Sábado, Dezembro 4

kunaaaaami... fresquinho! * 


Posted by Hello

Está frio, mas o colorido da Baixa nesta altura do ano transmite o calor próprio do Natal!

O Chiado está cheio de gente apressada..

.. e muitos, muitos turistas!

Para quem tenha disponibilidade, decorre uma Feira do Livro até dia 8 no Largo de Camões, onde serão colocados à venda, a preço de conveniência, títulos alusivos à Cidade e à História de Lisboa, títulos de História de Portugal Contemporâneo, Livros de Arte..

* "olha a bela da castanha assada!"
Extraído de uma rábula do Gato Fedorento


Sexta-feira, Dezembro 3

Vantagens competitivas 


Posted by Hello

Já aqui tinha citado Clara Ferreira Alves quando afirmou que jeito dá ter um blog...
É normal hoje em dia que, tendo um pc alimentado por banda larga e uma placa de captura de tv, se consiga colocar um post dois ou três minutos após a divulgação de uma notícia!
Daí que, blogs como o Blasfémias, o Barnabé, o Abrupto, etc, vocacionados para a actualidade, concorram com os sítios da internet no mesmo mercado!

No Diário de Notícias de ontem, é curiosa a referência ao post de JPP no Abrupto, em que criticou o cinismo de alguns jornalistas!

Mais curiosa é a caixa do artigo onde, sob a forma de comparação entre blogosfera e imprensa digital, Marina Almeida escreve Criatividade 'vs' rigor...!

Temos então rigor no processamento da informação por parte das redacções e espírito de aventura nos blogs?
Não creio! Os blogs em questão estão muito bem estruturados e possuem uma linha editorial bem definida!
Não são de forma alguma descomprometidos, pelo contrário, apresentam os seus argumentos desabrida e frontalmente ... o que nos jornais só conseguimos obter em alguns artigos de opinião!
E claro, os blogs têm a vantagem competitiva de possuirem caixas de comentários muito mais activas que, por exemplo, O Expresso!


Big Bang.. or Big Crunch? 

Somos fruto de um acaso verdadeiramente notável!
Como se fizéssemos parte de um jogo de poker, com as cartas viciadas!
Pena que não tomemos consciência da sorte que temos..!


Posted by Hello

Um dia não muito longe
assistiremos à colisão
dos planetas e o céu diamantado
acabará submerso em escombros.
Então colheremos flores rutilantes
e estrelas de néon.
Olha, eis o sinal, um fogo
acende-se no céu, chocam-se
Júpiter e Órion e no terrível
estampido onde acabou o homem?
Certo que basta um sopro neste mundo
em que vivemos para que ele acabe.
Ficará talvez um grito, o da
terra que não quer perecer.


Eugenio Montale (1896-1981)


Quinta-feira, Dezembro 2

Em Busca do Essencial 

O Azul .. para estimular o espírito!


Maria Helena Vieira Da Silva (1908-1992)
Ariane, 1988
Óleo sobre tela, 130x97
Paris, Colecção Galerie Jeanne-Bucher


Ponto de partida para a Exposição, no Museu da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva.. até final de Janeiro, aqui mesmo ao lado de casa!


Quarta-feira, Dezembro 1

Winston Churchill - III 

A desastrosa campanha britânica aos Dardanelos - Turquia, da qual Churchill tinha sido o seu principal promotor e em grande parte responsabilidado, teve como consequência o seu pedido de demissão, em plena Primeira Guerra Mundial.

A formação de um Governo de coligação originou o abandono de Churchill do Almirantado, condição imposta pelos Conservadores, como vingança por ele ter deixado o Partido em 1904.

Sobre esse período difícil, a sua mulher diria:
"Pensei que ele ia morrer de desgosto".

Na sequência do vazio de funções a que foi votado, Churchill descobriu vocação na pintura:
"Foi então que a musa da pintura veio em meu auxílio... Quando eu chegar ao Paraíso, tenciono passar uma parte considerável do primeiro milhão de anos a pintar, até conseguir dominar essa arte."

Churchill voltou para o exército e comandou um batalhão do regimento «Royal Scots Fusiliers», na frente ocidental.
Regressou ao Parlamento em 1916 e exerceu funções governamentais até final da Guerra, como Ministro das munições.

Winston Churchill abandonou então o Partido Liberal.
Foi nomeado Chanceler do Tesouro num Governo Conservador, após o que esteve durante um período de 10 anos sem exercer qualquer cargo público.
Foi nesta altura que escreveu a sua obra-prima sobre o seu antepassado Malborough; His Life and Times, numa espécie de exercício de preparação para nova guerra, em que ia alertando para o perigo que Hitler representava..

Escreveu a propósito:
"A partir desse momento, forças poderosas ficaram à deriva. Abrira-se o vazio, e foi para esse vazio - após uma pausa - que caminhou a passos largos um louco com um génio feroz, o repositório e a expressão dos ódios mais virulentos que alguma vez corroeram o coração humano - o cabo Hitler."

Em 1939 foi novamente nomeado Primeiro Lorde do Almirantado, e em 10 de Maio de 1940, devido à demissão de Neville Chamberlain, foi nomeado primeiro-ministro.
A Alemanha iniciava a invasão da Europa Ocidental - Holanda, Bélgica, Luxemburgo e França.

Churchill formou um governo de unidade nacional, com a participação do Partido Trabalhista e do Partido Liberal.
A 13 de Maio, demonstrou a sua capacidade de liderança, ao proferir um dos seus mais célebres discursos: "Sangue, Sofrimento, Suor e Lágrimas".



(In)Dependência Nacional, ou O poder está na rua! 



Após o impacto inicial das notícias do fim de tarde, tenho tentado fazer uma introspecção séria sobre as razões pelas quais devia ser dos poucos portugueses que andava distraído com esta hipótese absurda de termos alguma possibilidade de avançar um pouco mais na construção de um país virado para o século XXI.
Mas este exercício guardo-o para mais tarde..

Não sei o que aí vem, mas parece-me claro que não seja coisa boa...

Confunde-me a trapalhada que o Presidente arranjou ao despedir à pressa e com justa causa o Governo!
Podia ter esperado mais um dia e incluir a notícia no Discurso das Comemorações da Restauração da Independência.. "Era preciso restaurar as liberdades, afastar os maus e repôr os bons"..
Isso sim, seria sentido de oportunidade!
Depois do folhetim que foi a consulta a meio mundo para se decidir pela indigitação..
Agora, sem aviso prévio.. isto?

Estou curioso para ver quais os fundamentos do Presidente! Legítimos, claro!
E estou preocupado com o futuro próximo - Referendo, Eleições, Constituição Europeia..
Poderíamos ter um Governo de iniciativa Presidencial..


Terça-feira, Novembro 30

Da sedução dos anjos 



Não podia ser mais oportuno, este poema..

Quando acabamos de saber que a Assembleia da República vai ser dissolvida..

E que vamos para eleições!

Quem é que disse que os anjos não têm sexo?!

Respeitosamente, o Senhor Presidente acaba de nos enrabar a todos...

Passivos incluídos..



Posted by Hello The Charnel-House

Anjos seduzem-se: nunca ou a matar.
Puxa-o só para dentro de casa e mete-
-Lhe a língua na boca e os dedos sem frete
Por baixo da saia até se molhar
Vira-o contra a parede, ergue-lhe a saia
E fode-o. Se gemer, algo crispado
Segura-o bem, fá-lo vir-se em dobrado
P'ra que do choque no fim te não caia.

Exorta-o a que agite bem o cu
Manda-o tocar-te os guizos atrevido
Diz que ousar na queda lhe é permitido
Desde que entre o céu e a terra flutue –

Mas não o olhes na cara enquanto fodes
E as asas, rapaz, não lhas amarrotes.

Poema de Bertolt Brecht, gravura de Pablo Picasso


Segunda-feira, Novembro 29

Mar de Setembro 



Tudo era claro:
céu, lábios, areias.
O mar estava perto,
Fremente de espumas.
Corpos ou ondas:
iam, vinham, iam,
dóceis, leves, só
alma e brancura.
Felizes, cantam;
serenos, dormem;
despertos, amam,
exaltam o silêncio.
Tudo era claro,
jovem, alado.
O mar estava perto,
puríssimo, doirado.


Eugénio de Andrade, 1961

Domingo, Novembro 28

boas acções! 

Ao domingo, como habitualmente, é dia de pagar o dízimo..
A esta boa acção, hoje consegui juntar uma segunda, quando vi um cavalheiro com uma pilha de livros que mal conseguia segurar; abordei-o e disse: "O amigo vai deslocar hoje essa montanha?", ao que ele, meio surpreso, retorquiu: " há algum impedimento?".
Sorri, e disse-lhe para não me interpretar mal, mas que faria melhor negócio se voltasse depois de amanhã dia 30, que é o dia do aderente, onde podia comprar todos aqueles livros com 10% de desconto...
Sorriu e disse: "sabe que já me tinha livrado de outros tantos? Vou imediatamente rever a minha lista de compras de natal e seguir a sua sugestão, obrigado!".
Porque aquela voz me era familiar da rádio, e sei que ele escreve num blog, era engraçado que ele lesse este post... quem sabe!

De seguida, dei com o livro do Barnabé!
Folheei-o e lembrei-me imediatamente de O Meu Pipi.. oferecido por uma amiga - 8ª edição!!!
Não recomendo nenhum dos dois..
Um milhão de vezes o 1º Ano de Inimigo Público..
A metade do preço, e muito mais divertido que os anteriores!

Agora, vou corrigir um erro de avaliação.. já volto!

era para ser um comentário.. 

mas, uma vez que não consegui comentar esta posta da Grande Loja.. presumo que por dificuldades técnicas.. cá vai:

Nós precisamos é de Iluminar o natal às pessoas, sim senhor!
Até porque quem pagou a arvorezinha foi um banco e um canal de televisão privados..
Ainda que seja a edilidade a pagar a factura à EDP(!), é com o dinheiro dos munícipes.. lisboetas!
Do que nós não precisamos é da demagogia de afirmar que todo aquele desperdício daria para iluminar o natal às pessoas de vila nova da cafeteira..
Do que nós precisamos é que os caciques locais se mexam!


Boas Festas!


Winston Churchill - II 



Graças à notoriedade adquirida enquanto correspondente de guerra do Morning Post na Guerra dos Bóeres - África do Sul, Winston Churchill tornou-se deputado pelo Partido Conservador, em 1900.


Após mudar para o Partido Liberal, quatro anos mais tarde, chegou a Secretário de Estado e mais tarde a Ministro. Em 1911, tornou-se Primeiro Lorde do Almirantado.
Sobre o receio das provocadoras intenções dos Alemães em atacarem a Armada Britânica, escreveu um dia, num misto de ingenuidade e esperança nos homens:

"Parecem tão cautelosas e correctas, aquelas palavras mortíferas. Vozes suaves, a murmurar frases urbanas, graves e ponderadas, com precisão, em grandes salões pacíficos.
Mas essa mesma Alemanha já abriu fogo com os seus canhões e já derrubou países com menos pré-aviso.
Por isso, agora, os telégrafos do Almirantado sussurram através do éter aos mastros altos dos navios, e os comandantes percorrem para trás e para diante o convés dos seus navios, absortos nos seus pensamentos.
Não é nada. É menos que nada. É demasiado absurdo, demasiado fantástico pensar-se tal no século XX.
Ou será fogo e morte a irromperem na escuridão e a saltarem-nos ao pescoço, serão torpedos a rasgar o ventre de navios meio-adormecidos, uma alvorada para uma supremacia naval que já não existe e para uma ilha, até agora bem guardada, finalmente indefesa?
Não, não é nada. Ninguém faria tais coisas. A civilização já superou tais perigos. A interdependência das nações ao nível das relações e trocas comerciais, o sentido do direito público, a Convenção de Haia. Os princípios Liberais, o Partido Trabalhista, a alta finança, a caridade cristã, o bom senso tornaram impossíveis tais pesadelos.
Têm mesmo a certeza? Seria uma pena enganarmo-nos. Um erro desses só poderia ser cometido uma vez - de uma vez por todas."



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