junho 30, 2006
Entre velhos amigos
Outono Inglês
Não para ver a luz que dos céus desce,
incerta nestes campos,
mas por ver a luz que, do escuro centro da terra,
às folhas sobe e abrasa.
Não saí para ver a luz do céu
mas a luz que das árvores nasce.
Hoje o que meus olhos vêem
não é uma cor que a cada instante sua beleza muda
e agora é tocha de ouro,
voraz incêndio, fumarada de cobre,
onda mansa de cinza.
Hoje o que os meus olhos vêem
é a profunda mudança da vida na morte.
Este esplendor tranquilo
é o acabamento digno de uma perfeita criação,
ainda mais se se descobre
a consumpção dolorosa dos homens,
apenas semelhantes em sua funda solidão,
mas com sofrimento e sem beleza.
O homem bem queria que sua morte
não carecesse de certeza alguma
e assim reflectiria em seu sorriso,
como o campo esta tarde,
uma tranquila espera.
(Beleza do dorminte
que imperceptível o mundo peito agita
para se erguer depois com maior vida;
como na primavera as águas do campo.)
Como na primavera...?
Não é o que vejo, então, perturbação da morte,
mas o sonhar da árvore, que despe
sua fronte de folhagem,
e assim cristalina penetra a funda noite
que lhe dará mais vida.
É lei fatal do mundo
que toda a vida acabe em podridão,
e a árvore morrerá, sem nenhum esplendor,
pois o raio, o machado ou a velhice
hão-de abatê-la para sempre.
Na simulada morte que contemplo
tudo é beleza:
o estertor fatigado das aves,
a gritaria de uns cães velhos, a água
deste rio que não corre,
meu coração, mais pobre agora do que nunca,
porque mais ama a vida.
As asas gastas da noite vão caindo
sobre este vasto campo de cinza:
cheira a carniça humana.
A luz tornou-se negra, a terra é pó somente, chega um vento
muito frio.
Se fosse morte verdadeira a deste bosque de ouro
só haveria dor
se um homem contemplasse a queda.
E chorei a perda do mundo
ao sentir em meus ombros e nos ramos
do bosque duradouro
o peso de uma mesma escuridão.
poema de Francisco Brines
Palabras a la Oscuridad (1966)
in Ensayo de una despedida - Antologia (1960-1986)
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junho 28, 2006
O direito do mais forte à liberdade
Os corpos de duas meninas, desaparecidas na madrugada de 10 de Junho em Liège, foram esta quarta-feira encontrados pelas autoridades na cidade, a vinte metros um do outro, anunciaram as televisões belgas.
Não peço desculpa por não conceber que numa qualquer sociedade dita civilizada, as pequenitas Stacy Lemmens e Nathalie Mahy, possam ser asssassinadas, os seus carrascos cumprirem uns anitos de pena e continuarem as suas vidinhas.
Com casos como o de Marc Dutroux, a Europa demonstrou até que ponto Justiça e Liberdade podem ser conceitos antagónicos.
Até quando?
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Não peço desculpa por não conceber que numa qualquer sociedade dita civilizada, as pequenitas Stacy Lemmens e Nathalie Mahy, possam ser asssassinadas, os seus carrascos cumprirem uns anitos de pena e continuarem as suas vidinhas.
Com casos como o de Marc Dutroux, a Europa demonstrou até que ponto Justiça e Liberdade podem ser conceitos antagónicos.
Até quando?
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junho 27, 2006
Los Comediants
Imagino que provar do próprio veneno não deve dar saúde a ninguém...
Menosprezar um dos melhores jogadores do mundo pode mesmo ser fatal!
Et pour cause, a armada espanhola vai para casa com 3 pommes de terre...
E no sábado, claro está, vão torcer pelos hermanos lusos.. não?!
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junho 26, 2006
Portugal nos quartos de final do Campeonato do Mundo
junho 25, 2006
Eu sei que hoje é dia de Selecção Nacional, mas...
junho 24, 2006
Retratos do Trabalho - Mexilhoeira da Carregação
nas margens da pequena vila piscatória junto ao Rio Arade,
duas trabalhadoras fazem uma pausa na apanha da amêijoa
duas trabalhadoras fazem uma pausa na apanha da amêijoa
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junho 23, 2006
ao encontro do criador
Neste início de verão, com as temperaturas a subir e o Mundial de Futebol a começar a ferver, A Bedeteca oferece uma proposta que é uma verdadeira brisa, ao abrir os jardins para a 4º Feira Laica, a maior Feira de Fanzines e Edições Independentes que se realiza em Portugal.
A oferta é completada com discos em 2ª mão, artesanato urbano, animação infantil e... petiscos.
Mais detalhes, no recém-chegado e altamente recomendável Imprensa Canalha
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junho 22, 2006
Fim-de-semana cultural
El Museo Nacional del Prado y el Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía conmemorarán el 25 aniversario de la llegada del Guernica a España presentando la exposición Picasso.
Tradición y Vanguardia en un año en que también se conmemoran los 125 años del nacimiento del artista.
Para evitar as intermináveis filas de acesso à Exposição, a compra antecipada de entradas na página do El Corte Ingléz será uma boa opção.
Até 3 de Setembro.
Etiquetas: Artes, Pablo Picasso
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junho 21, 2006
Ao fim da tarde, em Lisboa afinal
Sorriso audível das folhas
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Não és mais que a brisa ali
Se eu te olho e tu me olhas,
Quem primeiro é que sorri?
O primeiro a sorrir ri.
Ri e olha de repente
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Para fins de não olhar
Para onde nas folhas sente
O som do vento a passar
Tudo é vento e disfarçar.
Mas o olhar, de estar olhando
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Onde não olha, voltou
E estamos os dois falando
O que se não conversou
Isto acaba ou começou?
Fernando Pessoa
Etiquetas: Fotografia, Lisboa, Poesia
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junho 20, 2006
ser apanhado a fumar não me preocupa
O medo de ser apanhado a fumar não me preocupa.
A não ser que esteja num espaço com mesas distantes entre si o suficiente para não incomodar ninguém, em regra e por uma questão de educação, evito fumar no restaurante.
Agora, se puserem um catrapázio à porta, então perdem um cliente.
Preocupa-me reacção hipócrita da Confederação Portuguesa para a Prevenção do Tabagismo, que considerou a proposta um grande contributo para a saúde geral dos não fumadores, leia-se nós estamo-nos cagando para a saúde dos fumadores!
As advertências contra o fumo do tabaco, combinadas com imagens dos problemas de saúde associados ao seu consumo, afectarão unicamente os maços de cigarros, num acto de grande generosidade para com as embalagens de cigarrilhas e charutos.
Percebe-se a compl€xidad€...
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A não ser que esteja num espaço com mesas distantes entre si o suficiente para não incomodar ninguém, em regra e por uma questão de educação, evito fumar no restaurante.
Agora, se puserem um catrapázio à porta, então perdem um cliente.
Preocupa-me reacção hipócrita da Confederação Portuguesa para a Prevenção do Tabagismo, que considerou a proposta um grande contributo para a saúde geral dos não fumadores, leia-se nós estamo-nos cagando para a saúde dos fumadores!
As advertências contra o fumo do tabaco, combinadas com imagens dos problemas de saúde associados ao seu consumo, afectarão unicamente os maços de cigarros, num acto de grande generosidade para com as embalagens de cigarrilhas e charutos.
Percebe-se a compl€xidad€...
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junho 18, 2006
preso pelo amor
Se é sem dúvida Amor esta explosão
de tantas sensações contraditórias;
a sórdida mistura das memórias,
tão longe da verdade e da invenção;
o espelho deformante; a profusão
de frases insensatas, incensórias;
a cúmplice partilha nas histórias
do que os outros dirão ou não dirão;
se é sem dúvida Amor a cobardia
de buscar nos lençóis a mais sombria
razão de encantamento e de desprezo;
não há dúvida, Amor, que te não fujo
e que, por ti, tão cego, surdo e sujo,
tenho vivido eternamente preso!
Embraceable you - Ruth Rosengarten, 1988
Soneto do Cativo - David Mourão-Ferreira
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junho 16, 2006
Arte Pública - Cowparade
junho 14, 2006
Os meus filmes, em 2006 - parte I
Caché - Nada a Esconder, de Michael Haneke ( sinopse + entrevista ao realizador)
Match Point, de Woody Allen
Munich - Munique, de Steven Spielberg (entrevista ao Spiegel)
Syriana, de Stephen Gaghan
Two for the Money - Aposta de Risco, de D.J. Caruso
The Three Burials of Melquiades Estrada - Os Três Enterros de um Homem, de Tommy Lee Jones
( talvez o filme que mais gostei, até agora...! )
Derailed - Pecado Capital, de Mikael Håfström
Capote, de Bennett Miller
Inside Man - Infiltrado, de Spike Lee
Basic Instinct 2 - Instinto Fatal 2, de Michael Caton-Jones
Mission: Impossible III - Missão Impossível 3, de J.J. Abrams
The Da Vinci Code - O Código Da Vinci, de Ron Howard
V for Vendetta - V de Vingança, de James McTeigue
Freedomland - Freedomland - A Cor do Crime, de Joe Roth
The New World - O Novo Mundo, de Terrence Malick
A History of Violence - Uma História de Violência, de David Cronenberg
Os meus favoritos: Uma História de Violência, O Novo Mundo e os Três Enterros...
Etiquetas: Cinema
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junho 13, 2006
Feira do Livro 2006
junho 12, 2006
A Nação inteira na janelinha
ENTRAR COM O PÉ DIREITINHO-
No relvado, o menino Luis Figo - o melhor em campo - deixa o defesa tonto com um cheirinho de Colónia e assiste de pezinho esquerdo o Pauleta que marcou, também com o pezinho esquerdo, o primeiro golinho no Mundial.
Depois disso, sofremos um bocadinho...
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junho 10, 2006
Imobiliário e Mercados
É possível que o inquilino da casa amarela não consiga ver na sua sala outros jogos do Mundial de 2006, além da nossa Selecção Nacional.
Mas tem vista para Monsanto e para o Tejo e eu não tenho.
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junho 09, 2006
método alfanumérico de combate ao analfabetismo funcional
junho 08, 2006
às voltas no túmulo, professor?
Se a responsabilidade de educar moralmente a criança pertence primeiramente à família, não lhe é, no entanto, exclusiva, porque ela pertence também à escola. Há um nexo natural entre elas, uma maternidade que se confunde, porque «com efeito a escola é uma segunda mãe», uma continuadora dos laços afectivos, daí que exija ao professor as mesmas qualidades que à família, um misto de proximidade e distância, próprio da linguagem do afecto.
Ferreira Deusdado, 1858-1918
in História do Pensamento Filosófico Português
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junho 05, 2006
Antecâmara - VII
ÁREA VI - JUSTIÇA
1. Como resolver a asfixia da capacidade dos tribunais:
Aumentando a oferta e ou disciplinando a procura? Em que termos?
Relevância da questão
Desde os últimos quinze anos o aumento da procura de “serviços judiciais” tem sido exponencial, de tal modo que a deslocalização de crescentes recursos para a Justiça não tem conseguido dar vazão.
A solução do problema da morosidade da Justiça passa assim por disciplinar a procura, nomeadamente pela desjudicialização de actos, pela actualização das alçadas, pela adequação das custas judiciais a quem mais requisita os “serviços” da Justiça, pela simplificação de métodos, modernização de meios e introdução de conceitos e métodos de gestão e responsabilização nos Tribunais.
2. Que medidas para uma Justiça moderna:
Simplificar o processo? Privilegiar a substância sobre a forma?
Menor garantismo? Que papel para o MP?
Relevância da Questão
A morosidade da Justiça está ainda relacionada com a excessiva complexidade e formalidade, designadamente do nosso processo civil e com algum excesso de garantismo sobretudo em relação a devedores.
Assegurar que quem deve é perseguido, em tempo e com eficácia, e que não mais joga a seu favor com a morosidade e impunidade é um imperativo de justiça e de moralização da vida nacional.
Por outro lado, o papel do MP tem de ser reapreciado por forma a enquadrar a sua actuação no contexto da definição da política criminal da competência do Governo, reservando-se ao MP a autonomia na iniciativa e condução processuais.
3. Como motivar os agentes da Justiça: especialização? Remunerar o mérito?
Relevância da Questão
Há que criar condições de trabalho aos diversos agentes da Justiça.
Dar-lhes condições de trabalho condignas e meios humanos e materiais, nomeadamente mediante a criação de um quadro de auxiliares, da especialização e de uma remuneração com forte componente de mérito, a avaliar na dupla vertente quantitativa (processos findos) e qualitativos (recursos interpostos das suas decisões que hajam decaído).
4. Como fazer entrar a sociedade do conhecimento e as novas tecnologias na administração da justiça?
Relevância da Questão
A gestão está hoje ainda afastada dos Tribunais e da administração da Justiça.
A maior parte das vezes o aproveitamento que se faz dos meios de informatização que se colocaram nos tribunais pelo país fora ou não foram adequados nas suas características, ou não foram acompanhados da formação adequada, pelo que estão largamente subaproveitados.
Por outro lado, há que introduzir nos tribunais conceitos e práticas de gestão, devendo para o efeito caminhar-se para a empresarialização dos tribunais, sem que isso ponha em causa a independência constitucional dos mesmos no que concerne à aplicação da lei.
5. Como assegurar a adequada alocação de recursos da Justiça
(localização dos tribunais, carreiras judiciárias, especialização dos tribunais)?
Relevância da Questão
O país conhece hoje um mapa judicial mal distribuído e a maior parte das vezes construído de modo artificial, ao som das reivindicações autárquicas e eleitoralistas.
Há que rever o mapa judicial português, de molde a que Portugal não seja um dos países da Europa (a 15) com maior número de tribunais por Km2.
Menos e mais eficientes tribunais e melhor localizados precisam-se. Por outro lado, há que prosseguir com a política de crescente especialização de tribunais (e, em coerência, de juízes e demais magistrados).
6. Como responsabilizar os agentes da Justiça em casos de atrasos e denegação de justiça?
Relevância da Questão
Há que por termo ao princípio de não responsabilização dos juízes, com prudência e cautela, por certo, mas com a determinação que a actual situação impõe.
A este aspecto está ainda associada a necessidade de se descorporativizarem os processos de avaliação dos juízes, de molde a que o mérito na sua progressão (e acesso a carreira) seja cada vez mais objectivo.
Área abordada anteriormente:
ÁREA V - MERCADOS, COMPETITIVIDADE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
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1. Como resolver a asfixia da capacidade dos tribunais:
Aumentando a oferta e ou disciplinando a procura? Em que termos?
Relevância da questão
Desde os últimos quinze anos o aumento da procura de “serviços judiciais” tem sido exponencial, de tal modo que a deslocalização de crescentes recursos para a Justiça não tem conseguido dar vazão.
A solução do problema da morosidade da Justiça passa assim por disciplinar a procura, nomeadamente pela desjudicialização de actos, pela actualização das alçadas, pela adequação das custas judiciais a quem mais requisita os “serviços” da Justiça, pela simplificação de métodos, modernização de meios e introdução de conceitos e métodos de gestão e responsabilização nos Tribunais.
2. Que medidas para uma Justiça moderna:
Simplificar o processo? Privilegiar a substância sobre a forma?
Menor garantismo? Que papel para o MP?
Relevância da Questão
A morosidade da Justiça está ainda relacionada com a excessiva complexidade e formalidade, designadamente do nosso processo civil e com algum excesso de garantismo sobretudo em relação a devedores.
Assegurar que quem deve é perseguido, em tempo e com eficácia, e que não mais joga a seu favor com a morosidade e impunidade é um imperativo de justiça e de moralização da vida nacional.
Por outro lado, o papel do MP tem de ser reapreciado por forma a enquadrar a sua actuação no contexto da definição da política criminal da competência do Governo, reservando-se ao MP a autonomia na iniciativa e condução processuais.
3. Como motivar os agentes da Justiça: especialização? Remunerar o mérito?
Relevância da Questão
Há que criar condições de trabalho aos diversos agentes da Justiça.
Dar-lhes condições de trabalho condignas e meios humanos e materiais, nomeadamente mediante a criação de um quadro de auxiliares, da especialização e de uma remuneração com forte componente de mérito, a avaliar na dupla vertente quantitativa (processos findos) e qualitativos (recursos interpostos das suas decisões que hajam decaído).
4. Como fazer entrar a sociedade do conhecimento e as novas tecnologias na administração da justiça?
Relevância da Questão
A gestão está hoje ainda afastada dos Tribunais e da administração da Justiça.
A maior parte das vezes o aproveitamento que se faz dos meios de informatização que se colocaram nos tribunais pelo país fora ou não foram adequados nas suas características, ou não foram acompanhados da formação adequada, pelo que estão largamente subaproveitados.
Por outro lado, há que introduzir nos tribunais conceitos e práticas de gestão, devendo para o efeito caminhar-se para a empresarialização dos tribunais, sem que isso ponha em causa a independência constitucional dos mesmos no que concerne à aplicação da lei.
5. Como assegurar a adequada alocação de recursos da Justiça
(localização dos tribunais, carreiras judiciárias, especialização dos tribunais)?
Relevância da Questão
O país conhece hoje um mapa judicial mal distribuído e a maior parte das vezes construído de modo artificial, ao som das reivindicações autárquicas e eleitoralistas.
Há que rever o mapa judicial português, de molde a que Portugal não seja um dos países da Europa (a 15) com maior número de tribunais por Km2.
Menos e mais eficientes tribunais e melhor localizados precisam-se. Por outro lado, há que prosseguir com a política de crescente especialização de tribunais (e, em coerência, de juízes e demais magistrados).
6. Como responsabilizar os agentes da Justiça em casos de atrasos e denegação de justiça?
Relevância da Questão
Há que por termo ao princípio de não responsabilização dos juízes, com prudência e cautela, por certo, mas com a determinação que a actual situação impõe.
A este aspecto está ainda associada a necessidade de se descorporativizarem os processos de avaliação dos juízes, de molde a que o mérito na sua progressão (e acesso a carreira) seja cada vez mais objectivo.
Área abordada anteriormente:
ÁREA V - MERCADOS, COMPETITIVIDADE, INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Etiquetas: Compromisso Portugal, Política
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junho 04, 2006
Arte Pública - Cowparade
junho 02, 2006
Arte Pública - Cowparade
Artista: Flavio Kleijn / Localização: Belém
Artista: Paulo Lalanda e David Maciel / Localização: Entrecampos
Artista: Francisco Vaz da Silva / Localização: Parque das Nações
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Etiquetas: Fotografia
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