Maio 31, 2005
Natureza Reflexiva
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Catilina
Eu sou o solitário e nunca minto.
Rasguei toda a vaidade tira a tira
E caminho sem medo e sem mentira
À luz crepuscular do meu instinto.
De tudo desligado, livre sinto
Cada coisa vibrar como uma lira,
Eu - coisa sem nome em que respira
Toda a inquietação dum deus extinto.
Sou a seta lançada em pleno espaço
E tenho de cumprir o meu impulso,
Sou aquele que venho e logo passo.
E o coração batendo no meu pulso
Despedaçou a forma do meu braço
Pr'além do nó de angústia mais convulso.
Sophia de Mello Breyner
Maio 30, 2005
Nem penses..(!)
Maio 29, 2005
E agora, para algo completamente diferente..
The Dead Collector: Bring out yer dead.
[a man puts a body on the cart]
Large Man with Dead Body: Here's one.
The Dead Collector: That'll be ninepence.
The Dead Body That Claims It Isn't: I'm not dead.
The Dead Collector: What?
Large Man with Dead Body: Nothing. There's your ninepence.
The Dead Body That Claims It Isn't: I'm not dead.
The Dead Collector: 'Ere, he says he's not dead.
Large Man with Dead Body: Yes he is.
The Dead Body That Claims It Isn't: I'm not.
The Dead Collector: He isn't.
Large Man with Dead Body: Well, he will be soon, he's very ill.
The Dead Body That Claims It Isn't: I'm getting better.
Large Man with Dead Body: No you're not, you'll be stone dead in a moment.
The Dead Collector: Well, I can't take him like that. It's against regulations.
The Dead Body That Claims It Isn't: I don't want to go on the cart.
Large Man with Dead Body: Oh, don't be such a baby.
The Dead Collector: I can't take him.
The Dead Body That Claims It Isn't: I feel fine.
Large Man with Dead Body: Oh, do me a favor.
The Dead Collector: I can't.
Large Man with Dead Body: Well, can you hang around for a couple of minutes? He won't be long.
The Dead Collector: I promised I'd be at the Robinsons'. They've lost nine today.
Large Man with Dead Body: Well, when's your next round?
The Dead Collector: Thursday.
The Dead Body That Claims It Isn't: I think I'll go for a walk.
Large Man with Dead Body: You're not fooling anyone, you know. Isn't there anything you could do?
The Dead Body That Claims It Isn't: I feel happy. I feel happy.
[the Dead Collector glances up and down the street furtively, then silences the Body with his a whack of his club]
Large Man with Dead Body: Ah, thank you very much.
The Dead Collector: Not at all. See you on Thursday.
Large Man with Dead Body: Right.
Monty Python and the Holy Grail - 1975
Reminder..
Para quem ainda possa estar deslumbrado com as medidas anunciadas pelo Governo Rosa Choque..
Ou, remotamente..
Para quem ainda pense que há almoços grátis!
Ou, remotamente..
Para quem ainda pense que há almoços grátis!
Maio 28, 2005
Resumo do Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa
Não se trata de saber se queremos uma Constituição, mas sim que de que tipo..
Dito de outra forma, qualquer tipo de Constituição é preferível ao vazio!
A União terá por base um fundamento único, a Constituição
A partir de agora, a UNIÃO EUROPEIA substituirá as actuais Comunidade Europeia e União Europeia; os três pilares serão reunidos, embora se mantenham os procedimentos específicos no domínio da política externa, da segurança e da defesa; os Tratados CE e UE, bem como todos os Tratados que os alteraram e completaram, serão substituídos pelo TRATADO QUE ESTABELECE UMA CONSTITUIÇÃO PARA A EUROPA.
A inclusão da CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO e a afirmação clara dos valores e dos objectivos da União, bem como dos princípios de base que regem as relações entre a União e os seus Estados-Membros, serão a nossa CONSTITUIÇÃO, que apresenta de forma clara a repartição das competências e procede a uma simplificação dos instrumentos e dos procedimentos.
Juridicamente, a Constituição é um Tratado. Só entrará em vigor depois da sua ratificação por todos os Estados-Membros, o queem alguns países implica uma consulta.
Qualquer alteração posterior da Constituição exigirá igualmente o acordo unânime e, regra geral, a ratificação por todos os Estados-Membros.
Para certas alterações, por exemplo para alargar o âmbito da votação por maioria qualificada, bastará um acordo por unanimidade no Conselho Europeu.
A Constituição permite igualmente criar cooperações reforçadas ou uma cooperação estruturada em matéria de defesa.
Um quadro institucional renovado
Relativamente às divergências entre os Estados-Membros, nomeadamente no que se refere à definição da maioria qualificada e à composição da Comissão, a Constituição clarifica o papel do PARLAMENTO EUROPEU, do CONSELHO e da COMISSÃO, nos seus múltiplos poderes legislativos, executivos e de representação externa.
As excepções são a Política Externa e de Segurança Comum.
Alarga de forma substancial o âmbito do procedimento de co-decisão - procedimento legislativo (95% das leis europeias serão adoptadas conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho).
A criação da função de MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DA UNIÃO - responsável pela representação da União a nível internacional, na qual se integram as actuais funções de Alto Representante da Política Externa e de Segurança Comum e de Comissário encarregado das Relações Externas.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros será simultaneamente mandatário do Conselho para a política externa e de segurança comum e membro de pleno direito da Comissão, no âmbito das relações externas da União.
A atribuição à União de uma personalidade jurídica única permitir-lhe-á, por outro lado, ter um papel mais visível na cena internacional.
O Conselho Europeu terá um presidente com poderes limitados, nomeado por um período de dois anos e meio.
Será mantido o sistema de rotação semestral entre os Estados-Membros para a presidência das diferentes formações do Conselho, no âmbito de uma equipa presidencial de três países. Este sistema de rotação paritária, poderá no futuro ser alterado pelo Conselho Europeu, para maioria qualificada.
O número máximo de deputados do Parlamento Europeu será de 750. Estes lugares serão atribuídos aos Estados-Membros de forma degressivamente proporcional, com um mínimo de seis e um máximo de noventa e seis lugares. O número exacto de lugares atribuídos a cada Estado-Membro será decidido antes das eleições europeias de 2009.
Até 2014, a composição da Comissão será de um comissário por cada Estado-Membro. A partir daí a Comissão será composta por um número de membros correspondente a dois terços do número de Estados-Membros. Os membros da Comissão serão escolhidos segundo o sistema de rotação paritária entre os Estados-Membros, já decidido no Tratado de Nice.
A definição da maioria qualificada para a adopção das decisões no Conselho determina que o Conselho deliberará com base numa dupla maioria: de Estados-Membros e de de população. No entanto, em lugar da maioria de Estados-Membros que representem 60% da população, a maioria qualificada será atingida quando reunir 55% dos Estados-Membros que representem 65% da população.
Para evitar que, num caso extremo, devido ao aumento do limiar da população, três (grandes) Estados-Membros possam por si só bloquear uma decisão do Conselho, uma eventual minoria de bloqueio terá de ser constituída, pelo menos, por quatro Estados-Membros.
Por outro lado, está previsto que um número de membros do Conselho que representem pelo menos ¾ de uma minoria de bloqueio, quer ao nível dos Estados-Membros quer da população, possam solicitar que não se proceda à votação, continuando em vez disso os debates durante um período de tempo razoável, para se poder chegar a uma base de acordo mais ampla no Conselho.
Progressos na realização do espaço de liberdade, de segurança e de justiça, bem como na política externa e de segurança comum
A maior parte das disposições que regulam as políticas permaneceram substancialmente idênticas, contrariamente ao que aconteceu, por exemplo, com o Acto Único ou o Tratado de Maastricht.
A Constituição introduz um conjunto significativo de disposições relativas à justiça e aos assuntos internos, que assim permitem definir melhor o espaço de liberdade, de segurança e de justiça.
Estes domínios passam a estar abrangidos pelo método comunitário e em grande parte pela maioria qualificada, ainda que tenham sido introduzidas ou mantidas algumas especificidades, nomeadamente nos domínios da cooperação judiciária em matéria penal e da cooperação policial.
As disposições relativas às relações externas, através da criação da função de Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, deverão contribuir para aumentar a confiança mútua entre os Estados-Membros, reforçar o papel da União na cena internacional.
Em matéria de defesa, através de uma cooperação estruturada, reforçar os instrumentos de cooperação entre os Estados-Membros que o desejem e que disponham das capacidades necessárias.
No domínio da governação económica, as alterações substanciais consistem numa posterior extensão da maioria qualificada e na quase generalização do procedimento de co-decisão.
Para além de algumas disposições específicas, foi mantida a unanimidade no domínio da fiscalidade e, parcialmente, nos domínios da política social e da política externa e de segurança comum.
Será preciso ter em conta, em relação ao desenvolvimento futuro da União, o facto de as leis que estabelecem os recursos próprios e as perspectivas financeiras serem adoptadas por unanimidade, tal como as próprias alterações da Constituição.
A democratização e transparência do sistema
A Constituição introduz, ou confirma ao nível do texto fundamental, um grande número de disposições que pretendem tornar as instituições da União mais democráticas, mais transparentes, mais controláveis e mais próximas dos cidadãos.
A Constituição introduz a possibilidade de os cidadãos, desde que reúnam um milhão de assinaturas num número significativo de Estados-Membros, convidarem a Comissão a apresentar uma proposta adequada ao legislador.
Os trabalhos do Conselho, quando age na qualidade de legislador, serão públicos. O papel do Parlamento Europeu ganha importância.
Os parlamentos nacionais serão informados de qualquer nova iniciativa da Comissão e se um terço desses parlamentos considerar que uma proposta viola O PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE, a Comissão será obrigada a reexaminá-la. Novas disposições sobre a democracia participativa e a boa governação adquiriram valor constitucional. A Carta garantirá uma maior protecção dos direitos fundamentais.
Dito de outra forma, qualquer tipo de Constituição é preferível ao vazio!
A União terá por base um fundamento único, a Constituição
A partir de agora, a UNIÃO EUROPEIA substituirá as actuais Comunidade Europeia e União Europeia; os três pilares serão reunidos, embora se mantenham os procedimentos específicos no domínio da política externa, da segurança e da defesa; os Tratados CE e UE, bem como todos os Tratados que os alteraram e completaram, serão substituídos pelo TRATADO QUE ESTABELECE UMA CONSTITUIÇÃO PARA A EUROPA.
A inclusão da CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO e a afirmação clara dos valores e dos objectivos da União, bem como dos princípios de base que regem as relações entre a União e os seus Estados-Membros, serão a nossa CONSTITUIÇÃO, que apresenta de forma clara a repartição das competências e procede a uma simplificação dos instrumentos e dos procedimentos.
Juridicamente, a Constituição é um Tratado. Só entrará em vigor depois da sua ratificação por todos os Estados-Membros, o queem alguns países implica uma consulta.
Qualquer alteração posterior da Constituição exigirá igualmente o acordo unânime e, regra geral, a ratificação por todos os Estados-Membros.
Para certas alterações, por exemplo para alargar o âmbito da votação por maioria qualificada, bastará um acordo por unanimidade no Conselho Europeu.
A Constituição permite igualmente criar cooperações reforçadas ou uma cooperação estruturada em matéria de defesa.
Um quadro institucional renovado
Relativamente às divergências entre os Estados-Membros, nomeadamente no que se refere à definição da maioria qualificada e à composição da Comissão, a Constituição clarifica o papel do PARLAMENTO EUROPEU, do CONSELHO e da COMISSÃO, nos seus múltiplos poderes legislativos, executivos e de representação externa.
As excepções são a Política Externa e de Segurança Comum.
Alarga de forma substancial o âmbito do procedimento de co-decisão - procedimento legislativo (95% das leis europeias serão adoptadas conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho).
A criação da função de MINISTRO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS DA UNIÃO - responsável pela representação da União a nível internacional, na qual se integram as actuais funções de Alto Representante da Política Externa e de Segurança Comum e de Comissário encarregado das Relações Externas.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros será simultaneamente mandatário do Conselho para a política externa e de segurança comum e membro de pleno direito da Comissão, no âmbito das relações externas da União.
A atribuição à União de uma personalidade jurídica única permitir-lhe-á, por outro lado, ter um papel mais visível na cena internacional.
O Conselho Europeu terá um presidente com poderes limitados, nomeado por um período de dois anos e meio.
Será mantido o sistema de rotação semestral entre os Estados-Membros para a presidência das diferentes formações do Conselho, no âmbito de uma equipa presidencial de três países. Este sistema de rotação paritária, poderá no futuro ser alterado pelo Conselho Europeu, para maioria qualificada.
O número máximo de deputados do Parlamento Europeu será de 750. Estes lugares serão atribuídos aos Estados-Membros de forma degressivamente proporcional, com um mínimo de seis e um máximo de noventa e seis lugares. O número exacto de lugares atribuídos a cada Estado-Membro será decidido antes das eleições europeias de 2009.
Até 2014, a composição da Comissão será de um comissário por cada Estado-Membro. A partir daí a Comissão será composta por um número de membros correspondente a dois terços do número de Estados-Membros. Os membros da Comissão serão escolhidos segundo o sistema de rotação paritária entre os Estados-Membros, já decidido no Tratado de Nice.
A definição da maioria qualificada para a adopção das decisões no Conselho determina que o Conselho deliberará com base numa dupla maioria: de Estados-Membros e de de população. No entanto, em lugar da maioria de Estados-Membros que representem 60% da população, a maioria qualificada será atingida quando reunir 55% dos Estados-Membros que representem 65% da população.
Para evitar que, num caso extremo, devido ao aumento do limiar da população, três (grandes) Estados-Membros possam por si só bloquear uma decisão do Conselho, uma eventual minoria de bloqueio terá de ser constituída, pelo menos, por quatro Estados-Membros.
Por outro lado, está previsto que um número de membros do Conselho que representem pelo menos ¾ de uma minoria de bloqueio, quer ao nível dos Estados-Membros quer da população, possam solicitar que não se proceda à votação, continuando em vez disso os debates durante um período de tempo razoável, para se poder chegar a uma base de acordo mais ampla no Conselho.
Progressos na realização do espaço de liberdade, de segurança e de justiça, bem como na política externa e de segurança comum
A maior parte das disposições que regulam as políticas permaneceram substancialmente idênticas, contrariamente ao que aconteceu, por exemplo, com o Acto Único ou o Tratado de Maastricht.
A Constituição introduz um conjunto significativo de disposições relativas à justiça e aos assuntos internos, que assim permitem definir melhor o espaço de liberdade, de segurança e de justiça.
Estes domínios passam a estar abrangidos pelo método comunitário e em grande parte pela maioria qualificada, ainda que tenham sido introduzidas ou mantidas algumas especificidades, nomeadamente nos domínios da cooperação judiciária em matéria penal e da cooperação policial.
As disposições relativas às relações externas, através da criação da função de Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, deverão contribuir para aumentar a confiança mútua entre os Estados-Membros, reforçar o papel da União na cena internacional.
Em matéria de defesa, através de uma cooperação estruturada, reforçar os instrumentos de cooperação entre os Estados-Membros que o desejem e que disponham das capacidades necessárias.
No domínio da governação económica, as alterações substanciais consistem numa posterior extensão da maioria qualificada e na quase generalização do procedimento de co-decisão.
Para além de algumas disposições específicas, foi mantida a unanimidade no domínio da fiscalidade e, parcialmente, nos domínios da política social e da política externa e de segurança comum.
Será preciso ter em conta, em relação ao desenvolvimento futuro da União, o facto de as leis que estabelecem os recursos próprios e as perspectivas financeiras serem adoptadas por unanimidade, tal como as próprias alterações da Constituição.
A democratização e transparência do sistema
A Constituição introduz, ou confirma ao nível do texto fundamental, um grande número de disposições que pretendem tornar as instituições da União mais democráticas, mais transparentes, mais controláveis e mais próximas dos cidadãos.
A Constituição introduz a possibilidade de os cidadãos, desde que reúnam um milhão de assinaturas num número significativo de Estados-Membros, convidarem a Comissão a apresentar uma proposta adequada ao legislador.
Os trabalhos do Conselho, quando age na qualidade de legislador, serão públicos. O papel do Parlamento Europeu ganha importância.
Os parlamentos nacionais serão informados de qualquer nova iniciativa da Comissão e se um terço desses parlamentos considerar que uma proposta viola O PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE, a Comissão será obrigada a reexaminá-la. Novas disposições sobre a democracia participativa e a boa governação adquiriram valor constitucional. A Carta garantirá uma maior protecção dos direitos fundamentais.
Maio 27, 2005
Overdose de protões, ou não há coincidências?!
No dia em que George (Deus me ajude) Bush tomou posse, a 20 de Janeiro, o deus Sol enviou-nos um sinal da sua fúria, através da maior libertação de energia nos últimos cinquenta anos!
Decorreram apenas quinze minutos, desde o momento da fulguração, até que a sua intensidade energética atingisse a Terra!
Trois couleurs
Eugène Delacroix - A Liberdade Guiando o Povo, 1830
A violação da Constituição pelo rei Carlos X, defensor da Monarquia Absolutista, levou à insurreição de 1830, que daria origem a uma Monarquia Parlamentar.
Neste episódio dramático, os combatentes avançam, raivosa e impetuosamente, sobre os corpos dos que tombaram.
São conduzidos pela figura alegórica da Liberdade, semi-deusa da Antiguidade, qual vendedeira do mercado de Paris - de barrete jacobino na cabeça, segurando firmemente a bandeira e a arma.
A excitação sobrepõe-se ao medo da morte - o preço a pagar pela vitória.
As nuvens de pólvora sugerem combates ferozes em fundo, apesar do reduzido número de figurantes.
A luz e as sombras são secundarizadas pelas cores intensas da bandeira, motivo central da obra.
Maio 26, 2005
Confesso..
Gosto do vermelho!
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Não aprecio particularmente o vermelho estilo Kumba Ialá, mas gosto de lingerie vermelha..
Também não gosto do vermelho lampião, mas gosto de lingerie vermelha..
Mais do que um efeito físico, possui uma influência psíquica, subjectiva.
Por exemplo, ao afastar-me de um objecto luminoso, a sua côr tende para o vermelho..
Deve resultar daqui a atracção pelo vermelho Ferrari.. porém, continuo a preferir a lingerie vermelha..
Relativamente ao vermelho sobre a pele de uma mulher, já não estou tão certo desta teoria..
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Não aprecio particularmente o vermelho estilo Kumba Ialá, mas gosto de lingerie vermelha..
Também não gosto do vermelho lampião, mas gosto de lingerie vermelha..
Mais do que um efeito físico, possui uma influência psíquica, subjectiva.
Por exemplo, ao afastar-me de um objecto luminoso, a sua côr tende para o vermelho..
Deve resultar daqui a atracção pelo vermelho Ferrari.. porém, continuo a preferir a lingerie vermelha..
Relativamente ao vermelho sobre a pele de uma mulher, já não estou tão certo desta teoria..
Maio 24, 2005
Cumplicidade* entre terra e mar
Estive ontem no empreendimento Mar da Califórnia, em Sesimbra.
Arrebatadora, a vista que se tem a partir dos apartamentos.. este mar é simplesmente do outro mundo!
Ninguém pode deixar de se impressionar, face à imponência do projecto, com cerca de duzentos metros de frente e onze andares!
Do ponto de vista do usufruto - ninguém tenha dúvidas, é um privilégio abrir a janela, sentar-mo-nos no terraço e deixar correr o tempo.. respirar calmamente a leve brisa deste mar.. como poucas conheço no nosso país.
Tivesse isto sido construído noutro local..
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É chocante, a forma como uma Câmara se permite dar o pior exemplo de interpretação do PDM, ao alegar que se encontra no perímetro urbano da vila!
Que despudor!
Esta coisa está a ser edificada em cima da arriba, três metros acima do nível do mar!
Ao nível do pior Algarve..(!)
Durante quanto tempo continuará a ser este o critério de alguns autarcas do nosso país?!
Para terminar, de referir que, em jeito de contrapartida(?!) - com total desprezo pela inteligência e sensibilidade dos sesimbrenses, tenha sido acenada a cenoura da Nova Marginal, oferecida pela empresa proprietária do empreendimento.
Construída com materiais nobres - como o tijolo que sustenta o Passeio Marítimo, de um gosto mais do que duvidoso, ao melhor estilo pato-bravo ( espero enganar-me, mas aquilo não tem estrutura para suportar muitos invernos seguidos!)
Que saudades da velha Marginal, quando nos podíamos sentar na esplanada do Tony para comer uns bichos, mesmo suportando de vez em quando alguns escapes de automóveis!
*Cumplicidade: tornar cúmplice; participação na execução ou na tentativa de um crime.
Arrebatadora, a vista que se tem a partir dos apartamentos.. este mar é simplesmente do outro mundo!
Ninguém pode deixar de se impressionar, face à imponência do projecto, com cerca de duzentos metros de frente e onze andares!
Do ponto de vista do usufruto - ninguém tenha dúvidas, é um privilégio abrir a janela, sentar-mo-nos no terraço e deixar correr o tempo.. respirar calmamente a leve brisa deste mar.. como poucas conheço no nosso país.
Tivesse isto sido construído noutro local..
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É chocante, a forma como uma Câmara se permite dar o pior exemplo de interpretação do PDM, ao alegar que se encontra no perímetro urbano da vila!
Que despudor!
Esta coisa está a ser edificada em cima da arriba, três metros acima do nível do mar!
Ao nível do pior Algarve..(!)
Durante quanto tempo continuará a ser este o critério de alguns autarcas do nosso país?!
Para terminar, de referir que, em jeito de contrapartida(?!) - com total desprezo pela inteligência e sensibilidade dos sesimbrenses, tenha sido acenada a cenoura da Nova Marginal, oferecida pela empresa proprietária do empreendimento.
Construída com materiais nobres - como o tijolo que sustenta o Passeio Marítimo, de um gosto mais do que duvidoso, ao melhor estilo pato-bravo ( espero enganar-me, mas aquilo não tem estrutura para suportar muitos invernos seguidos!)
Que saudades da velha Marginal, quando nos podíamos sentar na esplanada do Tony para comer uns bichos, mesmo suportando de vez em quando alguns escapes de automóveis!
*Cumplicidade: tornar cúmplice; participação na execução ou na tentativa de um crime.
Maio 23, 2005
Lisboa antes do Terramoto..
.. de 1755!
Duzentos e cinquenta anos mais tarde..
Novo Terramoto, com epicentro no Porto!
Desta vez, porém, os danos mais significativos registaram-se na zona alta da cidade, com um abalo de 4.2 na escala.. sei lá de quê!
A esta hora, continuam a sentir-se réplicas.. um pouco por toda a cidade!
Apesar de endereçar sinceros parabéns aos meus amigos (do mal o menos!), sempre digo que, apesar de esta segunda-feira ser feriado nacional, eu vou trabalhar!
Duzentos e cinquenta anos mais tarde..
Novo Terramoto, com epicentro no Porto!
Desta vez, porém, os danos mais significativos registaram-se na zona alta da cidade, com um abalo de 4.2 na escala.. sei lá de quê!
A esta hora, continuam a sentir-se réplicas.. um pouco por toda a cidade!
Apesar de endereçar sinceros parabéns aos meus amigos (do mal o menos!), sempre digo que, apesar de esta segunda-feira ser feriado nacional, eu vou trabalhar!
Maio 22, 2005
Anniversario
Em flagrante delitro
No tempo em que festejavam o dia dos meus annos,
Eu era feliz e ninguem estava morto.
Na casa antiga, até eu fazer annos era uma tradição de ha séculos,
E a alegria de todos, e a minha, estava certa como uma religião qualquer.
No tempo em que festejavam o dia dos meus annos,
Eu tinha a grande saúde de não perceber coisa nenhuma,
De ser inteligente para entre a familia,
E de não ter as esperanças que os outros tinham por mim.
Quando vim a ter esperanças, já não sabia ter esperanças.
Quando vim a olhar para a vida, perdera o sentido da vida.
Sim, o que fui de supposto a mim-mesmo,
O que fui de coração e parentesco,
O que fui de serões de meia-provincia,
O que fui de amarem-me e eu ser menino,
O que fui – ai meu Deus!, o que só hoje sei que fui...
A que distancia!...
(Nem o acho...)
O tempo em que festejavam o dia dos meus annos!
O que eu sou hoje é como a humidade no corredor do fim da casa,
Pondo grelado nas paredes...
O que eu sou hoje (e a casa dos que me amaram treme atravez das minhas
lágrimas),
O que eu sou hoje é terem vendido a casa,
É terem morrido todos,
É estar eu sobrevivente a mim-mesmo como um phosphoro frio...
No tempo em que festejavam o dia dos meus annos...
Que meu amor, como uma pessoa, esse tempo!
Desejo physico da alma de se encontrar alli outra vez,
Por uma viagem metaphysica e carnal,
Com uma dualidade de eu para mim...
Comer o passado como pão de fome, sem tempo de manteiga nos dentes!
Vejo tudo outra vez com uma nitidez que me cega para o que ha aqui...
A mesa posta com mais logares, com melhores desenhos na louça, com
mais copos,
O aparador com muitas coisas – doces, fructas, o resto na sombra
debaixo do alçado –,
As tias velhas, os primos differentes, e tudo era por minha causa,
No tempo em que festejavam o dia dos meus annos...
Pára, meu coração!
Não penses! Deixa o pensar na cabeça!
Ó meu Deus, meu Deus, meu Deus!
Hoje já não faço annos.
Duro.
Somam-se-me dias.
Serei velho quando o fôr.
Mais nada.
Raiva de não ter trazido o passado roubado na algibeira!...
O tempo em que festejavam o dia dos meus annos!...
Álvaro de Campos
02:30, planet earth - lisbon
Maio 21, 2005
Stars from a galaxy far, far away.. to a theatre near, near me..
NGC6946 Gemini
Recomendável acesso por banda larga para ver a Galáxia Espiral NGC-6946 - Imagem em Full Resolution (31.5 MB)
Tonight, The Force Is With Me!
Sexo "Bruto" - Epílogo
Maio 18, 2005
Porque sou do Sporting
O Verde e Branco
São As Cores Do Meu Encanto
De Verde e Branco Venho à Bola Para Te Ver
Cantar Por Ti Vamos Vencer
Oh! Grande Sporting
A Teu Lado Até Morrer
Trago-te Sempre No Coração
Só Eu Entendo Esta Paixão
Esforço Dedicação Devoção E Glória
Eis O Sporting A Lutar Pela Vitória
São As Cores Do Meu Encanto
De Verde e Branco Venho à Bola Para Te Ver
Cantar Por Ti Vamos Vencer
Oh! Grande Sporting
A Teu Lado Até Morrer
Trago-te Sempre No Coração
Só Eu Entendo Esta Paixão
Esforço Dedicação Devoção E Glória
Eis O Sporting A Lutar Pela Vitória
Maio 17, 2005
Não há milagres?!
(A partir de um artigo publicado no Suplemento de Economia do Público)
No final da primeira década de adesão à União Europeia, a Áustria tornou-se num modelo económico de sucesso:
RIQUEZA
- Crescimento económico dinâmico
- Uma das mais baixas taxas de desemprego da UE (4,6%)
- Uma invejável qualidade de vida
- Desde que aderiu à UE, o PIB per capita aumentou 50%
- Os austríacos são o quinto país mais rico dos 25
CHAVES DO SUCESSO
- O modelo económico austríaco é o de uma economia social-liberal de mercado, conjugando liberalismo, solidariedade e equilíbrio social
- Sólidas parcerias sociais e políticas fortes favorecem a negociação com os aliados e as privatizações
(Um mau exemplo de quando as coisas não funcionam assim: na República Checa, o desentendimento entre os partidos com maior representatividade é tal, que nos últimos dez anos construiram 16 km de auto-estradas!)
REFORMAS
- Sector terciário é muito forte, com um peso de 65% no PIB
- As principais fontes de receitas e criadoras de emprego são o turismo
- 18 milhões de visitantes/ano fazem da Áustria um dos destinos turísticos mais apetecidos em todo o mundo
- Resistindo à pressão do turismo em massa, tem sabido encontrar o equilíbrio entre oferta de qualidade e preservação do património cultural e natural
(certamente que copiaram o nosso modelo de desenvolvimento integrado da Região do Algarve!)
INVESTIGAÇÃO/LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
- O investimento das PME nas suas próprias actividades de investigação representa 59% , acima da média da UE, que se situa nos 44%
- Desde a desintegração do Bloco de Leste, tem beneficiado da localização geográfica e com isso triplicou o volume de exportações para esses países
(Espanha! Espanha! Espanha! É já a seguir!)
REFORMAS/CONSOLIDAÇÃO ECONÓMICA
- Consolidação de um Sistema Fiscal simplificado: Redução do IRS para 25%, como grande medida atractiva para o investimento estrangeiro
- Reforma do Sistema de Saúde
- Consolidação Orçamental
- Ajustamento do Sistema de Pensões
- Previsão de um crescimento económico à volta dos 2,3%, no período 2005-2008
- Redução da dívida para menos de 60% do PIB
LIBERALIZAÇÃO
- Sectores das Telecomunicações e Energia
PRIVATIZAÇÕES
- Banca e Indústria: Fusões com empresas internacionais nestes sectores estratégicos, como pólo de mudança na estrutura tradicional da economia
Apontamento para reflexão:
Salvaguardadas as distâncias geo-políticas.. teremos condições para importar o modelo?
Afinal, importamos tanta coisa inútil..
No final da primeira década de adesão à União Europeia, a Áustria tornou-se num modelo económico de sucesso:
RIQUEZA
- Crescimento económico dinâmico
- Uma das mais baixas taxas de desemprego da UE (4,6%)
- Uma invejável qualidade de vida
- Desde que aderiu à UE, o PIB per capita aumentou 50%
- Os austríacos são o quinto país mais rico dos 25
CHAVES DO SUCESSO
- O modelo económico austríaco é o de uma economia social-liberal de mercado, conjugando liberalismo, solidariedade e equilíbrio social
- Sólidas parcerias sociais e políticas fortes favorecem a negociação com os aliados e as privatizações
(Um mau exemplo de quando as coisas não funcionam assim: na República Checa, o desentendimento entre os partidos com maior representatividade é tal, que nos últimos dez anos construiram 16 km de auto-estradas!)
REFORMAS
- Sector terciário é muito forte, com um peso de 65% no PIB
- As principais fontes de receitas e criadoras de emprego são o turismo
- 18 milhões de visitantes/ano fazem da Áustria um dos destinos turísticos mais apetecidos em todo o mundo
- Resistindo à pressão do turismo em massa, tem sabido encontrar o equilíbrio entre oferta de qualidade e preservação do património cultural e natural
(certamente que copiaram o nosso modelo de desenvolvimento integrado da Região do Algarve!)
INVESTIGAÇÃO/LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA
- O investimento das PME nas suas próprias actividades de investigação representa 59% , acima da média da UE, que se situa nos 44%
- Desde a desintegração do Bloco de Leste, tem beneficiado da localização geográfica e com isso triplicou o volume de exportações para esses países
(Espanha! Espanha! Espanha! É já a seguir!)
REFORMAS/CONSOLIDAÇÃO ECONÓMICA
- Consolidação de um Sistema Fiscal simplificado: Redução do IRS para 25%, como grande medida atractiva para o investimento estrangeiro
- Reforma do Sistema de Saúde
- Consolidação Orçamental
- Ajustamento do Sistema de Pensões
- Previsão de um crescimento económico à volta dos 2,3%, no período 2005-2008
- Redução da dívida para menos de 60% do PIB
LIBERALIZAÇÃO
- Sectores das Telecomunicações e Energia
PRIVATIZAÇÕES
- Banca e Indústria: Fusões com empresas internacionais nestes sectores estratégicos, como pólo de mudança na estrutura tradicional da economia
Apontamento para reflexão:
Salvaguardadas as distâncias geo-políticas.. teremos condições para importar o modelo?
Afinal, importamos tanta coisa inútil..
Maio 16, 2005
Gosto muito deste conjunto
As mãos
Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sequer são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.
Eugénio de Andrade
Que tristeza tão inútil essas mãos
que nem sequer são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.
Eugénio de Andrade
Maio 15, 2005
Dialética de um assexuado
Miguel Sousa Tavares manifestou indignação pelo facto de o Tribunal de Ponta Delgada que julgou o caso de pedofilia discriminar o acto sexual praticado com adolescente, consoante o abusador seja homem ou mulher, ou seja, dependendo de se tratar de um acto homossexual ou heterossexual.
Argumenta com o erro de a orientação sexual do abusador prevalecer sobre a da vítima, e eu obviamente concordo com ele.
Aquilo que realmente importa é olhar/julgar pelo ponto de vista da vítima - não no plano dos danos morais (deriva daqui a instabilidade emocional de Daniel Chaparro Oliveira?!), mas simplesmente pelos danos corporais sofridos, que qualquer pessoa emocionalmente estável ( para não utilizar a expressão de MST, intelectualmente honesta ) entende serem diferentes, consoante o abusador seja homem ou mulher, quer o abusador seja homossexual, quer seja heterossexual!
Daniel Chaparro Oliveira diz que MST faz confusão entre crianças e adolescentes(!)..
Pergunto-lhe então se entre os 14 e 16 anos lhe parece bem, ou.. será aceitável descermos mais um bocadinho?!
A prática sexual, seja com crianças ou adolescentes constitui crime de abuso sexual, sim senhor!
Isto não é preconceito!
Se é necessário explicar a alguém como Daniel Oliveira o significado de senso comum nesta matéria, então estamos - de facto, perante uma crise de valores!
A inteligência não é imune ao erro. É natural e humano que assim seja. As leis do homens estão, em primeira instância, submetidas às leis da natureza.
Por isso me incomoda a ligeireza com que estes modernos fazem graçola sobre questões que colocam em causa valores civilizacionais de que não somos herdeiros, mas simplesmente seus depositários. Valores que devemos transmitir às gerações futuras!
Não coloco link para o blog, pela simples razão de não me parecer correcto colar todas as pessoas que lá escrevem, àquilo que DO defende nesta matéria.
Argumenta com o erro de a orientação sexual do abusador prevalecer sobre a da vítima, e eu obviamente concordo com ele.
Aquilo que realmente importa é olhar/julgar pelo ponto de vista da vítima - não no plano dos danos morais (deriva daqui a instabilidade emocional de Daniel Chaparro Oliveira?!), mas simplesmente pelos danos corporais sofridos, que qualquer pessoa emocionalmente estável ( para não utilizar a expressão de MST, intelectualmente honesta ) entende serem diferentes, consoante o abusador seja homem ou mulher, quer o abusador seja homossexual, quer seja heterossexual!
Daniel Chaparro Oliveira diz que MST faz confusão entre crianças e adolescentes(!)..
Pergunto-lhe então se entre os 14 e 16 anos lhe parece bem, ou.. será aceitável descermos mais um bocadinho?!
A prática sexual, seja com crianças ou adolescentes constitui crime de abuso sexual, sim senhor!
Isto não é preconceito!
Se é necessário explicar a alguém como Daniel Oliveira o significado de senso comum nesta matéria, então estamos - de facto, perante uma crise de valores!
A inteligência não é imune ao erro. É natural e humano que assim seja. As leis do homens estão, em primeira instância, submetidas às leis da natureza.
Por isso me incomoda a ligeireza com que estes modernos fazem graçola sobre questões que colocam em causa valores civilizacionais de que não somos herdeiros, mas simplesmente seus depositários. Valores que devemos transmitir às gerações futuras!
Não coloco link para o blog, pela simples razão de não me parecer correcto colar todas as pessoas que lá escrevem, àquilo que DO defende nesta matéria.
Glória aos Vencidos, ou Da Natureza das Coisas..
Gloria Victis, de Marius-Jean-Antonin Mercié
Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.
Fernando Pessoa
Maio 14, 2005
Glória ao vencedor...
A 14 de Maio de 1994, apanhei uma das grandes molhas da vida para assistir à derrota do Sporting em Alvalade com o Benfica, no célebre 3-6 em que o João Pinto fez talvez o jogo da vida dele..
No ano seguinte, o Sporting venceu na Luz por 2-1, com dois golos memoráveis: o primeiro, aquele fantástico chapéu do Balakov ao Michel Preudhomme - na altura um dos melhores guarda-redes do mundo, e o segundo aquele tiraço do Iordanov de fora da área.. indefensável!
Foi um momento de prazer rever hoje o jogo no Canal Memória! O Sporting tinha na altura talvez a melhor equipa das últimas duas décadas: centrais do quilate de Vujacic, Marco Aurélio e Naybet; Luis Figo, Carlos Xavier, Iordanov e Balakov.. comandados por Carlos Queiróz - O Mentor do actual treinador, José Peseiro!
A 14 de Maio de 2000, a Inês saboreou pela primeira vez na sua curta existência o gosto de ser Campeã Nacional!
Vimos o jogo da glória num écran gigante instalado no então campo de treinos, local onde se situa neste momento o estádio que, espero, permita ao Sporting conquistar a sua primeira Taça Uefa, já na próxima quarta-feira.. e eu vou lá com a esperança de festejar!
A mesma esperança que legitimamente alimento para o jogo de hoje, pois o Sporting é a equipa que actualmente melhor joga futebol em Portugal!
Maio 13, 2005
Prece
A Cruz, de Graça Morais
Senhora do Pranto Vão,
Meu pranto é teu santuário.
De anos fartos já cansei,
De acre vinho embriagado,
De ter só penas e medos
E ansiar, que mais não sei.
Rezar-te de nada vale,
Cheio de dor o coração.
Teu olhar seria espr'ança,
Mesmo um olhar de desdém.
Concede que eu volte a ser,
como teu filho, criança.
O meu sentir-me é só choro.
De meu peito tenho pena.
Teu manto pr'a me agarrar!
Um berço para meus medos!
Que vivas perto de nós,
Tua mão p'ra nos tocar!
Eu não sei como rezar.
Meu peito é pano rasgado.
Cinza ficou meu cabelo.
Ensina-me a te chamar
P'lo teu nome, noite e dia,
Como se tudo, o dizê-lo.
A fé de meus pais se ergue
Em minha voz, triste a hora.
Te rezo rosários de dor
Com meus olhos. Oh, minh'alma
Dota de doces mentiras,
Por teu filho sofredor!
Esqueci o sabor da fé
E procuro a oração.
Meu coração é jardim
Devastado. Oh, como mãe
Pousa a mão em minha fronte.
Que eu morra com ela em mim!
Fernando Pessoa
Maio 12, 2005
Central Lisbon after the earthquake
Quadro a óleo, 1760
Largo de Santa Catarina, perto do bairro Alto, uma das sete colinas de Lisboa.
Os feridos aglomeram-se junto à igreja, severamente destruída.
Maio 10, 2005
A Sociedade em Rede em Portugal
O CIES - Centro de Investigação e Estudos de Sociologia, do ISCTE, realizou um estudo sobre Sociedade em Rede em Portugal, publicado agora em livro pela Campo das Letras.
Ainda não o li, mas as conclusões dos investigadores parecem animadoras.
Estamos a caminho da modernidade, com cerca de 30% de internautas.
Este universo é maioritariamente constituido pelos jovens e pelos adultos com qualificação média e superior.
geração dos quarentas ( a minha) parece possuir uma maior apetência, bem como capacidades mais desenvolvidas neste domínio, acrescidas pela utilização profissional da internet. Daí os períodos de acesso ocorrerem com maior incidência no ambiente laboral.
Deste Estudo ressalta - contra alguns indicadores que apontam como deslocadas as pessoas que navegam muitas horas por dia, a maior sociabilidade dos internautas.
Representa assim uma nova e adicional forma de comunicação e, obviamente, de aquisição e partilha do conhecimento.
lgo que há largos anos venho defendendo, como o fim do mito das desigualdades sociais decorrentes do nível de riqueza das famílias, é aqui claramente demonstrado, ou seja, a educação e a cultura estão à distância de um teclado e um rato.
O filho do electricista tem as mesmas ferramentas que o filho do médico, no que ao acesso ao conhecimento diz respeito.
Significativo é também o aspecto de Sociedade em Rede ser constituída - de certa forma, por pessoas com uma cada vez maior vontade de intervenção nos vários domínios da sociedade - política, cultural e social ( os sociólogos devem delirar com isto!).
Seguem-se alguns textos constantes do Relatório Preliminar que deu origem a este interessante estudo, para uma melhor compreensão da importância da internet na nossa sociedade.
Be my guest...
Perfil social dos cibernautas portugueses
Práticas e motivações de uso da internet
Actividades quotidianas e usos do tempo dos utilizadores da internet
Equipamentos tecnológicos disponíveis entre os utilizadores da internet
Relações sociais e sociabilidades
Participação associativa e intervenção cívica
Construção da identidade e desenvolvimento pessoal
Projecto de autonomia
Práticas comunicativas e media
Adenda: penso que os problemas técnicos com o acesso aos pdfs estão resolvidos.
Ainda não o li, mas as conclusões dos investigadores parecem animadoras.
Estamos a caminho da modernidade, com cerca de 30% de internautas.
Este universo é maioritariamente constituido pelos jovens e pelos adultos com qualificação média e superior.
geração dos quarentas ( a minha) parece possuir uma maior apetência, bem como capacidades mais desenvolvidas neste domínio, acrescidas pela utilização profissional da internet. Daí os períodos de acesso ocorrerem com maior incidência no ambiente laboral.
Deste Estudo ressalta - contra alguns indicadores que apontam como deslocadas as pessoas que navegam muitas horas por dia, a maior sociabilidade dos internautas.
Representa assim uma nova e adicional forma de comunicação e, obviamente, de aquisição e partilha do conhecimento.
lgo que há largos anos venho defendendo, como o fim do mito das desigualdades sociais decorrentes do nível de riqueza das famílias, é aqui claramente demonstrado, ou seja, a educação e a cultura estão à distância de um teclado e um rato.
O filho do electricista tem as mesmas ferramentas que o filho do médico, no que ao acesso ao conhecimento diz respeito.
Significativo é também o aspecto de Sociedade em Rede ser constituída - de certa forma, por pessoas com uma cada vez maior vontade de intervenção nos vários domínios da sociedade - política, cultural e social ( os sociólogos devem delirar com isto!).
Seguem-se alguns textos constantes do Relatório Preliminar que deu origem a este interessante estudo, para uma melhor compreensão da importância da internet na nossa sociedade.
Be my guest...
Perfil social dos cibernautas portugueses
Práticas e motivações de uso da internet
Actividades quotidianas e usos do tempo dos utilizadores da internet
Equipamentos tecnológicos disponíveis entre os utilizadores da internet
Relações sociais e sociabilidades
Participação associativa e intervenção cívica
Construção da identidade e desenvolvimento pessoal
Projecto de autonomia
Práticas comunicativas e media
Adenda: penso que os problemas técnicos com o acesso aos pdfs estão resolvidos.
Maio 8, 2005
Ar de Rock e o Direito à Diferença
Entre 79 e 82, as noites de sexta-feira eram passadas no Souk, no Bairro Alto.
O disc-jockey era o Vitor, irmão mais velho do Agostinho - O Bocas, que era da minha idade.
Mais tarde, o Vitor mudou-se para o Jamaica no Cais-do-Sodré e o Agostinho ficou com a enorme responsabilidade de substituir o irmão. Foi um desastre.
Mas o que verdadeiramente interessava era a música.
Ouvia-se então Pop/Rock e Punk ( Disco-Sound sucks!):
Nina Hagen (ganda maluca) - African Reggae, Cheap Trick - I want you to want me, Fischer Z - So long, Madness - (Hey You) One Step Beyond, Ramones - Rockaway Beach, Kraftwerk - The Model, Altered Images - I Could Be Happy, Duran Duran(!) - Planeth Earth, Motors - Forget About You, Ultravox - Vienna, Generation X - Dancing With Myself ( grande malha!), Martha & The Muffins - Echo Beach, New Music - This World of Water.
Esta lista faz parte da antologia em duplo cd com que o Luis Filipe Berros fez o favor de imortalizar o Rock em Stock, programa radiofónico da Rádio Comercial.
Lembram-se do genérico inicial dos Stix - I`m Ok?!
O intemporal Som da Frente do António Sérgio é uma história diferente.
Dedicado à música alternativa, tem sido ao longo das últimas duas décadas o palco vanguardista de sub-culturas musicais, um laboratório de sons!
Da compilação referente ao período 82-86, destaco:
No disco 1, o grande, enorme Som da Frente dos XUTOS, Atmosphere dos Joy Division, Israel dos Siouxsie And The Banshees, December dos Waterboys, I Will Be a Good Boy dos Gang Of Four, Head Hang Low de Julian Cope, Tiny Children dos Teardrop Explodes.
No disco 2, Wild Wild Life dos Talking Heads, Damaged Goods dos Gang Of Four, o maravilhoso Sketch For Dawn 1 dos Durutti Column, Miss The Girl dos The Creatures e Body And Soul dos The Sisters Of Mercy.
O disc-jockey era o Vitor, irmão mais velho do Agostinho - O Bocas, que era da minha idade.
Mais tarde, o Vitor mudou-se para o Jamaica no Cais-do-Sodré e o Agostinho ficou com a enorme responsabilidade de substituir o irmão. Foi um desastre.
Mas o que verdadeiramente interessava era a música.
Ouvia-se então Pop/Rock e Punk ( Disco-Sound sucks!):
Nina Hagen (ganda maluca) - African Reggae, Cheap Trick - I want you to want me, Fischer Z - So long, Madness - (Hey You) One Step Beyond, Ramones - Rockaway Beach, Kraftwerk - The Model, Altered Images - I Could Be Happy, Duran Duran(!) - Planeth Earth, Motors - Forget About You, Ultravox - Vienna, Generation X - Dancing With Myself ( grande malha!), Martha & The Muffins - Echo Beach, New Music - This World of Water.
Esta lista faz parte da antologia em duplo cd com que o Luis Filipe Berros fez o favor de imortalizar o Rock em Stock, programa radiofónico da Rádio Comercial.
Lembram-se do genérico inicial dos Stix - I`m Ok?!
O intemporal Som da Frente do António Sérgio é uma história diferente.
Dedicado à música alternativa, tem sido ao longo das últimas duas décadas o palco vanguardista de sub-culturas musicais, um laboratório de sons!
Da compilação referente ao período 82-86, destaco:
No disco 1, o grande, enorme Som da Frente dos XUTOS, Atmosphere dos Joy Division, Israel dos Siouxsie And The Banshees, December dos Waterboys, I Will Be a Good Boy dos Gang Of Four, Head Hang Low de Julian Cope, Tiny Children dos Teardrop Explodes.
No disco 2, Wild Wild Life dos Talking Heads, Damaged Goods dos Gang Of Four, o maravilhoso Sketch For Dawn 1 dos Durutti Column, Miss The Girl dos The Creatures e Body And Soul dos The Sisters Of Mercy.
Maio 7, 2005
"Deus escreve direito"
para ti.. filhinha!
Deus escreve direito por linhas tortas
E a vida não vive em linha recta
Em cada célula do homem estão inscritas
A cor dos olhos e a argúcia do olhar
O desenho dos ossos e o contorno da boca
Por isso te olhas ao espelho:
E no espelho te buscas para te reconhecer
Porém em cada célula desde o inicio
Foi inscrito signo veemente da tua liberdade
Pois foste criado e tens de ser real
Por isso não percas nunca o teu fervor mais austero
Tua exigência de ti e por entre
Espelhos deformantes e desastres e desvios
Nem um momento só podes perder
A linha musical do encantamento
Que é o teu sol tua luz teu alimento
Sophia de Mello Breyner
Deus escreve direito por linhas tortas
E a vida não vive em linha recta
Em cada célula do homem estão inscritas
A cor dos olhos e a argúcia do olhar
O desenho dos ossos e o contorno da boca
Por isso te olhas ao espelho:
E no espelho te buscas para te reconhecer
Porém em cada célula desde o inicio
Foi inscrito signo veemente da tua liberdade
Pois foste criado e tens de ser real
Por isso não percas nunca o teu fervor mais austero
Tua exigência de ti e por entre
Espelhos deformantes e desastres e desvios
Nem um momento só podes perder
A linha musical do encantamento
Que é o teu sol tua luz teu alimento
Sophia de Mello Breyner
Maio 6, 2005
Galeria S3G
Maio 5, 2005
Hoje vamos celebrar!
aqui - como convém aos mortais -
tudo é divino
e a pintura embriaga mais
que o próprio vinho
Sophia de Mello Breyner
Um grande vinho..
..Para um Grande Final!
Maio 3, 2005
Madrid - As execuções de 3 de Maio de 1808
Francisco Goya, 1814
Museu do Prado
No início do século XIX, a expulsão dos invasores franceses inspirou Goya para executar esta obra.
Então perseguido por suspeição de simpatia para com o invasor, pretendeu assim afirmar a sua adesão ao povo espanhol.
O protagonista é o povo anónimo, herói colectivo, numa demonstração romântica de ver a guerra.
A resistência dos madrilenos e suas consequências - os fuzilamentos pelos ferozes guardas egípcios que integravam o exército francês, é expressa pela forma como os que vão ser executados olham de frente a morte, uns aterrorizados e abrindo o peito às balas, outros ocultando o rosto, compondo uma galeria de horror.
Aos seus pés jazem corpos; Ao lado, outros esperam pela sua hora.
Os soldados perfilados - personagens secundarizadas pelo patriotismo, estão de costas, pois são meros executantes de ordens superiores.
A atmosfera tétrica é acentuada pela luz que invade o peito dos que vão morrer..
Maio 2, 2005
Pole Position.. NOW!
Clique na imagem para ampliar
Esqueçam o Tiago Monteiro!
Jovem e promissor piloto procura Patrocinador para o SnowmobileWorld Annual Ride em Ontario, Canadá.
Informações para o endereço electrónico do Luminescências.
Promising portuguese rider looking forward Sponsor for SnowmobileWorld Annual Ride in Ontario, Canada.
Reply for Luminescência`s e-mail, thanks.
Maio 1, 2005
O Futuro não tem Império
Como encontrámos no mar
uma embarcação pequena
de pescadores, em que iam oito
portugueses(...)
e do mais que António de Faria
fez depois que houve esta vitória
e da liberalidade que aqui usou
com os portugueses de liampó
in Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto
Após as últimas eleições, este executivo tem condições únicas de governabilidade.
Porém, só o conseguirá de uma forma: se for competente.
É tremenda a expectativa de saber haverá capacidade de mobilizar os agentes económicos e a sociedade em geral, para enfrentar os desafios que se nos colocam.
Temos as mesmas condições dos nossos vizinhos espanhóis, ou mesmo dos irlandeses, não haja equívocos nessa matéria.
Temos vantagens competitivas, somos tão competentes como os nossos parceiros europeus, temos empresários com capacidade de investimento e ambição para o fazer.
Receio porém que o nosso governo não esteja à altura deste empreendimento.
Os nosso políticos são estruturalmente mauzinhos.
Temos sido (mal) governados por gente incapaz, que navega à vista. Precisamos de timoneiros que não se preocupem excessivamente em apetrechar a nau com lugares-tenente que mais não fazem do que estudar os mapas, sem saber qual o rumo a seguir.
E que não encham o porão com mantimentos para a engorda da tripulação, perdendo a noção básica e racional que é também a de levar espécies para as indispensáveis trocas comerciais.
Levar só o nome e a bandeira não chega.
É essencial, em lugar de conduzir uma Armada mal preparada, obsoleta nos processos de navegação para enfrentar os mais fortes, incentivar a construção de pequenos navios, mais fáceis de manobrar, com capacidade de navegar em rios onde as grandes embarcações não chegam.
uma embarcação pequena
de pescadores, em que iam oito
portugueses(...)
e do mais que António de Faria
fez depois que houve esta vitória
e da liberalidade que aqui usou
com os portugueses de liampó
in Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto
Após as últimas eleições, este executivo tem condições únicas de governabilidade.
Porém, só o conseguirá de uma forma: se for competente.
É tremenda a expectativa de saber haverá capacidade de mobilizar os agentes económicos e a sociedade em geral, para enfrentar os desafios que se nos colocam.
Temos as mesmas condições dos nossos vizinhos espanhóis, ou mesmo dos irlandeses, não haja equívocos nessa matéria.
Temos vantagens competitivas, somos tão competentes como os nossos parceiros europeus, temos empresários com capacidade de investimento e ambição para o fazer.
Receio porém que o nosso governo não esteja à altura deste empreendimento.
Os nosso políticos são estruturalmente mauzinhos.
Temos sido (mal) governados por gente incapaz, que navega à vista. Precisamos de timoneiros que não se preocupem excessivamente em apetrechar a nau com lugares-tenente que mais não fazem do que estudar os mapas, sem saber qual o rumo a seguir.
E que não encham o porão com mantimentos para a engorda da tripulação, perdendo a noção básica e racional que é também a de levar espécies para as indispensáveis trocas comerciais.
Levar só o nome e a bandeira não chega.
É essencial, em lugar de conduzir uma Armada mal preparada, obsoleta nos processos de navegação para enfrentar os mais fortes, incentivar a construção de pequenos navios, mais fáceis de manobrar, com capacidade de navegar em rios onde as grandes embarcações não chegam.
Primeiro de Maio
A solidão de uma palavra. Uma colina quando a espuma
salta contra o mês de maio
escrito. A mão que o escreve agora.
Até cada coisa mergulhar no seu baptismo.
Até que essa palavra se transmude em nome
e pouse, pelo sopro, no centro
de como corres cheio de luz selvagem,
como se levasses uma faixa de água
entre
o coração e o umbigo.
Herberto Helder
O Primeiro de Maio representa hoje um árduo dia de trabalho na Pedreira!
Aqueles rapazes são duros de roer.. vai ser preciso partir muita pedra!
Mas não vai ser só hoje..
Se é consensual que o Sporting Clube de Portugal é a equipa que melhor futebol pratica hoje em dia no nosso país, por que carga de água é que todos querem - caso não seja o seu clube a ser campeão nacional.. que seja o S.C.Braga?!