Sábado, Março 13
LA ORACION DE LAS ROSAS
¡Ave rosas, estrellas solemnes!
Rosas, rosas, joyas vivas de infinito;
bocas, senos y almas vagas perfumadas;
llantos, ¡besos!, granos, polen de la luna;
dulces lotos de las almas estancadas;
¡ave rosas, estrellas solemnes!
Amigas de poetas
y de mi corazón,
¡ave rosas, estrellas
de luminosa Sión!
Panidas, sí, Panidas;
el trágico Rubén
así llamó en sus versos
al lánguido Verlaine,
que era rosa sangrienta
y amarilla a la vez.
Dejad que así os llame,
Panidas, sí, Panidas,
esencias de un Edén,
de labios danzarines,
de senos de mujer.
Vosotras junto al mármol
la sangre sois de él,
pero si fueseis olores
del vergel
en que los faunos moran,
tenéis en vuestro ser
una esencia divina:
María de Nazaret,
que esconde en vuestros pechos
blancura de su miel;
flor única y divina,
flor de Dios y Luzbel.
Flor eterna. Conjuro al suspiro.
Flor grandiosa, divina, enervante,
flor de fauno y de virgen cristiana,
flor de Venus furiosa y tonante,
flor mariana celeste y sedante,
flor que es vida y azul fontana
del amor juvenil y arrogante
que en su cáliz sus ansias aclara.
¡Qué sería la vida sin rosas!
Una senda sin ritmo ni sangre,
un abismo sin noche ni día.
Ellas prestan al alma sus alas,
que sin ellas el alma moría,
sin estrellas, sin fe, sin las claras
ilusiones que el alma quería.
Ellas son refugio de muchos corazones
ellas son estrellas que sienten el amor,
ellas son silencios que lentos escaparon
del eterno poeta nocturno y soñador,
y con aire y con cielo y con luz se formaron,
por eso todas ellas al nacer imitaron
el color y la forma de nuestro corazón.
Ellas son las mujeres entre todas las flores,
tibios sancta sanctorum de la eterna poesía,
neáporis grandiosas de todo pensamiento,
copones de perfume que azul se bebe el viento,
cromáticos enjambres, perlas del sentimiento,
adornos de las liras, poetas sin acento.
Amantes olorosas de dulces ruiseñores.
Madres de todo lo bello,
sois eternas, magníficas, tristes
como tardes calladas de octubre,
que al morir, melancólicas, vagas,
una noche de otoño las cubre,
porque al ser como sois la poesía
estáis llenas de otoño, de tardes,
de pesares, de melancolía,
de tristezas, de amores fatales,
de crepúsculo gris de agonía,
que sois tristes, al ser la poesía
que es un agua de vuestros rosales.
Santas rosas divinas y varias,
esperanzas, anhelos, pasión,
deposito en vosotras, amigas;
dadme un cáliz vacío, ya muerto,
que en su fondo, mustiado y desierto,
volcaré mi fatal corazón.
¡Ave rosas, estrellas solemnes!
Llenas rosas de gracia y amor,
todo el cielo y la tierra son vuestros
y benditos serán los maestros
que proclamen la voz de tu flor.
Y bendito será el bello fruto
de tu bello evangelio solemne,
y bendito tu aroma perenne,
y bendito tu pálido albor.
Solitarias, divinas y graves,
sollozad, pues sois flores de amor,
sollozad por los niños que os cortan,
sollozad por ser alma y ser flor,
sollozad por los malos poetas
que no os pueden cantar con dolor,
sollozad por la luna que os ama,
sollozad por tanto corazón
como en sombra os escucha callado,
y también sollozad por mi amor.
¡Ay!, incensarios carnales del alma,
chopinescas romanzas de olor,
sollozad por mis besos ocultos
que mi boca a vosotras os dio.
Sollozad por la niebla de tumba
donde sangra mi gran corazón,
y en mi hora de estrella apagada,
que mis ojos se cierren al sol,
sed mi blanco y severo sudario,
chopinescas romanzas de olor.
Ocultadme en un valle tranquilo,
y esperando mi resurrección,
id sorbiendo con vuestras raíces
la amargura de mi corazón.
Rosas, rosas divinas y bellas,
sollozad, pues sois flores de amor.
Federico García Lorca
Ventos estelares
As nebulosas planetárias nascem no final da vida de estrelas com massas similares à do Sol.
O que faz com que estas estrelas se transformem em nebulosas planetárias?
Esquema da vida de uma estrela do tipo solar
(in "Cosmic Butterflies - The Colorful Misteries of Planetary Nebulae" de S. Kwok).
Este diagrama representa a vida das estrelas do tipo solar (proposto por B. Paczynski em 1970).
No princípio (canto inferior direito do diagrama) a luminosidade destas estrelas resulta da queima de hidrogénio no núcleo - o que origina o hélio que também entrará em combustão.
Estas estrelas passam a maior parte de suas vidas nesta fase de queima nuclear de hidrogénio - quase 10.000 milhões de anos.
Quando se acaba o hidrogénio do núcleo, a estrela expande-se, transformando-se numa gigante vermelha, ao mesmo tempo que o seu núcleo se contrai.
Nesta fase a energia da estrela vem da queima do hidrogénio, não no núcleo, mas numa camada mais externa.
Como consequência do facto de que o núcleo se contrai ainda mais, o hélio volta a ser queimado no núcleo e a estrela experimenta mais uma fase de expansão nas camadas externas.
Quando a estrela entra no ramo assimptótico das gigantes (AGB) o seu núcleo já não queima hidrogénio nem hélio, e compõe-se do que sobrou das combustões anteriores, ou seja, de carbono e oxigénio.
Nesta fase, e por um período de aproximadamente 1 milhão de anos, a estrela continuará seu processo de expansão, ao mesmo tempo que a sua luminosidade crescerá, atingindo valores de 1.000 vezes a luminosidade do Sol.
Os ventos estrelares presentes nesta e nas fases imediatamente posteriores das estrelas do tipo solar (ou seja os ventos que ocorrem numa AGB -culminando na expulsão da nebulosa- e numa pós-AGB, englobando as fases AGB, proto planetária e nebulosa planetária, ver esquema) gradualmente expulsam o gás de hidrogénio das camadas mais externas, deixando exposto o núcleo quente.
O que sobra dos ventos estelares é a própria nebulosa planetária. Assim, aquela que denominamos a estrela central de uma nebulosa planetária é justamente a estrela da qual estivemos "acompanhando" a evolução.
Quando cessa a combustão do hidrogénio nas camadas externas, a estrela perde o seu brilho e transforma-se numa anã branca.
Em síntese, as estrelas do tipo solar, quando chegam às fases finais das suas vidas, expelem grande parte do gás da sua atmosfera, pelo menos em dois episódios distintos de perda de massa.
Primeiro, devido ao vento lento de uma estrela no ramo assimptótico das gigantes (ou estrela AGB), cuja velocidade típica é da ordem de 10 km/s, com uma taxa de perda de massa de 10-5 Msol/ano.
E depois, através do vento rápido, expelido durante a fase imediatamente posterior da estrela central (ou seja, no vento de uma pós-AGB), caracterizado por 10-7 Msol/ano e que alcança uma velocidade de até 2.000 km/s.
De salientar que a mais importante das características destes ventos é que eles ocorrem durante o último milhão de anos, de estrelas que vivem, tipicamente, 10.000 milhões de anos.
O que faz com que estas estrelas se transformem em nebulosas planetárias?
Esquema da vida de uma estrela do tipo solar
(in "Cosmic Butterflies - The Colorful Misteries of Planetary Nebulae" de S. Kwok).
Este diagrama representa a vida das estrelas do tipo solar (proposto por B. Paczynski em 1970).
No princípio (canto inferior direito do diagrama) a luminosidade destas estrelas resulta da queima de hidrogénio no núcleo - o que origina o hélio que também entrará em combustão.
Estas estrelas passam a maior parte de suas vidas nesta fase de queima nuclear de hidrogénio - quase 10.000 milhões de anos.
Quando se acaba o hidrogénio do núcleo, a estrela expande-se, transformando-se numa gigante vermelha, ao mesmo tempo que o seu núcleo se contrai.
Nesta fase a energia da estrela vem da queima do hidrogénio, não no núcleo, mas numa camada mais externa.
Como consequência do facto de que o núcleo se contrai ainda mais, o hélio volta a ser queimado no núcleo e a estrela experimenta mais uma fase de expansão nas camadas externas.
Quando a estrela entra no ramo assimptótico das gigantes (AGB) o seu núcleo já não queima hidrogénio nem hélio, e compõe-se do que sobrou das combustões anteriores, ou seja, de carbono e oxigénio.
Nesta fase, e por um período de aproximadamente 1 milhão de anos, a estrela continuará seu processo de expansão, ao mesmo tempo que a sua luminosidade crescerá, atingindo valores de 1.000 vezes a luminosidade do Sol.
Os ventos estrelares presentes nesta e nas fases imediatamente posteriores das estrelas do tipo solar (ou seja os ventos que ocorrem numa AGB -culminando na expulsão da nebulosa- e numa pós-AGB, englobando as fases AGB, proto planetária e nebulosa planetária, ver esquema) gradualmente expulsam o gás de hidrogénio das camadas mais externas, deixando exposto o núcleo quente.
O que sobra dos ventos estelares é a própria nebulosa planetária. Assim, aquela que denominamos a estrela central de uma nebulosa planetária é justamente a estrela da qual estivemos "acompanhando" a evolução.
Quando cessa a combustão do hidrogénio nas camadas externas, a estrela perde o seu brilho e transforma-se numa anã branca.
Em síntese, as estrelas do tipo solar, quando chegam às fases finais das suas vidas, expelem grande parte do gás da sua atmosfera, pelo menos em dois episódios distintos de perda de massa.
Primeiro, devido ao vento lento de uma estrela no ramo assimptótico das gigantes (ou estrela AGB), cuja velocidade típica é da ordem de 10 km/s, com uma taxa de perda de massa de 10-5 Msol/ano.
E depois, através do vento rápido, expelido durante a fase imediatamente posterior da estrela central (ou seja, no vento de uma pós-AGB), caracterizado por 10-7 Msol/ano e que alcança uma velocidade de até 2.000 km/s.
De salientar que a mais importante das características destes ventos é que eles ocorrem durante o último milhão de anos, de estrelas que vivem, tipicamente, 10.000 milhões de anos.
Sexta-feira, Março 12
Idade das Trevas (III)
Nestes momentos de terror em que ficamos sem saber muito bem o que pensar e dizer, ocorrem-me duas coisas:
Em que mundo estão os nossos filhos a crescer, com que esperanças encaram o futuro?
Algures noutros cantos do planeta estão a crescer crianças que amanhã vão-se fazer explodir juntamente com os nossos.
Há menos de uma década afirmava-se que o século XXI seria o da afirmação do turismo, da qualidade de vida. Quereriam dizer do terrorismo?
O segundo pensamento nestas ocasiões vai para aquele rapaz de uma pequena aldeia algures em Itália, onde em 1983, num curto espaço de tempo, assistiu ao horror de ver pedaços de corpos após dois atentados em comboios num túnel perto da sua aldeia. A violência, inimaginável, daquelas visões, fez com que deixasse um bilhete onde escreveu que não conseguia viver com a ideia de voltar a assistir aquelas monstruosidades, e matou-se.
Em que mundo estão os nossos filhos a crescer, com que esperanças encaram o futuro?
Algures noutros cantos do planeta estão a crescer crianças que amanhã vão-se fazer explodir juntamente com os nossos.
Há menos de uma década afirmava-se que o século XXI seria o da afirmação do turismo, da qualidade de vida. Quereriam dizer do terrorismo?
O segundo pensamento nestas ocasiões vai para aquele rapaz de uma pequena aldeia algures em Itália, onde em 1983, num curto espaço de tempo, assistiu ao horror de ver pedaços de corpos após dois atentados em comboios num túnel perto da sua aldeia. A violência, inimaginável, daquelas visões, fez com que deixasse um bilhete onde escreveu que não conseguia viver com a ideia de voltar a assistir aquelas monstruosidades, e matou-se.
Quinta-feira, Março 11
Atentado terrorista em Madrid
Confesso que quando começámos a ouvir as notícias esta manhã, o primeiro pensamento não foi para atribuir este massacre à ETA, antes a alguma organização árabe (reminiscências...)!
DUZENTOS MORTOS?!
aos euskaldun: aos bascos... vocês sabem quem...
Zer da hau? O que é isto?
Zuek Europakoak zarete? São vocês da Europa?
Puta que os pariu!
Domingo, Março 7
Essências Luminosas
Estátua de Mahakala, em posição vertical
Reinado de Yongle, dinastia Ming (1403-1424)
Interior - Ferro, ouro
Estátua de Tara Branca em posição sentada
Reinado de Qianlong, dinastia Qing (século XVIII)
Interior - Latão
Suiqiu Fomu Caca
Reinado de Qianlong, dinastia Qing (século XVIII)
Interior - Pintura sobre barro
Buda Amitayus em cobre e ouro
Meados da dinastia Qing (século XVIII) - Tibete
Cobre e ouro
Mais conteúdo e menos forma?
Há quinze anos, mais coisa menos coisa, que sou leitor da GRANDE REPORTAGEM.
Durante cerca de uma década, convivi com os editoriais de Miguel SousaTavares, intratável homem de causas.
Mais recentemente, Francisco José Viegas, num estilo menos comprometido com a linha seguida até ao início deste século, com sensibilidade própria refrescou a revista, adaptando-a a um novo tempo.
Apesar do formato actual, ao qual ainda não me consegui habituar, tenho continuado a acompanhar com interesse.
Nova mudança! Que a chegada de Joaquim Vieira, que traz consigo a Felícia Fabrita, mantenha o espírito da GRANDE REPORTAGEM.
Espero!
O Binômio de Newton é tão belo como a Vênus de Milo.
O que há é pouca gente para dar por isso.
óóóó---óóóóóó óóó---óóóóóóó óóóóóóóó
( O Vento lá fora.)
Álvaro de Campos, 15-1-1928
O Céu dos Homens do Mar na Época das Descobertas
Astrolábio usado para calcular as posições dos astros no céu.
“Água é vida”.
Este lugar-comum, repetido vezes sem conta, é pleno de significado.
Foi no mar que teve origem a vida na Terra, podendo-se afirmar que em última análise todos os entes vivos têm antepassados remotos que viveram na água.
Todos os seres vivos necessitam de água para sobreviver.
As grandes civilizações da Antiguidade desenvolveram-se junto de grandes rios que irrigavam e fertilizavam os campos onde se praticava a agricultura.
Sendo a água tão importante para a Humanidade não é de estranhar que desde tempos imemoriais os espaços aquáticos tenham sido usados como vias de comunicação.
Para conduzir as embarcações torna-se necessário dispor de marcas que permitam conhecer a posição. Durante séculos a navegação era feita essencialmente com terra à vista, de modo a ser sempre conhecida a posição do navio.
Embora as viagens fossem geralmente à vista de terra, acontecia muitas vezes que os navios se afastavam, pelos mais diversos motivos, perdendo então essas referências que lhes forneciam informações sobre onde se encontravam e para onde se poderiam dirigir.
Perdidos esses sinais de terra firme, esses homens socorriam-se então de outros sinais: características dos ventos, cor das águas, plantas aquáticas, etc.
Além destes sinais, existem umas marcas no céu, os astros, que podem ser usadas para fornecer diversas informações a quem conheça o seu comportamento.
Até à Idade Média, a bússola era desconhecida.
Com a difusão, junto dos marinheiros, deste instrumento passou a ser possível aumentar cada vez mais as distâncias percorridas no mar e os tempos de navegação sem terra à vista, uma vez que passou a existir uma maneira de saber a direcção em que os navios se dirigiam.
Os pilotos passaram a saber a sua posição no mar, observando simplesmente as direcções em que o navio tinha navegado e estimando as distâncias percorridas, desde a última posição que tinham observado junto à costa.
Este método de navegação ficou conhecido, entre os historiadores da Náutica, pelo nome de método de rumo e estima.
No entanto, conforme as distâncias percorridas, sem avistar terra, se tornavam cada vez maiores, os erros acumulados no percurso cresciam, devido a vários factores: correntes, irregularidades dos instrumentos, avaliação incorrecta das distâncias percorridas...
Tornou-se então necessário “descobrir” novas formas de conhecer a posição dos navios, no alto-mar, com um maior rigor.
A solução passou pelo uso de astros, em determinadas condições, para conhecer as coordenadas geográficas do local em que o navegante se encontrava.
Os portugueses foram pioneiros no desenvolvimento de processos para conhecimento de uma das coordenadas geográficas: a latitude.
Quanto à longitude, a sua determinação é bastante mais complexa, aparecendo soluções práticas para este problema apenas no século XVIII, sendo os Ingleses pioneiros neste processo.
Por outro lado, era também possível, pelo menos desde a Idade Média, conhecer as horas, durante a noite, pela observação do movimento da Estrela Polar.
Foram desenvolvidos diversos instrumentos, e tabelas, que permitiam, em função da época do ano, saber as horas pela posição relativa da Estrela Polar e de outra estrela da Ursa Menor, a Kochab.
M27, a Dumbbell Nebula (Nebulosa dos Halteres).
Em termos do tamanho projectado no céu, é a maior das nebulosas planetárias, medindo 16 minutos de arco.
A cor verde representa a linha de emissão de átomos de oxigénio duas vezes ionizado ([OIII]) e o vermelho indica aquela dos átomos de nitrogénio uma vez ionizado ([NII]) e do hidrogénio (Hα).
Esta imagem foi obtida com o telescópio de 0.82m IAC80 (situado no Observatorio del Teide).
Crédito: The IAC Morphological Catalog of Northern Galactic Planetary Nebulae (Manchado et al. 1996).
Nebulosas Planetárias: O Belo em Detalhe
Foi num artigo publicado em 1785, por Willian Herschel, autor de famosos catálogos de nebulosas planetárias e aglomerados estelares, que as nebulosas planetárias foram assim classificadas pela primeira vez.
O nome surgiu porque o seu aspecto recordava os discos esverdeados de alguns planetas e por apresentarem características observacionais distintas dos demais objectos que estudava.
Porém, estas não são, em absoluto, planetas nem mesmo nebulosas jovens em processo de condensação para a formação de novas estrelas...
Hoje em dia sabemos que estrelas do tipo solar, no final das suas vidas, libertam as suas camadas mais externas que, pouco a pouco, se expandem e diluem até se confundirem com o meio interestelar, enquanto o resto da estrela segue a sua evolução até se transformar numa anã branca, ou seja num "cadáver estelar".
Enfim, apesar do nome que recebem, nebulosas planetárias representam a última fase da evolução da maioria das estrelas -- e também do Sol, dentro de 4.500 milhões de anos.