Sábado, Outubro 2

momentos.. à espera do fim deste verão teimoso! 


Posted by Hello Comprar os jornais e tomar o pequeno-almoço


Posted by Hello Provisões para a praia... fruta, empadas e croquetes


Posted by Hello Passagem pelo jardim

(Bela invenção esta, do Hello!)

Sexta-feira, Outubro 1

Cuidei que tinha morrido... 



Ao passar pelo ribeiro
Onde às vezes me debruço
Fitou-me alguém corpo inteiro
Dobrado como um soluço

Pupilas negras tão lassas
Raízes iguais às minhas
Meu amor quando me enlaças
Por ventura as adivinhas
Meu amor quando me enlaças

Que palidez nesse rosto
Sob o lençol de luar
Tal e qual quem ao sol posto
Estivera a agonizar
Deram-me então por conselho
Tirar de mim o sentido
Mas depois vendo-me ao espelho

Cuidei que tinha morrido
Cuidei que tinha morrido

(Pedro Homem de Mello/Alain Oulman, 1971)

Mas não! Amália é eterna!
Quando partiu, a 6 de Outubro de 1999, senti necessidade de ir vê-la à Basílica da Estrela, onde repousava!
Nunca, até aí, tinha prestado homenagem a alguém, para além de meu pai!

Quinta-feira, Setembro 30

Soprava o vento pela fresta 



Soprava o vento pela fresta
A menina comia nêspera
Antes de dar em segredo
O níveo corpo ao folguedo:

Mas antes provou ter tacto
Pois só o queria nu no acto
Um corpo bom como um figo
Não se vai foder vestido.

Para ela em tempos de ais
Nunca o gozo era demais.
Lavava-se bem depois:
Nunca o carro antes dos bois.

Poema de Bertolt Brecht, gravura de Pablo Picasso

Quarta-feira, Setembro 29

One of a Kind! 


Acabadinho de aterrar em frente ao escritório!
Cliquem nas fotos para ver Sua Excelência com detalhe!


 Posted by Hello

Gestão por Objectivos 

Era uma vez uma aldeia onde viviam dois homens que tinham o mesmo nome: Joaquim Gonçalves.
Um era sacerdote e o outro, taxista. Quis o destino que morressem no mesmo dia.

Quando chegaram ao céu, São Pedro esperava-os.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Não, o taxista.

São Pedro consulta as suas notas e diz:
- Bom, ganhaste o paraíso. Levas esta túnica com fios de ouro e este ceptro de platina com incrustações de rubis. Podes entrar.
- O teu nome?
- Joaquim Gonçalves.
- És o sacerdote?
- Sim, sou eu mesmo.
- Muito bem, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e este ceptro de ferro.

O sacerdote diz:
- Desculpe, mas deve haver engano. Eu sou o Joaquim Gonçalves, o sacerdote!
- Sim, meu filho, ganhaste o paraíso. Levas esta bata de linho e...
- Não pode ser! Eu conheço o outro, Senhor. Era taxista, vivia na minha aldeia e era um desastre! Subia os passeios, batia com o carro todos os dias, conduzia pessimamente e assustava as pessoas. Nunca mudou, apesar das multas e repreensões policiais. E quanto a mim, passei 75 anos pregando todos os domingos na paróquia. Como é que ele recebe a túnica com fios de ouro e eu.....isto?

- Não é nenhum engano - diz São Pedro. Aqui no céu, estamos a fazer uma gestão mais profissional, como a que vocês fazem lá na Terra.
- Não entendo!
- Eu explico. Agora orientamo-nos por objectivos.
É assim: durante os últimos anos, cada vez que tu pregavas, as pessoas dormiam.
E cada vez que ele conduzia o táxi, as pessoas começavam a rezar. Resultados! Percebeste?



A propósito... será que o Vaticano quer ver afastado o Bispo de Leiria ( e como consequência ameaça tomar conta da Loja) por este ter permitido ao Dalai Lama rezar no Santuário de Fátima?!
Ou será por o Santuário se Orientar por resultados generosos todos os anos?!


Terça-feira, Setembro 28

Le Petit Prince - Antoine de Saint-Exupery 

Chapitre XIV

La cinquième planète était très curieuse. C'était la plus petite de toutes. Il y avait là juste assez de place pour loger un réverbère et un allumeur de réverbères. le petit prince ne parvenait pas à s'expliquer à quoi pouvaient servir, quelque part dans le ciel, sur une planète sans maison, ni population, un réverbère et un allumeur de réverbères. Cependant il se dit en lui-même:

- Peut-être bien que cette homme est absurde. Cependant il est moins absurde que le roi, que le vaniteux, que le businessman et que le buveur. Au moins son travail a-t-il un sens. Quand il allume son réverbère, c'est comme s'il faisait naître une étoile de plus, ou une fleur. Quand il éteint son réverbère ça endort la fleur ou l'étoile. C'est une occupation très jolie. C'est véritablement utile puisque c'est joli.



Lorsqu'il aborda la planète il salua respectueusement l'allumeur:

-Bonjour. Pourquoi viens-tu dd'éteindre ton réverbère?

-C'est la consigne, répondit l'allumeur. Bonjour.

-Qu'est ce la consigne?

-C'est d'éteindre mon réverbère. Bonsoir.

Et il le ralluma.

-Mais pourquoi viens-tu de rallumer?

-C'est la consigne, répondit l'allumeur.

-Je ne comprends pas, dit le petit prince.

-Il n'y a rien à comprendre, dit l'allumeur. la consigne c'est la consigne. Bonjour.

Et il éteignit son réverbère.

Puis il s'épongea le front avec un mouchoir à carreaux rouges.

-Je fais là un travail terrible. C'était raisonnable autrefois. J'éteignais le matin et j'allumais le soir. J'avais le reste du jour pour me reposer, et le reste de la nuit pour dormir...

-Et, depuis cette époque, la consigne à changé?

-La consigne n'a pas changé, dit l'allumeur. C'est bien là le drame! la planète d'année en année a tourné de plus en plus vite, et la consigne n'a pas changé!

-Alors? dit le petit prince.

-Alors maintenant qu'elle fait un tour par minute, je n'ai plus un seconde de repos. J'allume et j'éteins une fois par minute!

-Ca c'est drôle! les jours chez toi durent une minute!

-Ce n'est pas drôle du tout, dit l'allumeur. Ca fait déjà un mois que nous parlons ensemble.

-Un mois?

-Oui. Trente minutes. Trente jours! Bonsoir.

Et il ralluma son réverbère.

Le petit prince le regarda et il aima cet allumeur qui était si fidèle à sa consigne. Il se souvint des couchers de soleil que lui-même allait autrefois chercher, en tirant sa chaise. Il voulut aider son ami:

-Tu sais... je connais un moyen de te reposer quand tu voudras...

-Je veux toujours, dit l'allumeur.

Car on peut être, à la fois, fidèle et paresseux.

Le petit prince poursuivit:

-Ta planète est tellement petite que tu en fais le tour en trois enjambées. Tu n'as qu'à marcher lentement pour rester toujours au soleil. Quand tu voudras te reposer tu marcheras... et le jour durera aussi longtemps que tu voudras.

-Ça ne m'avance pas de grand chose, dit l'allumeur. Ce que j'aime dans la vie, c'est dormir.

-Ce n'est pas de chance, dit le petit prince.

-Ce n'est pas de chance, dit l'allumeur. Bonjour.

Et il éteignit son réverbère.

Celui-là, se dit le petit prince, tandis qu'il poursuivait plus loin son voyage, celui-là serait méprisé par tous les autres, par le roi, par le vaniteux, par le buveur, par le businessman. Cependant c'est le seul qui ne me paraisse pas ridicule. C'est, peut-être, parce qu'il s'occupe d'autre chose que de soi-même.

Il eut un soupir de regret et se dit encore:

-Celui-là est le seul dont j'eusse pu faire mon ami. Mais sa planète est vraiment trop petite. Il n'y a pas de place pour deux...

Ce que le petit prince n'osait pas s'avouer, c'est qu'il regrettait cette planète bénie à cause, surtout, des mille quatre cent quarrante couchers de soleil par vingt-quatre heures!


Segunda-feira, Setembro 27

Outono no mar, na vida, nas palavras.. 



Emil Nolde, 1910


Uma lâmina de ar
Atravessando as portas. Um arco,
Uma flecha cravada no Outono. E a canção
Que fala das pessoas. Do rosto e dos lábios das pessoas.
E um velho marinheiro, grave, rangendo o cachimbo como
Uma amarra. À espera do mar. Esperando o silêncio.
É outono. Uma mulher de botas atravessa-me a tristeza
Quando saio para a rua, molhado como um pássaro.
Vêm de muito longe as minhas palavras, quem sabe se
Da minha revolta última. Ou do teu nome que repito.
Hoje há soldados, eléctricos. Uma parede
Cumprimenta o sol. Procura-se viver.
Vive-se, de resto, em todas as ruas, nos bares e nos cinemas.
Há homens e mulheres que compram o jornal e amam-se
Como se, de repente, não houvesse mais nada senão
A imperiosa ordem de (se) amarem.
Há em mim uma ternura desmedida pelas palavras.
Não há palavras que descrevam a loucura, o medo, os sentidos.
Não há um nome para a tua ausência. Há um muro
Que os meus olhos derrubam. Um estranho vinho
Que a minha boca recusa. É outono
A pouco e pouco despem-se as palavras.

Joaquim Pessoa

Domingo, Setembro 26

Da espuma dos dias 


ao meio-dia na Belavista Posted by Hello
(adicionada)



Depois de uma semana de calor impossível de esquecer, volto, numa luta contra o tempo, a entrar no mar...
São os últimos momentos deste verão tardio, reminiscências que permanecerão durante o tempo em que os deuses nos vão castigar por gostarmos do sol.. do mar.. das coisas que parecem acessórias.
Mas que são essenciais enquanto suplemento de vida.. até à próxima primavera! Posted by Hello


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