Sábado, Fevereiro 26
"Terra de sonho de uma artista" - Jane Eyre vista por Paula Rêgo
Este conjunto de litografias de Paula Rêgo inspira-se na obra Jane Eyre, An Autobiography, escrita por Charlotte Brontë, e a sua narrativa revela uma concepção de um feminismo interior violento.
O drama psicológico nas suas gravuras é alimentado, por um lado, pelo grito de revolta das suas paisagens mentais libertadoras e por outro pela realidade social, sombria e lúgubre.
Mr. Rochester
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 89,5 x 67 cm
Loving Bewick
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 87,5 x 63 cm
Night, 2002
Litografia 73 x 54 cm
Scoolroom
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 62,5 x 88 cm
O drama psicológico nas suas gravuras é alimentado, por um lado, pelo grito de revolta das suas paisagens mentais libertadoras e por outro pela realidade social, sombria e lúgubre.
Mr. Rochester
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 89,5 x 67 cm
Loving Bewick
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 87,5 x 63 cm
Night, 2002
Litografia 73 x 54 cm
Scoolroom
da série Jane Eyre, 2002
Litografia 62,5 x 88 cm
Sexta-feira, Fevereiro 25
circula por aí que vai haver segundo concerto..
Fnac Chiado
8:00 - inscrição na lista de canditatos ao papelinho mágico. O voluntário explica-me que há cerca de 600 bilhetes, cada pessoa pode adquirir 4 e o meu nº de inscrição é o 320! Ah! Eles esperam receber mais bilhetes. Decido ficar.
9:00 - Saí da fila para comprar o Público e A Bola - vá-se lá saber porquê..
9:30 - Primeira contagem desde que cheguei; quem não responde, é excluido.
10:00 - Começa a subida ao calvário.
Para entreter, fiz um concurso: a quem adivinhasse que música tocava no meu celular, oferecia um cafezinho.
Ensaio: Apocalyptica. Acertou um rapaz que deve gostar de Metallica.
Segue-se a música da banda sonora de Kill Bill... demorou mais tempo, mas um rapaz que tinha vindo de Cascais porque lhe disseram que a loja do Cascais-Shopping não iria ter bilhetes para a relva - só em Lisboa, acertou. Vamos lá tomar um café.
Afinal, em Lisboa também não há bilhetes para a relva!
10:30 - O Benfica não jogou um carapau, diz um benfiquista.. A lagartagem é que deve estar contente. Eu ficava contente era se chegasse a minha vez e ainda houvesse bilhetes!
Mas ontem foi difícil. A equipa já está em Alcochete, a ser recuperada por um psicólogo e duas massagistas tailandesas! Depois de ensurdecerem o Ricardo, atirarem 2 isqueiros do F C Porto, 4 baralhos de cartas e uma foto do Sabry.. deve ser dura, a vida de jogador de futebol!
Porra, que está um frio do catarino!
11:00 - O consumo de cerveja começa a diminuir e começam a aparecer umas sandes e uns sumos. Os mais descrentes começam a abandonar a fila, que não pára de aumentar.
Fluxos migratórios, digo eu!
11:15 - Já só há bilhetes de 81 euros. Nova debandada. Pode ser que venham mais bilhetes. És mesmo troll!
11:45 - Algumas pessoas trocam telefonemas, para cruzar informação com outros pontos de venda. Não estou a gostar do que ouço..
Mas esta malta não tem mais que fazer do que estar numa fila e largar 80 euros para ver os U2?!
12:45 - O último bilhete foi vendido ao senhor com mau aspecto que tinha o nº 194.
O pessoal começa a andar em círculos, como os maluquinhos do nº 53 da Avenida do Brasil..
Retiro-me discretamente, pago quase 9 euros de estacionamento e vou almoçar. Cansado!
Depois de ver em Alvalade Zooropa em 93 e PopMart em 97, para que é que eu ainda quero ver U2? Devo estar taralhoco!
Se houver segundo espectáculo, peço o saco-cama emprestado à minha filha..
Pelo menos uma vez na vida deve ver-se um filme assim!
Leo Carax é um realizador iluminado e, por vezes, chega até nós um pouco da sua luz, através de grandes momentos de cinema.
É o caso do maravilhoso Les amants du Pont-Neuf!
Paris.
Pessoas sem abrigo vivem em pequenas comunidades, perto da ponte mais velha da cidade, Le Pont-Neuf.
Alex perde os sentidos numa rua movimentada e é atropelado.
De volta ao abrigo, tem como que uma visão: Michèle, uma linda mulher que dorme..
Tem um olho tapado, fruto de um processo degenerativo da visão.
Reconhece-a. É uma pintora originária de uma família burguesa, que decidiu viver na rua e dessa forma depurar a sua arte.
Alex ganha dinheiro a fazer teatro e fogo de rua.
Tornam-se amigo e amantes.
Alex tem um violento acto de ciúmes e é preso como desordeiro.
Michèle, entretanto recuperada da visão, vai visitá-lo e promete que se encontrarão na ponte, quando ele for libertado..
A violência da côr do fogo-de-artifício e do arco do violoncelo, provocam uma estranha sensação de abandono à paixão de Alex - numa explosão de luz, perante os nossos sentidos.
A ressaca da emoção é violenta!
Les amants du Pont-Neuf, de Leo Carax - 1991
Juliette Binoche - Michèle Stalens
Denis Lavant - Alex
É o caso do maravilhoso Les amants du Pont-Neuf!
Paris.
Pessoas sem abrigo vivem em pequenas comunidades, perto da ponte mais velha da cidade, Le Pont-Neuf.
Alex perde os sentidos numa rua movimentada e é atropelado.
De volta ao abrigo, tem como que uma visão: Michèle, uma linda mulher que dorme..
Tem um olho tapado, fruto de um processo degenerativo da visão.
Reconhece-a. É uma pintora originária de uma família burguesa, que decidiu viver na rua e dessa forma depurar a sua arte.
Alex ganha dinheiro a fazer teatro e fogo de rua.
Tornam-se amigo e amantes.
Alex tem um violento acto de ciúmes e é preso como desordeiro.
Michèle, entretanto recuperada da visão, vai visitá-lo e promete que se encontrarão na ponte, quando ele for libertado..
A violência da côr do fogo-de-artifício e do arco do violoncelo, provocam uma estranha sensação de abandono à paixão de Alex - numa explosão de luz, perante os nossos sentidos.
A ressaca da emoção é violenta!
Les amants du Pont-Neuf, de Leo Carax - 1991
Juliette Binoche - Michèle Stalens
Denis Lavant - Alex
Terça-feira, Fevereiro 22
Nada de equívocos.. este filme não é sobre boxe!
Frankie Dunn é um envelhecido manager de boxe, cuja existência atormentada pela filha ausente o leva todos os dias à igreja.
O seu amigo de longa data Eddie, que perdeu um olho no centésimo nono combate, vive no ginásio e trata da limpeza.
Maggie, uma rapariga de trinta e dois anos, procura um treinador, e crê que Frank é capaz de a ajudar a concretizar o sonho de chegar ao topo.
A narração tranquila e envolvente de Freeman, a elegância e mestria de Eastwood, como realizador, actor e autor da magnífica banda sonora, e "always protect yourself" Swank, fazem de Million Dollar Baby um dos mais belos filmes dos últimos tempos.
Esta comovente história sobre sonhos.. desfeitos.. por realizar..
Merece um grande aplauso no próximo domingo!
Realizador - Clint Eastwood
Clint Eastwood - Frank
Hilary Swank - Maggie
Morgan Freeman - Eddie
O seu amigo de longa data Eddie, que perdeu um olho no centésimo nono combate, vive no ginásio e trata da limpeza.
Maggie, uma rapariga de trinta e dois anos, procura um treinador, e crê que Frank é capaz de a ajudar a concretizar o sonho de chegar ao topo.
A narração tranquila e envolvente de Freeman, a elegância e mestria de Eastwood, como realizador, actor e autor da magnífica banda sonora, e "always protect yourself" Swank, fazem de Million Dollar Baby um dos mais belos filmes dos últimos tempos.
Esta comovente história sobre sonhos.. desfeitos.. por realizar..
Merece um grande aplauso no próximo domingo!
Realizador - Clint Eastwood
Clint Eastwood - Frank
Hilary Swank - Maggie
Morgan Freeman - Eddie
Ele só queria salvar a Pátria!
No dia das eleições, num gesto de grande patriotismo, o Dr Mário Soares apelou ao voto dos portugueses, e assumiu que estava convencido que o povo daria uma vitória expressiva ao PS.
Com isto arrisca uma multa, entre 50 cêntimos e cinco euros (!), que, com o maior sorriso do mundo- diz que pagará com gosto!
Ao pretender transmitir a ideia que está senil, o Dr Mário Soares sabe que a impunidade de que goza neste país, lhe permite estas leviandades.
Se o ridículo matasse..
Com isto arrisca uma multa, entre 50 cêntimos e cinco euros (!), que, com o maior sorriso do mundo- diz que pagará com gosto!
Ao pretender transmitir a ideia que está senil, o Dr Mário Soares sabe que a impunidade de que goza neste país, lhe permite estas leviandades.
Se o ridículo matasse..
Domingo, Fevereiro 20
A sociedade por quotas declarou falência!
Resultados finais
Sondagem RTP
Sondagem SIC
Postais de Lisboa
Voltamos ao Chiado, local de paragem obrigatória para tomar uma bica, seja na mítica Brasileira, ou na Bénard – com muito mais cachet e melhor serviço, diga-se de passagem!
Uma das recordações desta zona do coração e alma da cidade, são os bons aromas; daí valer a pena falar de um pequeno estabelecimento, que é a Casa de Cafés A Carioca.
Clique nas imagens para ampliar
Situada entre o Chiado e o Bairro Alto - já na Rua da Misericórdia, frente à igreja dos Italianos, desde há quase 70 anos que tem sabido escolher as melhores origens do chá e do café, refinando a arte de torrar o grão e de misturar os lotes.
Quem passa à porta, dificilmente resiste à tentação de entrar, atraído pelo forte aroma do café, que apela aos sentidos.. não é, filhinha?
Na altura em que foi fundada, em 1936, estava vocacionada a servir chás, cafés e mercearias finas, para alimentar os bons vícios de uma elite aristocrática e burguesa, entretida a acompanhar à distância a guerra civil espanhola.
Era a época da Lisboa romântica e elegante, esta em que A Carioca rivalizava com A Brasileira, onde afluiam políticos, artistas, intelectuais..
Os teatros de S. Carlos, da Trindade e o Grémio Literário alimentavam então as tertúlias, sempre com as livrarias por perto; entre um café ou chá se alimentava o espírito com que se ia comentando a situação política ou as aventuras dos fidalgos.
Hoje de manhã, a caminho da Fnac do Chiado, não resisti a entrar e pedi ao sr Gonçalves que me deixasse tirar uma foto à atracção principal da loja - o velho moinho de café, da marca Hobart, em vermelho garrido, com chaminé de alumínio, junto ao qual os lotes de café são guardados em sacos de sarapilheira.
“O processo de moagem faz-se através de dois grandes discos de pedra no seu interior”, explicou-me.
O balcão de madeira, perpendicular à porta de entrada, tem atrás de si um armário com dez caixas em madeira para chá, ornamentadas com figuras chinesas em alto relevo.
Por cima, está uma balança típica, os boiões de rebuçados.. e as minha gomas preferidas!
Na montra, bules e chaleiras alternam com cafeteiras de loiça inglesa, máquinas de balão, etc.
A Carioca comercializa os melhores Robustas de Angola, em especial o Amboím, todos os Robustas da Costa do Marfim e do Uganda; As famosas arábicas de Timor, os melhores lotes da América do Sul – Brasil, Colômbia e Costa Rica.
Todos os produtos são embalados em papel com a marca da casa, registada em 1945.
Uma das recordações desta zona do coração e alma da cidade, são os bons aromas; daí valer a pena falar de um pequeno estabelecimento, que é a Casa de Cafés A Carioca.
Clique nas imagens para ampliar
Situada entre o Chiado e o Bairro Alto - já na Rua da Misericórdia, frente à igreja dos Italianos, desde há quase 70 anos que tem sabido escolher as melhores origens do chá e do café, refinando a arte de torrar o grão e de misturar os lotes.
Quem passa à porta, dificilmente resiste à tentação de entrar, atraído pelo forte aroma do café, que apela aos sentidos.. não é, filhinha?
Na altura em que foi fundada, em 1936, estava vocacionada a servir chás, cafés e mercearias finas, para alimentar os bons vícios de uma elite aristocrática e burguesa, entretida a acompanhar à distância a guerra civil espanhola.
Era a época da Lisboa romântica e elegante, esta em que A Carioca rivalizava com A Brasileira, onde afluiam políticos, artistas, intelectuais..
Os teatros de S. Carlos, da Trindade e o Grémio Literário alimentavam então as tertúlias, sempre com as livrarias por perto; entre um café ou chá se alimentava o espírito com que se ia comentando a situação política ou as aventuras dos fidalgos.
Hoje de manhã, a caminho da Fnac do Chiado, não resisti a entrar e pedi ao sr Gonçalves que me deixasse tirar uma foto à atracção principal da loja - o velho moinho de café, da marca Hobart, em vermelho garrido, com chaminé de alumínio, junto ao qual os lotes de café são guardados em sacos de sarapilheira.
“O processo de moagem faz-se através de dois grandes discos de pedra no seu interior”, explicou-me.
O balcão de madeira, perpendicular à porta de entrada, tem atrás de si um armário com dez caixas em madeira para chá, ornamentadas com figuras chinesas em alto relevo.
Por cima, está uma balança típica, os boiões de rebuçados.. e as minha gomas preferidas!
Na montra, bules e chaleiras alternam com cafeteiras de loiça inglesa, máquinas de balão, etc.
A Carioca comercializa os melhores Robustas de Angola, em especial o Amboím, todos os Robustas da Costa do Marfim e do Uganda; As famosas arábicas de Timor, os melhores lotes da América do Sul – Brasil, Colômbia e Costa Rica.
Todos os produtos são embalados em papel com a marca da casa, registada em 1945.