Sábado, Setembro 11
In the Fall
Michael Mann - Collateral
Tom Cruise, Jamie Foxx
Um ex-motorista de táxi vê-se refém de um membro de um gang, e vai tentar salvar-se a si .. e ao seu raptor!
Tony Scott - Man on Fire
Denzel Washington, Dakota Fanning, Christopher Walken, Mickey Rourke
Acção: Um ex-marine pretende vingar-se dos raptores da família que era suposto proteger.
Shainee Gabel - A Love Song for Bobby Long
John Travolta, Scarlett Johansson
Um ex-professor, alcoólico, vê-se envolvido com a filha de uma antiga relação!
Mike Leigh - Vera Drake
Imelda Staunton, Phil Davis, Daniel Mays, Alex Kelly, Adrian Scarborough
Inglaterra, anos 50: Vera Drake , empregada de limpeza em casas burguesas, faz abortos, não às Senhoras, mas às raparigas que precisam..
O filme do ano em Portugal? Não sei, mas sinto que é um dos grandes filmes do ano!
E vem de um grande realizador de cinema!
Sexta-feira, Setembro 10
A uma rapariga
A Nice
Abre os olhos e encara a vida! A sina
Tem que cumprir-se! Alarga os horizontes!
Por sobre lamaçais alteia pontes
Com tuas mãos preciosas de menina.
Nessa estrada de vida que fascina
Caminha sempre em frente, além dos montes!
Morde os frutos a rir! Bebe nas fontes!
Beija aqueles que a sorte te destina!
Trata por tu a mais longínqua estrela,
Escava com as mãos a própria cova
E depois, a sorrir, deita-te nela!
Que as mãos da terra façam, com amor,
Da graça do teu corpo, esguia e nova,
Surgir à luz a haste de uma flor!...
Poema de Florbela Espanca
Gravura de Artur Bual, para Florbela Espanca - 1996
Quarta-feira, Setembro 8
A esperança num futuro intemporal
Antes que tú me moriré: escondido
en las entrañas ya
el hierro llevo con que abrió tu mano
la ancha herida mortal.
Antes que tú me moriré: y mi espíritu,
en su empeño tenaz,
sentándose a las puertas de la muerte,
allí te esperará.
[...]
Allí donde el sepulcro que se cierra
abre una eternidad...
¡ Todo lo que los dos hemos callado
lo tenemos que hablar !
---------------------------------------
Antes de ti eu morrerei: oculto
no peito levo já
o ferro com que tuas mãos abriram
larga ferida mortal.
Antes de ti eu morrerei; meu espírito,
num anseio tenaz,
ante as portas da morte irá sentar-se,
a esperar-te lá.
[...]
Ali onde o sepulcro que se fecha
abre uma eternidade...
Tudo quanto nós dois sempre calámos
teremos de falar!
Gustavo Adolfo Bécquer (1836-1870)
Rimas - XXXVII
Tradução de José Bento
en las entrañas ya
el hierro llevo con que abrió tu mano
la ancha herida mortal.
Antes que tú me moriré: y mi espíritu,
en su empeño tenaz,
sentándose a las puertas de la muerte,
allí te esperará.
[...]
Allí donde el sepulcro que se cierra
abre una eternidad...
¡ Todo lo que los dos hemos callado
lo tenemos que hablar !
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Antes de ti eu morrerei: oculto
no peito levo já
o ferro com que tuas mãos abriram
larga ferida mortal.
Antes de ti eu morrerei; meu espírito,
num anseio tenaz,
ante as portas da morte irá sentar-se,
a esperar-te lá.
[...]
Ali onde o sepulcro que se fecha
abre uma eternidade...
Tudo quanto nós dois sempre calámos
teremos de falar!
Gustavo Adolfo Bécquer (1836-1870)
Rimas - XXXVII
Tradução de José Bento
Segunda-feira, Setembro 6
In Memorian
Dos meninos de Beslan
Sem receio de lugares comuns, creio sinceramente que os portugueses têm vontade de, tal como fizeram hoje centenas de milhar de italianos, enquanto ouviam Brahms e Schuman, acender uma vela em memória da vítimas da barbárie!
Já o demonstrámos noutras ocasiões, com os lenços brancos por Timor!
Devemos apelar ao valores do Humanismo Universalista, impregnar o nosso povo e colocar uma vela nas nossas janelas.
Não é preciso conhecer a paternidade para sentir a devastação sentida pelas centenas de famílias que perderam alguém próximo.
Os mentores da barbárie devem perceber de forma inequívoca o modo como o mundo responde ao seu desprezo pela vida humana, ao seu desprendimento pela vida!
É nosso direito! É nosso dever!
Basta!!!
Sem receio de lugares comuns, creio sinceramente que os portugueses têm vontade de, tal como fizeram hoje centenas de milhar de italianos, enquanto ouviam Brahms e Schuman, acender uma vela em memória da vítimas da barbárie!
Já o demonstrámos noutras ocasiões, com os lenços brancos por Timor!
Devemos apelar ao valores do Humanismo Universalista, impregnar o nosso povo e colocar uma vela nas nossas janelas.
Não é preciso conhecer a paternidade para sentir a devastação sentida pelas centenas de famílias que perderam alguém próximo.
Os mentores da barbárie devem perceber de forma inequívoca o modo como o mundo responde ao seu desprezo pela vida humana, ao seu desprendimento pela vida!
É nosso direito! É nosso dever!
Basta!!!