Sábado, Agosto 20
A Falácia de Roma
Clique na imagem para ampliar
Tive esta semana oportunidade de deambular pelo Josefov - O Bairro Judeu de Praga.
Naturalmente que as Sinagogas são hoje - mais do qualquer outra coisa - locais de interesse turístico.
No entanto, tocou-me particularmente o cemitério - sobre o qual tinha lido alguma coisa - onde pude confirmar o caos absoluto na colocação das lápides, distantes entre si apenas um palmo ou dois.
Confinados pelo Regime Alemão ao exíguo espaço que tinham para enterrar os mortos, aos judeus não restava senão a possibilidade de os sepultar em altura. Daí a disposição das lápides.
Mais do que a disposição das pedras, impressionou-me a sensação de resignação daquelas pessoas.
Por isso me irritou hoje ler o artigo da Visão, em que Bento XVI não faz mais do que dizer aquilo que "pensa" que as pessoas querem ouvir: a proverbial caridade, em que a Igreja é especialista!
Papa alerta para novos sinais de anti-semitismo, classificando-o como uma «ideologia racista demente de matriz neopagã» e alertou para a «emergência de novos sinais de anti-semitismo», durante a sua visita à sinagoga de Colónia, na Alemanha.
«No século XX, no tempo mais obscuro na história alemã e europeia, uma ideologia racista demencial, de matiz neopagã, esteve na origem da tentativa, planeada e realizada sistematicamente pelo regime, de exterminar o judaísmo europeu», afirmou o Papa, na sexta-feira, perante os líderes religiosos judeus de Colónia.
Bento XVI advertiu ainda para o surgimento de «novos sinais de anti-semitismo» e de «hostilidade generalizada contra os estrangeiros».
Considerando que este é um «motivo de preocupação», o Papa destacou que a «Igreja se compromete a lutar pela tolerância, pelo respeito, a amizade e a paz entre todos os povos, culturas e religiões».
Que fez a Igreja para minimizar os danos que os alemães nazis infligiram à Humanidade?
E que moral tem este homem para falar sobre o assunto?
A mim, esta conversa soa-me a expiação, tão somente!
Sexta-feira, Agosto 19
Declínio
Meu alvoroço de oiro e lua
Tinha por fim que transbordar...
- Caiu-me a Alma ao meio da rua,
E não a posso ir apanhar!
Mário de Sá-Carneiro
Domingo, Agosto 14
pequena história para a minha princesa
La Principessa sul Pisello
A Princesa e a Ervilha
C'era una volta un principe che voleva avere per sé una principessa, ma doveva essere una vera principessa.
Perciò viaggiò per tutto il mondo per trovarne una, ma ogni volta c'era qualcosa di strano: di principesse ce n'erano molte, ma non poteva mai essere certo che fossero vere principesse; infatti sempre qualcosa andava storto. Così se ne tornò a casa e era veramente molto triste, perché desiderava di cuore trovare una vera principessa.
Una sera c'era un tempo pessimo, lampeggiava e tuonava, la pioggia scrosciava, che cosa terribile! Bussarono alla porta della città e il vecchio re andò a aprire.
C'era una principessa lì fuori. Ma come era conciata con quella pioggia e quel brutto tempo! L'acqua le scorreva lungo i capelli e gli abiti e le entrava nelle scarpe dalla punta e le usciva dai tacchi; eppure sosteneva di essere una vera principessa.
“Adesso lo scopriremo!” pensò la vecchia regina, ma non disse nulla, andò nella camera da letto, tolse tutte le coperte e mise sul fondo del letto un pisello, su cui mise venti materassi e poi venti piumini.
Lì doveva passare la notte la principessa.
Il mattino successivo le chiesero come avesse dormito.
«Oh, terribilmente male» disse la principessa «non ho quasi chiuso occhio tutta la notte. Dio solo sa, che cosa c'era nel letto! Ero sdraiata su qualcosa di duro, e ora sono tutta un livido. È terribile!»
Così poterono constatare che era una vera principessa, perché attraverso i venti materassi e i venti piumini aveva sentito il pisello. Nessuno poteva essere così sensibile se non una vera principessa.
Il principe la prese in sposa, perché ora sapeva di aver trovato una vera principessa, e il pisello fu messo nella galleria d'arte, dove ancor oggi si può ammirare, se nessuno l'ha preso.
Bada bene, questa è una storia vera!
Hans Christian Andersen