu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.
VIII - FERNÃO DE MAGALHÃES
No vale clareira uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto –
Cingi-lo, dos homens, o primeiro –,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
Read more!
POSSESSIO MARIS
V - EPITÁFIO DE BARTOLOMEU DIAS
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
O mar é o mesmo: Já ninguém o tema!
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.
VI - OS COLOMBOS
Outros haverão de ter
O que houvermos de perder.
Outros poderão achar
O que, no nosso encontrar,
Foi achado, ou não achado,
Segundo o destino dado.
Mas o que a eles não toca
É a Magia que evoca
O Longe e faz dele história.
E por isso a sua glória
É justa auréola dada
Por uma luz emprestada.
VII - OCIDENTE
Com duas mãos – o Acto e o Destino –
Desvendámos. No mesmo gesto, ao céu
Uma ergue o facho trémulo e divino
E a outra afasta o véu.
Fosse a hora que haver ou a que havia
A mão que ao Ocidente o véu rasgou,
Foi alma a Ciência e corpo a Ousadia
DA mão que desvendou.
Fosse Acaso, ou Vontade, ou Temporal
A mão que ergueu o facho que luziu,
Foi Deus a alma e o corpo Portugal
Da mão que o conduziu.
VIII - FERNÃO DE MAGALHÃES
No vale clareira uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto –
Cingi-lo, dos homens, o primeiro –,
Na praia ao longe por fim sepulto.
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
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março 15, 2004
OPA - oferta pública de aquisição
Uma vez que parece ( não sou eu que digo) que se está a instalar uma psicose relativamente ao fenómeno terrorismo, e, mais concretamente em relação ao Euro 2004, proponho:
Operação - aquisição de bilhetes para os jogos da Selecção Nacional (meias-finais e final incluídas).
Base de licitação - 70% do valor facial.
Mínimo: dois bilhetes por jogo.
Para evitar os especuladores, aviso que o valor de oferta será sujeito a uma depreciação de 5% por mês
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março 14, 2004
Linda!, aliás Jill Bioskop.
Cinema Immortal, de Henki Bilal
Início do século XXIII.
Algures num dos três níveis de acesso da Cidade de Nova Iorque, há uma mulher com cabelo azul que chora lágrimas azuis.
O nome dela é Jill Bioskop. Ela ainda não sabe, mas Horus, o deus cabeça de falcão do Antigo Egipto, viajou por metade do universo para a conhecer.
Horus foi condenado à morte pelos seus semelhantes . Tem somente sete dias para encontrar Jill no labirinto da cidade e tentar seduzi-la.
Mas, para isso, precisa assumir a forma humana. Será Alcide Nicopol, um prisioneiro político que foi criogenisado trinta anos antes porque sabia demasiado sobre o Apartheid em Nova Iorque.
Entretanto, a pirâmide dos deuses voa sobre Manhattan, aliens fazem planos secretos no topo de um arranha-céus e um assassino em série não-humano passeia nas ruas do Nível 1.
Acontecimento:
Henki Bilal imortalizado em cinema!
Projectado ontem no Festival Internacional do Cinema Fantástico de Bruxelas.
Conta com a presença da menina Linda Hardy, Miss França em 1992(!)
O mais certo é ter de aguardar pela edição em dvd, porque em cinema...!
Etiquetas: Cinema, filmes da minha vida
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Para uma Nova Maioria
Artigos interessantes de Ruy Teixeira:
Emerging Democrats aqui e What Is to Be Done (on Jobs)? aqui!
Read more!
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março 13, 2004
LA ORACION DE LAS ROSAS
¡Ave rosas, estrellas solemnes!
Rosas, rosas, joyas vivas de infinito;
bocas, senos y almas vagas perfumadas;
llantos, ¡besos!, granos, polen de la luna;
dulces lotos de las almas estancadas;
¡ave rosas, estrellas solemnes!
Amigas de poetas
y de mi corazón,
¡ave rosas, estrellas
de luminosa Sión!
Panidas, sí, Panidas;
el trágico Rubén
así llamó en sus versos
al lánguido Verlaine,
que era rosa sangrienta
y amarilla a la vez.
Dejad que así os llame,
Panidas, sí, Panidas,
esencias de un Edén,
de labios danzarines,
de senos de mujer.
Vosotras junto al mármol
la sangre sois de él,
pero si fueseis olores
del vergel
en que los faunos moran,
tenéis en vuestro ser
una esencia divina:
María de Nazaret,
que esconde en vuestros pechos
blancura de su miel;
flor única y divina,
flor de Dios y Luzbel.
Flor eterna. Conjuro al suspiro.
Flor grandiosa, divina, enervante,
flor de fauno y de virgen cristiana,
flor de Venus furiosa y tonante,
flor mariana celeste y sedante,
flor que es vida y azul fontana
del amor juvenil y arrogante
que en su cáliz sus ansias aclara.
¡Qué sería la vida sin rosas!
Una senda sin ritmo ni sangre,
un abismo sin noche ni día.
Ellas prestan al alma sus alas,
que sin ellas el alma moría,
sin estrellas, sin fe, sin las claras
ilusiones que el alma quería.
Ellas son refugio de muchos corazones
ellas son estrellas que sienten el amor,
ellas son silencios que lentos escaparon
del eterno poeta nocturno y soñador,
y con aire y con cielo y con luz se formaron,
por eso todas ellas al nacer imitaron
el color y la forma de nuestro corazón.
Ellas son las mujeres entre todas las flores,
tibios sancta sanctorum de la eterna poesía,
neáporis grandiosas de todo pensamiento,
copones de perfume que azul se bebe el viento,
cromáticos enjambres, perlas del sentimiento,
adornos de las liras, poetas sin acento.
Amantes olorosas de dulces ruiseñores.
Madres de todo lo bello,
sois eternas, magníficas, tristes
como tardes calladas de octubre,
que al morir, melancólicas, vagas,
una noche de otoño las cubre,
porque al ser como sois la poesía
estáis llenas de otoño, de tardes,
de pesares, de melancolía,
de tristezas, de amores fatales,
de crepúsculo gris de agonía,
que sois tristes, al ser la poesía
que es un agua de vuestros rosales.
Santas rosas divinas y varias,
esperanzas, anhelos, pasión,
deposito en vosotras, amigas;
dadme un cáliz vacío, ya muerto,
que en su fondo, mustiado y desierto,
volcaré mi fatal corazón.
¡Ave rosas, estrellas solemnes!
Llenas rosas de gracia y amor,
todo el cielo y la tierra son vuestros
y benditos serán los maestros
que proclamen la voz de tu flor.
Y bendito será el bello fruto
de tu bello evangelio solemne,
y bendito tu aroma perenne,
y bendito tu pálido albor.
Solitarias, divinas y graves,
sollozad, pues sois flores de amor,
sollozad por los niños que os cortan,
sollozad por ser alma y ser flor,
sollozad por los malos poetas
que no os pueden cantar con dolor,
sollozad por la luna que os ama,
sollozad por tanto corazón
como en sombra os escucha callado,
y también sollozad por mi amor.
¡Ay!, incensarios carnales del alma,
chopinescas romanzas de olor,
sollozad por mis besos ocultos
que mi boca a vosotras os dio.
Sollozad por la niebla de tumba
donde sangra mi gran corazón,
y en mi hora de estrella apagada,
que mis ojos se cierren al sol,
sed mi blanco y severo sudario,
chopinescas romanzas de olor.
Ocultadme en un valle tranquilo,
y esperando mi resurrección,
id sorbiendo con vuestras raíces
la amargura de mi corazón.
Rosas, rosas divinas y bellas,
sollozad, pues sois flores de amor.
Federico García Lorca
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Ventos estelares
As nebulosas planetárias nascem no final da vida de estrelas com massas similares à do Sol.
O que faz com que estas estrelas se transformem em nebulosas planetárias?
Esquema da vida de uma estrela do tipo solar
(in "Cosmic Butterflies - The Colorful Misteries of Planetary Nebulae" de S. Kwok).
Este diagrama representa a vida das estrelas do tipo solar (proposto por B. Paczynski em 1970).
No princípio (canto inferior direito do diagrama) a luminosidade destas estrelas resulta da queima de hidrogénio no núcleo - o que origina o hélio que também entrará em combustão.
Estas estrelas passam a maior parte de suas vidas nesta fase de queima nuclear de hidrogénio - quase 10.000 milhões de anos.
Quando se acaba o hidrogénio do núcleo, a estrela expande-se, transformando-se numa gigante vermelha, ao mesmo tempo que o seu núcleo se contrai.
Nesta fase a energia da estrela vem da queima do hidrogénio, não no núcleo, mas numa camada mais externa.
Como consequência do facto de que o núcleo se contrai ainda mais, o hélio volta a ser queimado no núcleo e a estrela experimenta mais uma fase de expansão nas camadas externas.
Quando a estrela entra no ramo assimptótico das gigantes (AGB) o seu núcleo já não queima hidrogénio nem hélio, e compõe-se do que sobrou das combustões anteriores, ou seja, de carbono e oxigénio.
Nesta fase, e por um período de aproximadamente 1 milhão de anos, a estrela continuará seu processo de expansão, ao mesmo tempo que a sua luminosidade crescerá, atingindo valores de 1.000 vezes a luminosidade do Sol.
Os ventos estrelares presentes nesta e nas fases imediatamente posteriores das estrelas do tipo solar (ou seja os ventos que ocorrem numa AGB -culminando na expulsão da nebulosa- e numa pós-AGB, englobando as fases AGB, proto planetária e nebulosa planetária, ver esquema) gradualmente expulsam o gás de hidrogénio das camadas mais externas, deixando exposto o núcleo quente.
O que sobra dos ventos estelares é a própria nebulosa planetária. Assim, aquela que denominamos a estrela central de uma nebulosa planetária é justamente a estrela da qual estivemos "acompanhando" a evolução.
Quando cessa a combustão do hidrogénio nas camadas externas, a estrela perde o seu brilho e transforma-se numa anã branca.
Em síntese, as estrelas do tipo solar, quando chegam às fases finais das suas vidas, expelem grande parte do gás da sua atmosfera, pelo menos em dois episódios distintos de perda de massa.
Primeiro, devido ao vento lento de uma estrela no ramo assimptótico das gigantes (ou estrela AGB), cuja velocidade típica é da ordem de 10 km/s, com uma taxa de perda de massa de 10-5 Msol/ano.
E depois, através do vento rápido, expelido durante a fase imediatamente posterior da estrela central (ou seja, no vento de uma pós-AGB), caracterizado por 10-7 Msol/ano e que alcança uma velocidade de até 2.000 km/s.
De salientar que a mais importante das características destes ventos é que eles ocorrem durante o último milhão de anos, de estrelas que vivem, tipicamente, 10.000 milhões de anos.
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O que faz com que estas estrelas se transformem em nebulosas planetárias?
Esquema da vida de uma estrela do tipo solar
(in "Cosmic Butterflies - The Colorful Misteries of Planetary Nebulae" de S. Kwok).
Este diagrama representa a vida das estrelas do tipo solar (proposto por B. Paczynski em 1970).
No princípio (canto inferior direito do diagrama) a luminosidade destas estrelas resulta da queima de hidrogénio no núcleo - o que origina o hélio que também entrará em combustão.
Estas estrelas passam a maior parte de suas vidas nesta fase de queima nuclear de hidrogénio - quase 10.000 milhões de anos.
Quando se acaba o hidrogénio do núcleo, a estrela expande-se, transformando-se numa gigante vermelha, ao mesmo tempo que o seu núcleo se contrai.
Nesta fase a energia da estrela vem da queima do hidrogénio, não no núcleo, mas numa camada mais externa.
Como consequência do facto de que o núcleo se contrai ainda mais, o hélio volta a ser queimado no núcleo e a estrela experimenta mais uma fase de expansão nas camadas externas.
Quando a estrela entra no ramo assimptótico das gigantes (AGB) o seu núcleo já não queima hidrogénio nem hélio, e compõe-se do que sobrou das combustões anteriores, ou seja, de carbono e oxigénio.
Nesta fase, e por um período de aproximadamente 1 milhão de anos, a estrela continuará seu processo de expansão, ao mesmo tempo que a sua luminosidade crescerá, atingindo valores de 1.000 vezes a luminosidade do Sol.
Os ventos estrelares presentes nesta e nas fases imediatamente posteriores das estrelas do tipo solar (ou seja os ventos que ocorrem numa AGB -culminando na expulsão da nebulosa- e numa pós-AGB, englobando as fases AGB, proto planetária e nebulosa planetária, ver esquema) gradualmente expulsam o gás de hidrogénio das camadas mais externas, deixando exposto o núcleo quente.
O que sobra dos ventos estelares é a própria nebulosa planetária. Assim, aquela que denominamos a estrela central de uma nebulosa planetária é justamente a estrela da qual estivemos "acompanhando" a evolução.
Quando cessa a combustão do hidrogénio nas camadas externas, a estrela perde o seu brilho e transforma-se numa anã branca.
Em síntese, as estrelas do tipo solar, quando chegam às fases finais das suas vidas, expelem grande parte do gás da sua atmosfera, pelo menos em dois episódios distintos de perda de massa.
Primeiro, devido ao vento lento de uma estrela no ramo assimptótico das gigantes (ou estrela AGB), cuja velocidade típica é da ordem de 10 km/s, com uma taxa de perda de massa de 10-5 Msol/ano.
E depois, através do vento rápido, expelido durante a fase imediatamente posterior da estrela central (ou seja, no vento de uma pós-AGB), caracterizado por 10-7 Msol/ano e que alcança uma velocidade de até 2.000 km/s.
De salientar que a mais importante das características destes ventos é que eles ocorrem durante o último milhão de anos, de estrelas que vivem, tipicamente, 10.000 milhões de anos.
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março 12, 2004
Idade das Trevas (III)
Nestes momentos de terror em que ficamos sem saber muito bem o que pensar e dizer, ocorrem-me duas coisas:
Em que mundo estão os nossos filhos a crescer, com que esperanças encaram o futuro?
Algures noutros cantos do planeta estão a crescer crianças que amanhã vão-se fazer explodir juntamente com os nossos.
Há menos de uma década afirmava-se que o século XXI seria o da afirmação do turismo, da qualidade de vida. Quereriam dizer do terrorismo?
O segundo pensamento nestas ocasiões vai para aquele rapaz de uma pequena aldeia algures em Itália, onde em 1983, num curto espaço de tempo, assistiu ao horror de ver pedaços de corpos após dois atentados em comboios num túnel perto da sua aldeia. A violência, inimaginável, daquelas visões, fez com que deixasse um bilhete onde escreveu que não conseguia viver com a ideia de voltar a assistir aquelas monstruosidades, e matou-se.
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Em que mundo estão os nossos filhos a crescer, com que esperanças encaram o futuro?
Algures noutros cantos do planeta estão a crescer crianças que amanhã vão-se fazer explodir juntamente com os nossos.
Há menos de uma década afirmava-se que o século XXI seria o da afirmação do turismo, da qualidade de vida. Quereriam dizer do terrorismo?
O segundo pensamento nestas ocasiões vai para aquele rapaz de uma pequena aldeia algures em Itália, onde em 1983, num curto espaço de tempo, assistiu ao horror de ver pedaços de corpos após dois atentados em comboios num túnel perto da sua aldeia. A violência, inimaginável, daquelas visões, fez com que deixasse um bilhete onde escreveu que não conseguia viver com a ideia de voltar a assistir aquelas monstruosidades, e matou-se.
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março 11, 2004
Atentado terrorista em Madrid
Confesso que quando começámos a ouvir as notícias esta manhã, o primeiro pensamento não foi para atribuir este massacre à ETA, antes a alguma organização árabe (reminiscências...)!
DUZENTOS MORTOS?!
aos euskaldun: aos bascos... vocês sabem quem...
Zer da hau? O que é isto?
Zuek Europakoak zarete? São vocês da Europa?
Puta que os pariu!
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março 07, 2004
Essências Luminosas
Estátua de Mahakala, em posição vertical
Reinado de Yongle, dinastia Ming (1403-1424)
Interior - Ferro, ouro
Estátua de Tara Branca em posição sentada
Reinado de Qianlong, dinastia Qing (século XVIII)
Interior - Latão
Suiqiu Fomu Caca
Reinado de Qianlong, dinastia Qing (século XVIII)
Interior - Pintura sobre barro
Buda Amitayus em cobre e ouro
Meados da dinastia Qing (século XVIII) - Tibete
Cobre e ouro
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Mais conteúdo e menos forma?
Há quinze anos, mais coisa menos coisa, que sou leitor da GRANDE REPORTAGEM.
Durante cerca de uma década, convivi com os editoriais de Miguel SousaTavares, intratável homem de causas.
Mais recentemente, Francisco José Viegas, num estilo menos comprometido com a linha seguida até ao início deste século, com sensibilidade própria refrescou a revista, adaptando-a a um novo tempo.
Apesar do formato actual, ao qual ainda não me consegui habituar, tenho continuado a acompanhar com interesse.
Nova mudança! Que a chegada de Joaquim Vieira, que traz consigo a Felícia Fabrita, mantenha o espírito da GRANDE REPORTAGEM.
Espero!
Read more!
O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó---óóóóóó óóó---óóóóóóó óóóóóóóó
( O Vento lá fora.)
Álvaro de Campos, 15-1-1928
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O Céu dos Homens do Mar na Época das Descobertas
Astrolábio usado para calcular as posições dos astros no céu.
“Água é vida”.
Este lugar-comum, repetido vezes sem conta, é pleno de significado.
Foi no mar que teve origem a vida na Terra, podendo-se afirmar que em última análise todos os entes vivos têm antepassados remotos que viveram na água.
Todos os seres vivos necessitam de água para sobreviver.
As grandes civilizações da Antiguidade desenvolveram-se junto de grandes rios que irrigavam e fertilizavam os campos onde se praticava a agricultura.
Sendo a água tão importante para a Humanidade não é de estranhar que desde tempos imemoriais os espaços aquáticos tenham sido usados como vias de comunicação.
Para conduzir as embarcações torna-se necessário dispor de marcas que permitam conhecer a posição. Durante séculos a navegação era feita essencialmente com terra à vista, de modo a ser sempre conhecida a posição do navio.
Embora as viagens fossem geralmente à vista de terra, acontecia muitas vezes que os navios se afastavam, pelos mais diversos motivos, perdendo então essas referências que lhes forneciam informações sobre onde se encontravam e para onde se poderiam dirigir.
Perdidos esses sinais de terra firme, esses homens socorriam-se então de outros sinais: características dos ventos, cor das águas, plantas aquáticas, etc.
Além destes sinais, existem umas marcas no céu, os astros, que podem ser usadas para fornecer diversas informações a quem conheça o seu comportamento.
Até à Idade Média, a bússola era desconhecida.
Com a difusão, junto dos marinheiros, deste instrumento passou a ser possível aumentar cada vez mais as distâncias percorridas no mar e os tempos de navegação sem terra à vista, uma vez que passou a existir uma maneira de saber a direcção em que os navios se dirigiam.
Os pilotos passaram a saber a sua posição no mar, observando simplesmente as direcções em que o navio tinha navegado e estimando as distâncias percorridas, desde a última posição que tinham observado junto à costa.
Este método de navegação ficou conhecido, entre os historiadores da Náutica, pelo nome de método de rumo e estima.
No entanto, conforme as distâncias percorridas, sem avistar terra, se tornavam cada vez maiores, os erros acumulados no percurso cresciam, devido a vários factores: correntes, irregularidades dos instrumentos, avaliação incorrecta das distâncias percorridas...
Tornou-se então necessário “descobrir” novas formas de conhecer a posição dos navios, no alto-mar, com um maior rigor.
A solução passou pelo uso de astros, em determinadas condições, para conhecer as coordenadas geográficas do local em que o navegante se encontrava.
Os portugueses foram pioneiros no desenvolvimento de processos para conhecimento de uma das coordenadas geográficas: a latitude.
Quanto à longitude, a sua determinação é bastante mais complexa, aparecendo soluções práticas para este problema apenas no século XVIII, sendo os Ingleses pioneiros neste processo.
Por outro lado, era também possível, pelo menos desde a Idade Média, conhecer as horas, durante a noite, pela observação do movimento da Estrela Polar.
Foram desenvolvidos diversos instrumentos, e tabelas, que permitiam, em função da época do ano, saber as horas pela posição relativa da Estrela Polar e de outra estrela da Ursa Menor, a Kochab.
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M27, a Dumbbell Nebula (Nebulosa dos Halteres).
Em termos do tamanho projectado no céu, é a maior das nebulosas planetárias, medindo 16 minutos de arco.
A cor verde representa a linha de emissão de átomos de oxigénio duas vezes ionizado ([OIII]) e o vermelho indica aquela dos átomos de nitrogénio uma vez ionizado ([NII]) e do hidrogénio (Hα).
Esta imagem foi obtida com o telescópio de 0.82m IAC80 (situado no Observatorio del Teide).
Crédito: The IAC Morphological Catalog of Northern Galactic Planetary Nebulae (Manchado et al. 1996).
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Nebulosas Planetárias: O Belo em Detalhe
Foi num artigo publicado em 1785, por Willian Herschel, autor de famosos catálogos de nebulosas planetárias e aglomerados estelares, que as nebulosas planetárias foram assim classificadas pela primeira vez.
O nome surgiu porque o seu aspecto recordava os discos esverdeados de alguns planetas e por apresentarem características observacionais distintas dos demais objectos que estudava.
Porém, estas não são, em absoluto, planetas nem mesmo nebulosas jovens em processo de condensação para a formação de novas estrelas...
Hoje em dia sabemos que estrelas do tipo solar, no final das suas vidas, libertam as suas camadas mais externas que, pouco a pouco, se expandem e diluem até se confundirem com o meio interestelar, enquanto o resto da estrela segue a sua evolução até se transformar numa anã branca, ou seja num "cadáver estelar".
Enfim, apesar do nome que recebem, nebulosas planetárias representam a última fase da evolução da maioria das estrelas -- e também do Sol, dentro de 4.500 milhões de anos.
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março 04, 2004
Até jazz, LUNA! Até logo, VOXX!
Ainda me lembro da noite em que calaram a XFM!
São estas frequências que abalam a Indústria? Não me parece.
É o mercado, dirão alguns.
Se as audiências significam alguma coisa, então também não acredito que seja por aí.
Então qual a justificação para fecharem a Luna e a Voxx?
Seria interessante ouvir o Nobre Guedes sobre o assunto.
Não entendo.
Está em causa uma imensa minoria, que merece respeito.
Um dia destes descobrem a Oxigénio, e por aí fora!
Cá por mim, vou tentar ouvi-las até ao último hertz...
Um abraço aos profissionais!
Etiquetas: Música
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março 03, 2004
Interrupção (in)voluntária.. de quê?!
Ninguém com dois dedos de testa é contra ou a favor do aborto tout court!
As pessoas podem ter opinião sobre, tendo conhecimento concreto de um caso, com todas as variáveis!
No plano dos princípios, eu serei contra ou a favor, naquilo que me diga directamente respeito.
No abstrato, a conversa é estéril e representa só um dos muitos preconceitos da nossa sociedade.
Já alguém se interrogou sobre o que pensarão sobre o assunto os aborígenes, ou outros povos mais ou menos civilizados que nós?(os americanos não contam).
O aborto, ou o que lhe queiram chamar, não é um "problema" da nossa sociedade, é um dilema moral de cada indivíduo!
O estado tem só a obrigação de assegurar que as mulheres (ou as famílias) tenham possibilidade de fazer as suas escolhas em segurança, seja no sentido da vida ou não!
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Acto contínuo, o post anterior despertou-me a curiosidade, não sei porquê, pela estreia da sequela dos "Crimes dos Rios de Púrpura"!
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Teologia da Libertação ou da Conspiração? - I
Os Evangélicos: A Seita que quer conquistar o mundo!
É a corrente religiosa que progride hoje mais rapidamente.
Hoje são 500 milhões, acreditam no Armagedão, que está próxima a batalha entre as forças do Bem e do Mal.
Investem na televisão, na web, nos jogos de vídeo ou nos romances de ficção-científica para angariar fiéis.
George W. Bush, bem como alguns dos seus ministros e conselheiros, partilham a visão messiânica do mundo e do futuro. Será isto extremismo?
Os Cruzados do apocalipse
O que fazer contra um homem que tem uma linha directa com o Todo-Poderoso?
Que se crê imbuído de uma missão divina? Que acredita que o apocalipse está próximo?
O que dizer quando este homem é presidente dos Estados Unidos?
Este inverno, algumas semanas antes da guerra do Iraque, Bush tentou convencer o presidente francês de que a razão última para a invasão era vontade de Deus. Assim.
Foi buscar o Profeta Ezequiel, A Babilónia, e claro, Saddam...!
Entretanto, o homem mais poderoso do mundo é um simples devoto de uma Igreja Protestante, Expansionista, Milenarista e Apocalíptica - SEITAS!
Estas Igrejas, que congregam uma federação de seitas, servem em vários aspectos para converter a América antes de conquistar o mundo! Assim.
Com Bush na Casa Branca, as bases estão lançadas.
A doutrina evangélica, cujas baterias estão apontadas para a América, é hoje a corrente religiosa que mais progride em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Acima da igreja católica, das igrejas protestantes históricas (os Baptistas e os Metodistas) e mesmo do Islão.
Alguns números:de 4 milhões em 1940 - num total de 560 milhões de cristãos -, os evangélicos são hoje 500 milhões, ou seja, 1/4 dos cristãos!
Harvey Cox, professor de Teologia em Harvard, estima que em 2050 a relação seja de 1 para 2.
Nascer novamente em Cristo (é este o termo com que os evangélicos se auto-denominam), parece que foi a mola que empurrou Bush para governador do Texas.
Segue-se a casa branca, local de eleição para "promover uma visão bíblica do mundo."
Está bem visto, digo eu!
Em meados de Janeiro, o pastor Pat Robertson, fundador da poderosa Coligação Cristã e ex-líder da cadeia evangélica The Family Channel, diz mais ou menos isto:
" Deus disse-me que a eleição em 2004 será uma explosão." E que "George W. Bush vai ganhar facilmente. Pouco importa que ele faça o bem ou não, porque é um homem devoto e abençoado por Deus".
Este iluminado é autor de um manifesto com o expressivo título "A Nova Ordem Mundial - Não haverá paz mundial enquanto a Casa de Deus e o povo de Deus não assumirem a liderança do mundo". Pois!
Continua...
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É a corrente religiosa que progride hoje mais rapidamente.
Hoje são 500 milhões, acreditam no Armagedão, que está próxima a batalha entre as forças do Bem e do Mal.
Investem na televisão, na web, nos jogos de vídeo ou nos romances de ficção-científica para angariar fiéis.
George W. Bush, bem como alguns dos seus ministros e conselheiros, partilham a visão messiânica do mundo e do futuro. Será isto extremismo?
Os Cruzados do apocalipse
O que fazer contra um homem que tem uma linha directa com o Todo-Poderoso?
Que se crê imbuído de uma missão divina? Que acredita que o apocalipse está próximo?
O que dizer quando este homem é presidente dos Estados Unidos?
Este inverno, algumas semanas antes da guerra do Iraque, Bush tentou convencer o presidente francês de que a razão última para a invasão era vontade de Deus. Assim.
Foi buscar o Profeta Ezequiel, A Babilónia, e claro, Saddam...!
Entretanto, o homem mais poderoso do mundo é um simples devoto de uma Igreja Protestante, Expansionista, Milenarista e Apocalíptica - SEITAS!
Estas Igrejas, que congregam uma federação de seitas, servem em vários aspectos para converter a América antes de conquistar o mundo! Assim.
Com Bush na Casa Branca, as bases estão lançadas.
A doutrina evangélica, cujas baterias estão apontadas para a América, é hoje a corrente religiosa que mais progride em todo o mundo desde a Segunda Guerra Mundial.
Acima da igreja católica, das igrejas protestantes históricas (os Baptistas e os Metodistas) e mesmo do Islão.
Alguns números:de 4 milhões em 1940 - num total de 560 milhões de cristãos -, os evangélicos são hoje 500 milhões, ou seja, 1/4 dos cristãos!
Harvey Cox, professor de Teologia em Harvard, estima que em 2050 a relação seja de 1 para 2.
Nascer novamente em Cristo (é este o termo com que os evangélicos se auto-denominam), parece que foi a mola que empurrou Bush para governador do Texas.
Segue-se a casa branca, local de eleição para "promover uma visão bíblica do mundo."
Está bem visto, digo eu!
Em meados de Janeiro, o pastor Pat Robertson, fundador da poderosa Coligação Cristã e ex-líder da cadeia evangélica The Family Channel, diz mais ou menos isto:
" Deus disse-me que a eleição em 2004 será uma explosão." E que "George W. Bush vai ganhar facilmente. Pouco importa que ele faça o bem ou não, porque é um homem devoto e abençoado por Deus".
Este iluminado é autor de um manifesto com o expressivo título "A Nova Ordem Mundial - Não haverá paz mundial enquanto a Casa de Deus e o povo de Deus não assumirem a liderança do mundo". Pois!
Continua...
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PARIS - Vista de 360º
Nota: utilizar o cursor a partir do fim da barra para navegação conveniente pela foto.
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Nota: utilizar o cursor a partir do fim da barra para navegação conveniente pela foto.
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março 01, 2004
Caem os sonhos um a um
e o sangue estremece.
Caem, e ficam no chão
De quem os morde e os esquece.
Farto de seiva, o dia amadurece.
Eugénio de Andrade - As mãos e os frutos
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Ainda há gente boa!
Haitianos não identificados levam champanhe oferecido por Jonas Petit, porta-voz do Presidente Jean Bertrand Aristide que partiu para umas férias!
Por outro lado, cerca de 80% da população vive abaixo do limiar de pobreza miserável.
Quase 70% dos haitianos dependem da agricultura de pequena escala.
A seguir às eleições de Maio de 2000, os amigos americanos suspenderam a ajuda económica (vá-se lá saber porquê), o que levou a que o país chegasse ao descalabro a que agora assistimos.
O Haiti precisa urgentemente de 500 milhões de dólares!
Os americanos, em parceria com os franceses, vão ajudar!
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Na ressaca dos Óscares
Ocorre-me acrescentar ao que o disse o Barnabé, que, não fôra O Senhor dos Anéis estar a concurso, o Mystic River "limpava" os óscares de Melhor Filme e de Melhor Realizador!
Concedo que, pela colossal obra do Peter Jackson, se tenha premiado a trilogia, mas,
esta cerimónia é anual, portanto...!
Apreciei particularmente a intervenção do Tim Robbins, que, pela visibilidade que tem uma ocasião destas, deixou uma mensagem de solidariedade para com as pessoas vítimas de abusos sexuais ( não podia ser mais oportuno)!
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