Sexta-feira, Dezembro 10
Acabou-se o sossego no bairro!
Após um ano de exílio, estes três sinos - de um total de doze, regressam hoje ao local do crime!
Estavam um pouco desafinados, é certo! Sim, que de sinos percebo eu!
Pelo menos, gostava de os ouvir - a cada quinze minutos, afugentar os pombos para o Largo da Estrela e refugiarem-se nas árvores do jardim em frente.. talvez o mais bonito que conheço!
Estes imponentes sinos são constituidos em bronze; Suportados por cabeçalhos de madeira e ferro, ostentam escritos em Latim, pequenas esculturas, data e assinatura do autor.
Cada sino é dedicado a uma figura da igreja, como S. António, Santo Elias, Sta. Teresa ou Sta. Bárbara.
A restauração durou sensivelmente um ano, para resolver o problema de oxidação, tapar fissuras e afinar.
Serão colocados ao longo do mês de Dezembro, em duas fases: a primeira, relativa à torre nascente e a segunda à torre poente.
Foi criado um sistema computorizado, para accionar os instrumentos da torre poente, que tocarão melodias seleccionadas.
Modernisses!
Estavam um pouco desafinados, é certo! Sim, que de sinos percebo eu!
Pelo menos, gostava de os ouvir - a cada quinze minutos, afugentar os pombos para o Largo da Estrela e refugiarem-se nas árvores do jardim em frente.. talvez o mais bonito que conheço!
Há muito, muito tempo...
Ia no eléctrico 28 para os Prazeres, para os Salesianos.. e durante anos passei diariamente à porta da Basílica.
A minha filha cantou no coro do colégio, e íamos lá por altura do ritual da primeira Comunhão dos colegas.
Recordo também os minutos que lá estive, sentado, a olhar para Amália!
Clique na imagem para ampliar
Os sinos da Basílica da Estrela têm mais de 200 anos!
Foram colocados cerca de um ano antes desta Basílica Neo-Clássica ser inaugurada por D.Maria, em 1789.. e onde a senhora agora repousa !
Clique na imagem para ampliar
Os sinos da Basílica da Estrela têm mais de 200 anos!
Foram colocados cerca de um ano antes desta Basílica Neo-Clássica ser inaugurada por D.Maria, em 1789.. e onde a senhora agora repousa !
A Basílica possui no seu interior um presépio lindíssimo, que merece ser visitado!
Estes imponentes sinos são constituidos em bronze; Suportados por cabeçalhos de madeira e ferro, ostentam escritos em Latim, pequenas esculturas, data e assinatura do autor.
Cada sino é dedicado a uma figura da igreja, como S. António, Santo Elias, Sta. Teresa ou Sta. Bárbara.
A restauração durou sensivelmente um ano, para resolver o problema de oxidação, tapar fissuras e afinar.
Serão colocados ao longo do mês de Dezembro, em duas fases: a primeira, relativa à torre nascente e a segunda à torre poente.
Foi criado um sistema computorizado, para accionar os instrumentos da torre poente, que tocarão melodias seleccionadas.
Modernisses!
Quinta-feira, Dezembro 9
Super.. califragilisticexpialidociousism
I wonder why Miss Edna Mode,
a superhero fashion designer whose attributes include excellent taste and super attitude..
reminds me Miss Vitriolica?
The extraordinary The Incredibles!..
In a theater near next to me.. this weekend!
Meanwhile, just for fans.. visit the Blog da Pixar!
Quarta-feira, Dezembro 8
Aquele que contempla a beleza está condenado a morrer
Nunca deves sorrir assim..
Nunca deves sorrir assim para ninguém..
Nunca deves sorrir assim para ninguém..
Terça-feira, Dezembro 7
Sublimação!
Que forma tão sentida de admirar a Renascença e os seus vultos!
Sandro Botticelli (1445-1510)
Giovanna degli Albizzi Receiving a Gift of Flowers from Venus - 1486
Fresco destacado e colocado em tela - 211 x 284 cm
Museu do Louvre, Paris
Para Botticelli
Pressinto que o mundo cresce de teus dedos
quando num clarão mortal se rasgam asas
e faces lívidas de anjos
choram suas raízes arrancadas do chão.
Quando o vento grita em teus cabelos
que não é o mar a seara que se ondula.
Quando um perfil destrói em si a noite
e o teu peito,
onde límpida era a sua côr.
Quando uma árvore frutifica a sua solidão
e se ilumina
com um súbito canto
ou um vulto quase irreal de ser tão breve.
Quando, de olhos sangrentos,
sentes nitidamente o anoitecer
e exausto abandonas a cabeça a mãos ausentes:
náufrago de veias que prolongam a terra,
transfigurado no rosto
onde a manhã te anuncia o seu regresso.
in Silabário, de José Bento
Sandro Botticelli (1445-1510)
Giovanna degli Albizzi Receiving a Gift of Flowers from Venus - 1486
Fresco destacado e colocado em tela - 211 x 284 cm
Museu do Louvre, Paris
Para Botticelli
Pressinto que o mundo cresce de teus dedos
quando num clarão mortal se rasgam asas
e faces lívidas de anjos
choram suas raízes arrancadas do chão.
Quando o vento grita em teus cabelos
que não é o mar a seara que se ondula.
Quando um perfil destrói em si a noite
e o teu peito,
onde límpida era a sua côr.
Quando uma árvore frutifica a sua solidão
e se ilumina
com um súbito canto
ou um vulto quase irreal de ser tão breve.
Quando, de olhos sangrentos,
sentes nitidamente o anoitecer
e exausto abandonas a cabeça a mãos ausentes:
náufrago de veias que prolongam a terra,
transfigurado no rosto
onde a manhã te anuncia o seu regresso.
in Silabário, de José Bento
Segunda-feira, Dezembro 6
Postais da Cidade Branca!
Há um bar em Lisboa que faz a diferença: O British Bar!
Situado no Cais do Sodré, frente ao Tejo, tem como companheiros o antigo English Bar e o American Bar.
No século XIX, os britânicos e os portugueses que se dedicavam ao comércio marítimo, começaram a estabelecer-se nesta zona ribeirinha da cidade de Lisboa.
O Visconde Reinaldo e Basílio - personagens queirozianas, tomavam xerez na Taverna Inglesa - nome original deste bar com história, onde mais recentemente se sentava José Cardoso Pires nas suas deambulações pela cidade e onde deu uma entrevista pouco antes de morrer - se bem me recordo, a Bárbara Guimarães.
À entrada, temos duas portas estilo saloon e na montra do meio, um logotipo vermelho tem escrito British Bar.
O relógio inglês de finais do século XIX revestido de uma belíssima talha em madeira situado na parede do fundo da sala, tem dificuldade em rivalizar com a peça que está por detrás do balcão; Este famoso relógio é o que dá as horas ao contrário, pois os ponteiros funcionam no sentido da rotação da Terra.
A riquíssima madeira trabalhada da biblioteca do British Bar, onde podemos apreciar as lombadas com doseadores - obras que inspiraram alguns escritores ao longos dos anos..
A fotografia que celebra o final da Segunda Guerra Mundial, a decoração Art Nouveau que vem dos anos vinte, o balcão com o varão metálico em volta, fazem parte do espólio do único sítio em Lisboa que serve Ginger Beer à pressão, produzida a partir de uma infusão fermentada de gengibre..
São motivos mais do que suficientes para justificar uma primeira visita... pois as seguintes dispensam desculpas!!
Com a vizinhança dos bares de má fama das ruas de trás, durante muito tempo o British só deixava entrar homens, numa espécie de fronteira entre dois mundos que se completavam, pois os marinheiros começavam por beber nestes bares e só depois de atascados iam às meninas!
Por ser um bar cosmopolita, O British Bar nunca pegou muito em bebidas típicas como o eduardinho e a ginginha!
O engraxador residente, dos poucos que restam em bares e cafés da cidade, é um senhor de cabelos brancos que se confunde com a idade da napa vermelha das cadeiras.
Tem os seus os clientes habituais - normalmente empresários da zona, mas trata sempre com extremo cuidado um par de sapatos.. quando vê que merece!
É neste ambiente a dois tempos que o British Bar é para mim um local especial: de manhã, para tomar a bica e alindar os sapatos, e ao fim da tarde para uma ginger beer!
O British é um bar com swing!
Situado no Cais do Sodré, frente ao Tejo, tem como companheiros o antigo English Bar e o American Bar.
No século XIX, os britânicos e os portugueses que se dedicavam ao comércio marítimo, começaram a estabelecer-se nesta zona ribeirinha da cidade de Lisboa.
O Visconde Reinaldo e Basílio - personagens queirozianas, tomavam xerez na Taverna Inglesa - nome original deste bar com história, onde mais recentemente se sentava José Cardoso Pires nas suas deambulações pela cidade e onde deu uma entrevista pouco antes de morrer - se bem me recordo, a Bárbara Guimarães.
À entrada, temos duas portas estilo saloon e na montra do meio, um logotipo vermelho tem escrito British Bar.
O relógio inglês de finais do século XIX revestido de uma belíssima talha em madeira situado na parede do fundo da sala, tem dificuldade em rivalizar com a peça que está por detrás do balcão; Este famoso relógio é o que dá as horas ao contrário, pois os ponteiros funcionam no sentido da rotação da Terra.
A riquíssima madeira trabalhada da biblioteca do British Bar, onde podemos apreciar as lombadas com doseadores - obras que inspiraram alguns escritores ao longos dos anos..
A fotografia que celebra o final da Segunda Guerra Mundial, a decoração Art Nouveau que vem dos anos vinte, o balcão com o varão metálico em volta, fazem parte do espólio do único sítio em Lisboa que serve Ginger Beer à pressão, produzida a partir de uma infusão fermentada de gengibre..
São motivos mais do que suficientes para justificar uma primeira visita... pois as seguintes dispensam desculpas!!
Com a vizinhança dos bares de má fama das ruas de trás, durante muito tempo o British só deixava entrar homens, numa espécie de fronteira entre dois mundos que se completavam, pois os marinheiros começavam por beber nestes bares e só depois de atascados iam às meninas!
Por ser um bar cosmopolita, O British Bar nunca pegou muito em bebidas típicas como o eduardinho e a ginginha!
O engraxador residente, dos poucos que restam em bares e cafés da cidade, é um senhor de cabelos brancos que se confunde com a idade da napa vermelha das cadeiras.
Tem os seus os clientes habituais - normalmente empresários da zona, mas trata sempre com extremo cuidado um par de sapatos.. quando vê que merece!
É neste ambiente a dois tempos que o British Bar é para mim um local especial: de manhã, para tomar a bica e alindar os sapatos, e ao fim da tarde para uma ginger beer!
O British é um bar com swing!